A
possibilidade de reativação da greve dos professores universitários, sob a
coordenação do Andes-SN, é um sinal às outras organizações de trabalhadores no
processo de mobilização das jornadas de luta em 2014.
A Federação de Sindicatos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior (Fasubra) já aprovou indicativo de greve.
Somados
ao movimento estudantil, professores e servidores administrativos devem ocupar
os campi universitários em todo o país, preparando-se para as grandes batalhas
de maio e junho.
Os campi
servirão de quartel-geral para abrigar não só professores, trabalhadores da
administração e estudantes, mas todas as pessoas interessadas em reformas econômicas
e políticas para melhorar o país.
Devemos
tensionar o governo Dilma pela esquerda, exigindo reforma política e ética no
Brasil. Sem quebrar os esquemas de financiamento de campanha eleitoral o nosso
sistema partidário não muda.
A
reforma política, combinada à reforma eleitoral, é uma agenda urgente. A
população precisa voltar às ruas para exigir, em definitivo, o fim do ciclo
vicioso e promíscuo entre as empreiteiras e a compra de mandatos parlamentares
e executivos.
Os
bilhões de reais pagos às empreiteiras para construir estádios constituem um
vandalismo com o dinheiro público. Em troca, as empreiteiras financiam campanhas eleitorais e viabilizam mandatos.
É um
insulto ao povo brasileiro as condições dos postos de saúde e das escolas
públicas, enquanto os estádios de futebol recebem suntuosas estruturas e
acabamento de luxo.
É uma
falta de respeito com os trabalhadores que constroem a riqueza do país ver o
dinheiro público financiando arenas de futuro inútil, onde sequer tem time de
futebol.
É aviltante
ver o BNDES financiar os ricos e abandonar os pobres.
É uma
agressão aos professores e estudantes a precariedade das salas de aula e dos
laboratórios na UFMA, por exemplo, com suas cadeiras antigas, ambientes insalubres
e sem ar condicionado.
Nosso país
precisa de mais recursos para a educação, saúde, reforma agrária, mobilidade e
meio ambiente.
Queremos mais ferrovias e menos estádios. Queremos bons
hospitais públicos e escolas decentes. Exigimos dignidade para estudar e direito
a tratamento médico-hospitalar tão bons quanto os luxos dos estádios.
Devemos
ocupar o Brasil com reivindicações concretas. E a Universidade tem um papel
fundamental neste processo. Ocupar os campi, reunindo homens e mulheres
desejosos de mudança, é uma agenda necessária neste ano decisivo de 2014.
Uma das
tarefas é eleger, em meio à pauta difusa, uma que consiga universalizar os
nossos anseios: a reforma política.
Enquanto
a revolução não sai, é pela democracia representativa que devemos trilhar.
O Brasil
vive um momento perigoso. Cabe aos movimentos sociais do campo
democrático-popular o papel histórico de disputar o comando das mobilizações de
massa, evitando o retrocesso fascista das facções que querem a volta da
ditadura ou coisa parecida.
Dois
tipos de gente defendem a intervenção militar: os beneficiários do golpe ou
aqueles que não leram sequer as orelhas dos livros sobre tortura e morte nos
porões dos aparelhos repressivos.
Não
aceitamos golpe de direita nem a derrubada do governo Dilma Roussef. O Brasil
não pode sair da era PT piorado. Devemos lutar pela ampliação das conquistas do
povo e exigir um redirecionamento da economia para reformas profundas no campo
econômico e político.
A
principal delas, repito, é a reforma política. Se não cessarmos a promiscuidade
entre o financiamento de campanhas e as empreiteiras e bancos, não haverá
mudança.
O dinheiro das grandes corporações financeiras para financiar os
mandatos é a mãe de toda a corrupção.
O
sistema partidário está apodrecido. Precisamos refazê-lo e aperfeiçoar a nossa
democracia.
Pela
manutenção do governo Dilma até o fim do mandato, sem golpe, reforma política
já, fim do financiamento privado das campanhas eleitorais e ampliação da
liberdade de expressão e manifestação do pensamento.
Censura
e ditadura, nunca mais!
Pertinente e lúcida a chamada que nos faz o jornalista crítico Ed Wilson, professor da UFMA.
ResponderExcluirSe deixarmos produzir-se o vazio, ele será tomado pelos adeptos do reacionarismo, que tentam arrebanhar multidões e manipulá-las, de modo a justificar a criminalização dos movimentos sociais.
A participação organizada dos segmentos das classes populares identificados com a democracia "real" e não com a pseudo democracia burgesa, precisa ser potencializada, para pressionar o governo em suas instâncias: executiva, legislativa e judiciária.
É do conluio dos três poderes que se desdobram as formas mais abjetas de manipulação dos recursos públicos, subtraindo dos cidadãos comuns seus direitos básicos de primeira geração.
Precisamos encerrar definitivamente a história da VELHA REPÚBLICA no Brail.
Fatima Felix