O secretário geral do PT, Eloi Pietá, desembarca hoje em São Luís para dois compromissos: às 17 horas reúne-se com dirigentes na sede do PT estadual, no Renascença, e às 20 horas tem jantar com a militância.
Pietá vem ao Maranhão no pior momento do PT. Humilhado no governo Roseana Sarney (PMDB), o partido só tem o cargo figurativo do vice-governador Washington Oliveira (WO).
Descartado na linha sucessória do Palácio dos Leões, o vice se vira como pode para conseguir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e entregar o comando do executivo ao presidente da Assembléia Legislativa, como quer Roseana.
Desastrosa em todos os sentidos, a aliança do PT com o PMDB no Maranhão vai ser o principal tema da conversa de Pietá com os petistas.
Só para recordar, no começo do governo Roseana o PT foi expurgado da Secretaria de Educação sob graves acusações de corrupção. À época, a mídia do Sistema Mirante, de propriedade da governadora, acusava o PT de formação de quadrilha.
Sem qualquer cargo estratégico no governo, o PT é quase um mendigo no Palácio dos Leões.
Para piorar tudo, o vice-governador aventurou-se em uma candidatura de prefeito de São Luís. Com apoio de Sarney, Lula, Dilma, ministros, deputados federais, estaduais e o escambau, WO ficou em quarto lugar, num dos piores desempenhos do partido em todos os tempos na capital.
A Resistência Petista, que reúne vários coletivos não alinhados a Sarney, deve cobrar autonomia do PT maranhense em 2014. Traduzindo: os resistentes vão pedir que a direção nacional não intervenha novamente, como fez em 2010, dissolvendo o resultado do encontro que decidira pela aliança com Flavio Dino (PCdoB).
O PT de WO, humilhado por Sarney, já não sabe o que fazer. Nem o que dizer.
É esse o cenário que espera Pietá hoje em São Luís. Não se sabe se ele vai fazer ouvidos de mercador ou lavar as mãos, dizendo que para o PT do Maranhão não há jeito que dê jeito.
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