A pré-História
da Caema é contada em fatos e lendas. Uma destas, diz respeito à poderosa Ana
Jansen, a Rainha do Maranhão, detentora do monopólio da água no século XIX.
Ana
Jansen vendia água em carroças puxadas a burro, um lucrativo negócio tocado por
um exército de escravos que transportavam o líquido pelas ruas de São Luís.
Por volta
de 1850, o governo da Província autorizou a criação da Companhia de Águas do
Rio Anil, concorrente no mercado de recursos hídricos controlado por Ana Jansen.
Famosa pelas
perversidades contra os adversários, ela teria mandado colocar gatos mortos e
apodrecidos nos depósitos da Companhia, espalhando a notícia da contaminação na
água do concorrente.
A
sabotagem funcionou e a empresa faliu.
Nos
últimos 50 anos, atravessando os séculos XX e XXI, as companhias de água e de
energia, assim como todos os outros serviços e empresas públicas e privadas no
Maranhão, ficaram sob o controle da família Sarney.
A
Companhia de Águas e Esgotos, transformada em Companhia de Saneamento
Ambiental (Caema), serviu para enriquecer muitos políticos. Só não fez o que deveria:
fornecer água tratada e livrar a população dos esgotos a céu aberto.
A gestão
da família Sarney na Caema é um dos maiores atestados de desprezo pela vida.
Além de negar água, expõe milhões de pessoas a todos os problemas decorrentes
da falta de saneamento. Esse tipo de gestão, nocivo à saúde dos
maranhenses, é o chorume da política.
Como a
água virou um negócio altamente lucrativo, é óbvio que os Sarney vão lucrar com
isso. A oligarquia var dar à Caema destino semelhante ao da Cemar, da Emater,
Copema, Cimec e o Banco do Estado do Maranhão (BEM): a terceirização, a
extinção ou a privatização.
Depois
de sucatear a companhia e torná-la inviável, deixando a maioria da população
sem água, a Caema está sendo preparada para a privatização.
Vai ser mais um bom negócio para os Sarney. A família que vende é a mesma que compra. E tudo é pago com os recursos do povo do Maranhão.
A água continua sem chegar nas torneiras, os esgotos transbordam nas ruas e os parasitas estão cada vez mais felizes.
Quer dizer que do Aderson Lago, aliado de Flávio Dino, nenhuma referência, né? Tomara que você volta melhor do RS.
ResponderExcluirBelo texto. Caema foi e é fonte de todas as oligarquias, lá beberam e bebem todos as frações mais poderosas do campo político. A velha mudança quando esteve no poder não desmontou e nem retirou as empresas que lá estavam prestando serviços. Particularmente a que cuidava do corte e a da cobrança dos débitos. O que fizeram? Deram um plus de nomes na folha de pagamento...uns 800 nomes. Só isso. A fonte ficou para todos na Libertação!
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