quarta-feira, 31 de julho de 2013

COMEÇA O CERCO A HUMBERTO COUTINHO

Coutinho, noticiado por corrupção, ainda vai decidir de que lado ficará em 2014
Definida a candidatura de Luis Fernando Silva (PMDB) ao governo, a oligarquia Sarney parte para uma tarefa específica na pré-campanha: coagir os prefeitos das cidades estratégicas que podem apoiar o mais forte candidato da oposição: Flavio Dino (PCdoB).

O prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB), já está dominado. O próximo alvo é o controlador do município de Caxias, Humberto Coutinho (PSB), onde seu sobrinho Léo Coutinho, é o prefeito.

Com chamada de capa e matéria de página inteira, na edição de ontem, o jornal O Estado do Maranhão, da governadora Roseana Sarney (PMDB), destaca uma denúncia de que Coutinho torrou R$ 20 milhões em compra de equipamentos hospitalares no seu último mandato (2009 a 2012).

Não é a primeira vez que Coutinho é denunciado por práticas heterodoxas na Saúde. A matéria d’O Estado remonta ao suposto sumiço de 11 leitos de UTI em Caxias, em 2007, quando Jackson Lago (PSB) era governador.

A matéria do jornal de Roseana Sarney é um aviso do que pode vir pela frente, caso Coutinho mantenha aproximações com Flavio Dino.

Importante observar que a denúncia saiu logo após o anúncio da desistência da candidatura do ministro Edison Lobão (PMDB) ao governo. Coutinho estava amarrado a Lobão, mas não tem compromisso com Luís Fernando Silva.

O Palácio dos Leões faz pressão para convertê-lo a Silva, mas ele sente o cheiro de governador é em Dino.

Coutinho é um homem rico, dos poucos milionários (ou até bilionários) do Maranhão, cobiçado para qualquer disputa ao governo, onde o apoio financeiro define eleição.

Recordemos também que, antes da reportagem denunciando Coutinho, o mesmo jornal publicou outras matérias, desta feita sobre visitas e encontros entre a governadora Roseana Sarney e o prefeito Léo Coutinho.

Roseana tentou dar a impressão de que teria o apoio da família Coutinho, mas, com a desistência de Lobão, Flavio Dino ganhou força na preferência do homem forte de Caxias.

Tido como coronel da região dos Cocais, Humberto Coutinho é peça-chave em um colégio eleitoral estratégico, onde as primeiras pesquisas apontam vantagem de Flavio Dino.

Coutinho não tem “ideologia”. Não é comunista nem sarneísta. Vai apoiar o candidato que for mais generoso com os interesses privados que ele pode operar junto ao futuro governo do Maranhão.


No momento, ele parece querer Flavio, mas pode ir com Luis Fernando. Ou até ficar com os dois. Tudo vai depender da conjuntura nesse Maranhão de meu Deus onde até o sol mente, como dizia sabiamente o padre Antonio Vieira.

4 comentários:

  1. Vc só esqueceu de comentar que denúncias de corrupção de Caxias, envolvendo esse oligarcazinho vem muito antes dele patrocinar a candidatura de Flávio Dino para deputado federal, com dinheiro da saúde. Professor, que vc tenha suas paixões políticas, tudo bem. Mas não cai bem em você esse maniqueísmo. Madeira está com Luis Fernando porque recebeu apoio à sua administração em Imperatriz em benefício da população. Isso que ele tá fazendo é um gesto de gratidão. Enquanto isso, Flávio Dino fez de tudo para derrotá-lo na eleição passada lá ITZ. Ou só vc não sabe disso?

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  2. Se apoiar a oligarquia é um ato de gratidão, como classificaríamos então o fato de Madeira ter sido apoiado por Jackson Lago e ter abandonado as lutas históricas dos maranhenses para se unir - ao primeiro tilintar de moedas - aos que sempre perseguiram o povo? Traição, falta de caráter, oportunismo, ganância?

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  3. Madeira foi procurado pelo grupo Sarney para apoiar Roseana em 2010. Ele disse não e apoiou Jackson. Já Flávio Dino, massacrou o velhinho durante a campanha espalhando que ele não poderia ser candidato, entre outras coisas. Isso é que é oportunismo. O atual governo encheu de dinheiro a prefeitura de ITZ com obras; Jackson já morreu e que eu saiba lutas elogiáveis devem ser em favor do povo não de um grupo que quer simplesmente assumir o lugar do outro com já aconteceu no Maranhão.

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  4. Compreender as fragilidades de um movimento que tenta mudar a história ligada à oligarquia (desmandos, péssimos indicadores sociais, violência galopante, saúde em frangalhos, perseguição aos não aliados em detrimento da população etc...)é uma coisa; assumir o lado nefasto da política em nome de conveniências politico-financeiras é outra. Não podemos, em nome do reconhecimento de que o grupo de FD também cometeu erros, fechar os olhos para a realidade e manter a população sofrendo (vide recentes índices do HDM).

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