quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

ROSEANA SARNEY, DOLEIRO E PROPINA: LAVA-JATO CHEGA PERTO DA CORRUPÇÃO NO MARANHÃO

Morando nos Estados Unidos, a ex-governadora Roseana Sarney está aflita com a delação de Alberto Youssef
Falta muito pouco para as investigações da operação Lava-Jato deflagrarem a primeira devassa na família Sarney.

Os novos procedimentos da operação indicam precisão na busca de informações e no levantamento de provas sobre as nebulosas operações que envolveram a prisão do doleiro Alberto Youssef, no hotel Luzeiros, em São Luís.

Youssef, em novo depoimento, reafirmou que estava intermediando o pagamento de propina ao ex-chefe da Casa Civil do governo Roseana Sarney, João Abreu.

O pagamento de propina teria o objetivo de liberar um vultoso precatório em favor da empreiteira UTC/Constran, investigada no esquema de corrupção pela Operação Lava Jato.

Alberto Youssef afirmou em delação premiada à Polícia Federal que em 2013 repassou R$ 3 milhões a João Abreu, como propina para agilizar o pagamento de um precatório de R$ 113 milhões à construtora UTC/Constran.

Nos relatos à Lava Jato, Youssef contou que fez a entrega de uma mala de dinheiro a Marcos Antonio Ziegert, assessor da Casa Civil.

Abreu negou as acusações e disse que vai processar o doleiro. 

A informações colhidas com base na delação de Youssef podem atingir a ex-governadora Roseana Sarney. Sem mandato nem foro privilegiado, ela está cada vez mais acuada com as denúncias e pode ser investigada criminalmente.

No total, segundo o doleiro, haveria uma comissão de R$ 10 milhões para agilizar todo o processo de pagamento do precatório. Desses R$ 10 milhões, Youssef ficaria com R$ 4 milhões e João Abreu com R$ 3 milhões.

COLABORAÇÃO

O governo do Maranhão está colaborando com as investigações e já obteve o compartilhamento de informações, deferida pelo juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná.

A Secretaria de Transparência e Controle do Estado do Maranhão decidiu interromper o pagamento do megaprecatório à UTC/Constran.

A colaboração do governo do Maranhão é fundamental para ajudar a esclarecer as denúncias e aprofundar as investigações.

Além disso, evita o escoadouro de recursos públicos para o pagamento de precatórios eivados de suspeitas de corrupção.

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