Centrais sindicais pró-Dilma, na avenida Paulista, tiveram crescimento de público |
Os defensores do impeachment e os aliados da presidente Dilma Roussef (PT) foram às ruas esta semana. De um lado, "Fora Dilma"; do outro, "Fora Cunha".
De imediato, pode-se perceber o seguinte: os atos anti-Dilma murcharam e as manifestações pró-governo cresceram.
Sinal de que os sindicatos e os movimentos populares tiveram um ganho nas ruas.
No contraponto, a pesquisa DataFolha apontou que o governo Dilma é avaliado como ruim ou péssimo por 70% dos entrevistados.
O fato de os protestos pelo impeachment terem menos participantes nas ruas não significa dizer que o governo ficou melhor avaliado.
A rejeição a Dilma se mantêm na estratosfera e isso é preocupante.
Na síntese dos protestos, há um estreitamento político dos movimentos sociais pró-governo.
Enquanto a bandeira principal for apenas a manutenção do mandato da presidente, o campo democrático-popular não vai conseguir adesões da população.
As mobilizações precisam ir além do "Fora Cunha" + "Fica Dilma".
É preciso retomar o foco da REFORMA POLÍTICA e do combate à corrupção.
Se for apenas para tirar Cunha, nada se resolve. O Congresso está lotado de substitutos no mesmo nível, ou até pior.
A grande bandeira é pela REFORMA POLÍTICA, contra o financiamento privado de campanhas, restrições às legendas de aluguel e mudanças radicais nas eleições, impedindo a compra de votos.
Para ganhar o coração do povo e levá-lo às ruas defendendo a democracia, é preciso colocar a REFORMA POLÍTICA no principal estandarte das mobilizações.
Apenas o "Fora Cunha" não muda muita coisa. E nem mobiliza as multidões.
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