sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

MOBILIDADE URBANA É PONTO FRÁGIL DE EDIVALDO HOLANDA JUNIOR

Vídeo da cadeirante se arrastando no chão do ônibus é o filme do caos no transporte público de São Luís

É de amplo conhecimento que o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) tem influências sobrenaturais na administração de São Luís.

Sai prefeito, entra sucessor e a regra permanece: o poder público viabiliza os interesses das empresas de ônibus e a população paga uma das tarifas mais caras do Brasil, considerando a péssima qualidade do transporte coletivo.

O problema é antigo, mas a bomba vai explodir em 2016. Mobilidade urbana será um tema de forte agendamento na campanha eleitoral e pode afundar o projeto de reeleição do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT).

As obras de mobilidade urbana tocadas pelo secretário de Trânsito e Transportes, Canindé Barros, são planejadas para facilitar o fluxo de veículos e dão pouca atenção aos pedestres e usuários de transporte público.

A maioria da população sofre nos ônibus velhos, lentos e sujos. Os novos, equipados com elevadores de acessibilidade, não funcionam a contento.

O vídeo da cadeirante se arrastando no chão do ônibus é o filme do caos no transporte público de São Luís.

LICITAÇÃO OBSCURA

O prefeito teve uma chance de dialogar com a população, se fizesse um debate amplo e participativo para construir as regras da licitação do transporte público.

Mas, os interesses do SET prevaleceram. Primeiro, a Câmara Municipal garantiu uma regra esdrúxula para a licitação, aprovando uma emenda do vereador Pavão Filho (PDT) que concede à empresa vencedora um prazo de até seis meses para se adequar à exigência de 50% da frota com ônibus fabricados a partir de 2013.

Depois de aprovar tudo na Câmara, a Prefeitura convocou uma audiência pública para discutir com a população o que já estava definido pelos vereadores.

Para piorar, a Prefeitura não queria permitir que os participantes da audiência pública tivessem direito de falar. 

Desse jeito, o prefeito Edivaldo Holanda Junior já nem precisa de adversários. Ele é o seu próprio inimigo.

5 comentários:

  1. Na audiência várias pessoas falaram, inclusive um ficou com um guarda-chuva reclamando dos ônibus.

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  2. Falaram depois de muita reivindicação dos participantes. As audiências públicas da Prefeitura são sempre assim. Tem de brigar para falar. O mesmo aconteceu nas audiências do plano diretor. Eu participei de várias e na primeira a organização não queria deixar falar. Permitia apenas perguntas por escrito. Só depois de muitos protestos e reivindicações, abriram para o público.

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  3. Prezado companheiro e amigo Ed Wilson,
    Nós, que lutamos tanto nos idos de 1980 para que a população fosse ouvida, durante a campanha de questionamento da planta da Alcoa na Ilha de São Luís, verificamos aos longo desses anos que distorceram completamente o sentido das "audiências públicas" convocadas supostamente para ouvir os interessados. Em vez de falarem primeiro os interessados, é colocada uma mesa com explicações de natureza técnica de pouco alcance para o homem comum, logo após, é concedida a palavra ao plenário geralmente de 3 minutos cada intervenção e ainda para serem feitas perguntas por escrito, e o que é pior as audiências são designadas e convocadas com avisos minúsculos, dificultando a participação dos interessadOS, É o famoso "faz-de-conta" para legitimar as barbaridades. Josemar Pinheiro, advogado e jornalista

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  4. Falou tudo, Josemar. A cultura da participação política só piorou nos últimos 20 anos.

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