quarta-feira, 13 de maio de 2015

POESIA: FÉLIX LIMA LANÇA A OBRA “O QUE ME IMPORTA AGORA TANTO”

Lirismo do cotidiano e atualidade das redes sociais estão
impregnados na poesia do jornalista e escritor Félix Lima
Félix Alberto Lima lança no dia 14 de maio, às 19h, na livraria Leitura, no São Luís Shopping, o livro “O que me importa agora tanto”, com o selo da editora 7Letras. A obra reúne 74 poemas inspirados no ritmo das ruas e em observações casuais do cotidiano. Com uma certa carga de juventude e atualidade (o mundo das redes sociais dita a cadência de boa parte dos versos), o livro é urbano e ao mesmo tempo expõe os escapismos preferenciais do autor, do ócio ao cio, dos girassóis de setembro aos amores lisonjeiros.

“O que me importa agora tanto” é marcado, segundo Antônio Carlos Secchin, pelo humor e autoironia fina recolhidos nos flagrantes do olhar atento do poeta, o viés fotográfico da escrita. Félix Alberto Lima tece paisagens ligeiras, situações aparentemente irrelevantes, ora risíveis, ora provocadoras, que crescem e ganham a forma solta e desinibida do poema. Os “sutis deslocamentos de percepção” apontados pelo também poeta Salgado Maranhão, no prefácio da obra, revelam a faceta mais cara ao autor: o filtro da boa irreverência. 

No primeiro poema, que flerta com o título do livro, o autor incita a desconfiança na arte polaroide, no monumento ao momento, no poema hermético, irrevelável. Como quem despretensiosamente anuncia o fim da “poesia somente para poetas”, o autor passa a régua: “Chega de tanto agora”!

A poesia de Félix Alberto Lima vai direto ao ponto, instiga a imaginação do leitor e está impregnada daquele “frescor nunca dantes visto”, como aponta, na orelha do livro, outro maranhense, o cantor e compositor Zeca Baleiro. Como ele, Geraldo Carneiro também estende o tapete para a chegada do autor: “O que mais me agrada na poesia de Felix Alberto é a originalidade”.

São poemas que fogem às convenções, escolas e modismos literários, aparentados das mensagens econômicas e certeiras da internet e do mundo publicitário - com ressonância na poesia marginal dos anos 70 –, valiosos recortes carregados de alta dosagem de lirismo. Conforme assinala Domício Proença Filho, num dos textos de apresentação do livro, as composições de Félix Alberto centralizam-se em “aspectos confessionais vinculados aos conflitos com o cotidiano da vida”.

Felix Alberto Lima é maranhense, jornalista e publicitário, autor dos livros Guajá, a odisseia dos últimos nômades (Edufma, 1998), Almanaque Guarnicê (Clara Editora/Edições Guarnicê, 2003) e Chagas em pessoa (Edições Func, 2006). Como letrista, tem músicas gravadas por Betto Pereira, Alessandra Queiroz, Anna Torres, Thiago Paiva, Alê Muniz e Luciana Simões (Criolina). Com “O que me importa agora tanto” faz sua estreia na poesia.

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