segunda-feira, 6 de julho de 2015

JUNHO E NÓS: DAS JORNADAS DE 2013 AO QUADRO ATUAL

Marcelo Badaró Mattos
Três questões para introduzir a discussão:
1) Há alguma relação entre as manifestações de direita deste ano de 2015 e as “jornadas de junho”?
2) Junho de 2013 teve repercussões nos movimentos da classe trabalhadora?
3) Quais os impactos das jornadas sobre o quadro político brasileiro desde então?
Não apresento respostas prontas, mas pistas para reflexão.
Comparando o número de manifestantes nas ruas, especialmente no caso paulistano, ou recordando aqueles momentos de junho de 2013, em que se ouvia os gritos de “sem partido”, o veto às bandeiras vermelhas e se via militantes de esquerda sendo agredidos nas ruas, aqui e ali aparecem associações diretas entre junho de 2013 e março/abril de 2015.
Começo apontando equívocos nessa associação. Em primeiro lugar, porque desconsideram as diferenças no perfil social dos manifestantes. Embora heterogêneas do ponto de vista da composição social, como todas as grandes manifestações multitudinárias, as “jornadas de junho” representaram a ida às ruas de uma maioria de trabalhadores (jovens) com renda na faixa de um a cinco salários mínimos. Já as manifestações de direita, como as de 15 de março, segundo as pesquisas de opinião, foram protagonizadas por uma maioria de assalariados médios e “empreendedores capitalistas” (nova denominação para a velha pequena burguesia) de uma faixa etária superior.

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