Governador Flávio Dino incorpora a líder das pesquisas, Eliziane Gama, na coalizão comunista |
O Palácio dos Leões fez as contas e tem clareza da difícil tarefa de reeleger o prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT). A rejeição é alta, o desgaste é grande e a gestão é um fracasso.
A derrota do prefeito arranharia feio a imagem do governador Flávio Dino (PCdoB), a ponto de gerar um desgaste na sua própria reeleição, em 2018.
Diante desse cenário, o comunista decidiu reeditar em São Luis o consórcio de candidaturas, sucesso em 2012, que consiste em listar vários nomes em uma coalizão, de forma que o(a) eleito(a) configura a vitória do próprio Flávio Dino.
Foi assim que a deputada federal Eliziane Gama (PPS), líder nas pesquisas, passou a integrar a coalizão governista em 2016.
A inclusão da deputada na lista de Flávio Dino foi anunciada no
twitter pelo secretário de Comunicação e Articulação Política, Marcio
Jerry, que também incluiu o deputado estadual Bira do Pindaré (PSB) no rol dos pré-candidatos alinhados ao governo.
Outrora hostilizada como "golpista", por ter apoiado o impeachment de Dilma Roussef (PT), a deputada Eliziane Gama vai ganhar a partir de agora tratamento carinhoso do Palácio dos Leões.
REEDIÇÃO
Em 2012, integravam o consórcio Tadeu Palácio, Edivaldo Junior,
Roberto Rocha e Eliziane Gama. Desse elenco, apenas Palácio saiu de
cena.
Edivaldo Junior ganhou a Prefeitura de São Luis e Roberto Rocha foi vice, elegendo-se senador em 2014.
Eliziane, a deputada federal mais votada em 2014, entrou na fila para ser prefeita da capital. A princípio, ela não fazia parte do plano comunista, porque sua postura pró-impeachment era frontal à militância de Flávio Dino em defesa de Dilma.
Dino bateu o martelo por Edivaldo Junior, mas o rapaz foi um fracasso generalizado, política e administrativamente.
Não restou outra opção ao governador. Eliziane, ex-adversária, virou aliada.
Tudo dentro da normalidade no jogo de forças da política.
Não creio que ele esteja com medo de Edivaldo não sair vitorioso, pois essa reeleição é iminente, a questão é que ele garantiu sua frente com a esquerda (PT, PCdoB e PDT), ao mesmo tempo mantém o PPS, PSDB e PSB ao seu lado, ele foi estrategista, isso sim. Talvez Eliziane saia até para o Senado como consolação.
ResponderExcluirÉ bom ter outros candidatos para o governo parecer imparcial não é? Mas sabe-se que a preferencia é de Edivaldo, ele é o número 1.
ResponderExcluirTexto correto e prudente, mais uma vez.
ResponderExcluirNo Brasil parece se repetir o mantra do PT/Lula de que "o importante é ganhar, não importa com quem", que levou o lulismo a alianças com Sarney, Collor, Maluf, Renan, Cunha, Calheiros etc.
Não estranhemos se em Imperatriz a hoje aliada e ex-desafeta Rosângela Curado veja surgir um plano B do governo no caso de a candidatura dela não emplacar.
Estão apenas evitando que as siglas mais afastadas se afastem do Governo e vão para o lado dos Sarneys, pois todos sabem que Dino é o maior apoiador de Edivaldo.
ResponderExcluirÉ isso, Carlos Agostinho. Tem algumas semelhanças entre a postura do governo em relação e Eliziane Gama e a Rosângela Curado. São as candidaturas com mais chance de vitória e o gov não pode perder agora nessas duas cidades estratégicas para 2018.
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