O VLT do prefeito João Castelo: projeto eleitoreiro fracassado enganou a população da capital |
A intervenção na Secretaria Municipal de Trânsito e
Transportes (SMTT), posteriormente revogada na Justiça, dá a dimensão de um dos
principais problemas de São Luis.
No todo, a questão é complexa. Envolve a reorganização completa
do sistema, que passa necessariamente pelo enfrentamento do poderoso Sindicato
das Empresas de Transporte (SET).
O SET controla a cidade há décadas, com o monopólio das
linhas, um negócio altamente lucrativo que tornou milionário um segmento já
forte no jogo de poder do Maranhão.
Basta observar que nenhum vereador de São Luís ousa tocar no
assunto transporte coletivo. A Câmara, infelizmente, é uma sucursal dos
interesses do SET.
Frota mais antiga do país se arrasta pelas ruas de São Luis |
A intervenção na SMTT ocorreu depois que todos os Termos de
Ajustamento de Conduta (TACs) celebrados com o Ministério Público foram
descumpridos pelo prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC).
O negócio é tão kafkiano que o prefeito contratou uma
empresa para preparar a licitação!
Quando quer ganhar aumento de tarifas e subsídios da
Prefeitura, o SET paralisa os ônibus e força o prefeito a atender aos
interesses dos empresários de ônibus, utilizando para isso o Sindicato dos
Rodoviários, que acaba sendo compensado com pequenos reajustes.
A situação se agravou depois do desastroso projeto de implantação
do VLT, na gestão do ex-prefeito João Castelo (PSDB), que nunca saiu do aterro
do Bacanga.
Ficamos sem VLT nem licitação. São Luís segue servida por um
sistema de transporte desumano. Para piorar, a bilhetagem eletrônica não
funciona a contento, há fraudes e alguns terminais da integração viraram campos
de concentração.
O péssimo transporte coletivo causa transtornos na vida de
toda a população. Sem ônibus decentes, cada pessoa compra um carro ou moto e
vai entupindo as ruas esburacadas e sem sinalização adequada.
Uns morrem de raiva; outros, de acidente. Ou se machucam
gravemente.
O dinheiro jogado fora com o projeto do VLT soma-se aos
gastos com acidentados nos hospitais. E a população se endivida comprando
carros, que não andam nos engarrafamentos.
Muitos perdem dinheiro, paciência e tempo. Alguns perdem a
vida.
Só quem não perde é o SET, que continua monopolizando as
linhas, enquanto a licitação não sai nunca.
Essa intervenção era um atraso isso sim, sem falar que o interventor Boden que escolheram era da oposição nao poderia gerir a intervenção nenhuma além da má índole e ficha suja do mesmo.
ResponderExcluirO VLT não foi obra de Edivaldo essa bomba ela estourou nas maos dele e hoje em dia ele tenta resolver, não só esse mas varios outros problemas deixados pela gestão anterior.
ResponderExcluirCara São Luis é uma cidade nao projetada, as ruas estreitas essa questao da mobilidade nao é uma so gestao que pode resolver de uma hora pra outra, da trabalho, eu vejo varias melhorias acontecendo na cidade, mas nem tudo o prefeito pode fazer sozinho.
ResponderExcluirEu não disse que o VLT foi obra de Edivaldo. Também sei que São Luís tem muitos problemas e que não é possível resolver de uma hora para outra. Quanto à licitação, estamos aguardando o novo prazo. Ao final dos 4 anos, Edivaldo será julgado.
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