As especulações sobre o reajuste surgiram nas declarações do vice-prefeito eleito Roberto Rocha (PSB) ao jornal O Estado do
Maranhão e repercutidas nos blogues do imirante (veja Marco d’Eça e Gilberto Léda).
Na matéria do jornal e nos comentários dos blogues, Roberto Rocha dá a entender que o valor da
tarifa de R$ 2,10 praticada em São Luís não atrai empresas de transporte para
uma nova licitação.
Dedução imediata: para fazer nova licitação tem de haver
aumento da passagem.
Rocha não disse exatamente isso, mas deixou em aberto,
colocou a dúvida na solução de um dos maiores problemas de São Luís – o
contraste entre a péssima qualidade do transporte coletivo e o preço elevado
da passagem.
Segundo a interpretação de Marcio Jerry, Roberto Rocha fez
uma “avaliação” sobre o cenário do transporte coletivo e não tomou decisão.
Nem poderia. O mandato do vice e do prefeito eleitos só
começa em 1° de janeiro de 2013.
Para Jerry, o vice Roberto Rocha fez uma avaliação legítima,
mas não foi anunciada como uma decisão do prefeito eleito. “Se acontecerá ou
não (aumento das passagens) a decisão caberá ao prefeito e sua equipe”,
arrematou o comunista.
Ainda segundo Marcio Jerry está havendo uma “construção em
série” elaborada pelos opositores do prefeito eleito Edivaldo Holanda Junior na
tentativa de intrigar os partidos e lideranças da coligação vitoriosa na eleição
de São Luís.
“O modo como foi editada a matéria (do jornal O Estado do Maranhão)
tenta criar uma indisposição entre mim e o vice-prefeito Roberto Rocha que não
existe. Não há desconforto”, declarou Jerry, antecipando que outras situações
virão à baila para tentar intrigar a equipe do prefeito eleito.
Oficialmente, portanto, não há decisão política ou
administrativa do prefeito eleito Edivaldo Holanda Junior sobre aumento de
tarifas.
Mas a entrevista de Roberto Rocha gerou dúvidas sobre como a
nova gestão vai resolver o problema. Se a tarifa de R$ 2,10 não atrai empresas
para uma nova licitação, segundo avaliou Roberto Rocha, a saída é aumentar o
preço para despertar interesse no negócio?
É de amplo conhecimento o poder do Sindicato das Empresas de
Transporte (SET) na vida política de São Luís, influenciando nas decisões da Câmara
de Vereadores e na Prefeitura.
O SET tem poder político e econômico, explora a população
com péssimo serviço e lucra muito.
Edivaldo Holanda vai enfrentar o SET? Ou vai abrir nova licitação
para empresas de fora com preços maiores que os atuais?
Perguntas que só serão respondidas a partir de janeiro de
2013, quando o prefeito eleito tomar posse. Por enquanto, é tudo especulação.
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