quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

CAEMA: UM DESAFIO PARA O GOVERNO FLÁVIO DINO

Esgoto a céu aberto: cena comum em qualquer bairro de São Luís
Entre todos os problemas do Maranhão, o futuro governo Flávio Dino (PCdoB) deve dar uma atenção especial à Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) – um dos setores mais sucateados e usurpados pela oligarquia Sarney.

De todas as crueldades praticadas contra a população maranhense, a falta de água nas torneiras é uma das mais perversas.

É inconcebível que a população da capital maranhense continue sendo castigada pelo racionamento ou ausência total de água durante dias, semanas e até meses.

Dezenas de bairros de São Luís são constantemente penalizados com esta situação, sem que as sucessivas direções da Caema tomem providências concretas.

Desastrosa, a gestão da Caema chega a cometer irresponsabilidades, como a perfuração e o abandono de um poço no Cohatrac IV, na praça Verão, no valor de R$ 171 mil, sem qualquer benefício à população.
Poço da Caema custou RS 171.700,17 não gerou uma gota d'água no Cohatrac IV
A obra foi iniciada e paralisada no período eleitoral e até hoje não deu um pingo de água.

Esse é apenas um dos exemplos da má gestão na companhia. Ao longo dos seus 40 anos de existência, a Caema tem duas marcas registradas: má gestão e incompetência, desdobradas na falta d’água e nos esgotos a céu aberto.

Além de não fornecer água à população, a Caema é a principal responsável pela poluição dos rios na região metropolitana de São Luís, expondo-se ao mais absurdo dos contraditórios – a empresa responsável pelo saneamento ambiental é a maior poluidora dos mananciais.

A Caema é uma afronta à dignidade dos maranhenses, porque além de penalizar a população com a falta de água expõe milhões de pessoas às cenas dantescas do esgoto a céu aberto escorrendo na maioria das cidades do Maranhão.

A capital, São Luís, é a fotografia dessa barbárie. Não há um bairro, da área nobre à periferia, sem a putrefação dos esgotos vazando pelas ruas.

Devemos, no entanto, reconhecer que há bons e dedicados funcionários na companhia, sem o devido reconhecimento dos gestores da administração superior.

O último malfeitor da Caema foi o secretário de Saúde, Ricardo Murad, cunhado da ex-governadora Roseana Sarney.

A partir de 1º de janeiro, a companhia será gerenciada pelo advogado Davi Telles, integrante da nova geração de políticos na perspectiva da mudança prometida por Flávio Dino.

Caberá a ele e sua equipe inverterem a pauta negativa da Caema, virando a página da companhia poluidora e sem água para colocá-la no cenário de uma política de recursos hídricos e saneamento para o Maranhão.

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