Já passaram quase dois meses. No dia
6 de abril, o bancário Jether Joran (foto) foi sequestrado na porta de casa e
assassinado com um tiro na nuca. O corpo só foi encontrado no dia 7, na Vila
Kiola.
Até agora a Polícia Civil não encontrou uma linha concreta de investigação que leve à prisão dos culpados, apesar das cobranças dos familiares e amigos.
Logo após o assassinato, diversas
entidades da sociedade civil reuniram-se no movimento “Eu quero paz em São
Luís”, no qual os signatários pedem uma nova política de segurança pública,
combinada com ações integradas de educação, cultura, trabalho e lazer para os
moradores da cidade.
Natural de Vargem Grande, Jether era
escritor, trabalhava no Bradesco, participou ativamente do movimento sindical e
da vida cultural da cidade.
Até onde eu sei, era um homem do
bem, amante da boa música e tinha uma vida compatível com o padrão salarial de
um trabalhador bancário.
Ele teve a vida interrompida de
forma brusca, seqüestrado na frente dos filhos, na porta de casa, sem qualquer
chance de defesa.
Fica novamente o nosso apelo para
que a Secretaria de Segurança Pública, através da Polícia Civil, intensifique
as investigações para elucidar esse crime.
OBRAS
Joran publicou “Poesias revolucionárias”, “Histórias e
estórias de minha cidade” e “Vargem
Grande do passado”. Veja uns versos de Poesias Revolucionárias:
“A liberdade, a paz
O vôo, a esperança.
A sensação de sermos livres
No horizonte que buscamos,
Juntamente com os pássaros.”
HOMENAGENS
A comoção tomou conta da população
de Vargem Grande com a perda de um filho querido que tanto homenageou sua
cidade e obteve reciprocidade. Abaixo, respectivamente, os textos da estudante
Rosário de Pompéia e da professora Lilian Caroline.
“Amigos aqui presentes
Quero licença vos pedir
Para em versos homenagear
O poeta dos bem-te-vis
À família nossas tristezas
Aos amigos nosso pesar
A Vargem Grande nosso luto
Pelo filho a lhe deixar
A Deus peço ajuda
Para este tributo prestar
Venho em nome do Farol
Ao ilustre poeta exaltar
Nosso eterno Jether Joran
Filho amado e querido
Voz dos revolucionários
Por nós jamais será esquecido (...)”
Rosário de Pompéia, 13 anos,
estudante de Vargem Grande
7 de abril de 2013
“Meu querido escritor
Vou pedir ajuda ao céu
Pra poder homenageá-lo
Em literatura de cordel
Jether Joran é o seu nome
Homem de caráter e valor
Nascido em Vargem Grande
E pela cidade tinha muito amor
Nosso poeta querido
Vargem Grande te agradece
Tu serás sempre lembrado
E nosso povo jamais te esquece."
Lilian Caroline, professora do Farol da Educação de Vargem
Grande
Obrigada pela força, Ed. Este caso não pode ficar assim, estamos na luta!
ResponderExcluirÉ isso aí Ed, não podemos deixar cair no esquecimmento. Exigimos resposta das autoridades.
ResponderExcluir