sábado, 25 de maio de 2013

PARA NÃO ESQUECER O EXPRESSO DA MEIA NOITE

por Eduardo Júlio

Não tenho hábito de acompanhar novelas, às vezes assisto de forma esporádica e prefiro as mais ingênuas e engraçadas, mas resolvi conferir, no começo da semana passada, o primeiro capítulo de "Amor à Vida", em razão das belas paisagens de Machu Picchu, anunciadas na propaganda.

Porém, o que me chamou mais a atenção foi a cópia quase fiel da sequência do filme "O Expresso da Meia-Noite" (1978), do diretor inglês Alan Parker, que culminou, na novela, na captura por militares da Bolívia (uma das portas para Machu Picchu, que fica no Peru), do jovem hippie Ninho interpretado por Juliano Cazarré, que tentava traficar cocaína para o Brasil e garantir uns bons trocados

No referido longa, o ator Brad Davis (1949 - 1991) interpreta Billy Hayes, um estudante norte-americano de passagem pela Turquia, que é preso no aeroporto de Istambul, quando tentava embarcar para os Estados Unidos com pacotes de haxixe presos ao corpo. Esta é uma das sequências antológicas do cinema Ocidental dos anos 70. De tirar o fôlego.

As cenas da novela me levaram a rever o trecho do filme e confirmar o que desconfiava, os elementos da sequência foram copiados quase na íntegra, desde a tensão do personagem causada pela movimentação de militares no aeroporto, passando pela tentativa de alívio no banheiro, até a captura por militares do exército, momentos antes de o personagem subir a escada que o levaria à porta do avião, quando já parecia ter escapado do sistema de segurança.

Tanto no filme de Alan Parker quanto na novela de Walcyr Carrasco, o personagem transpira bastante e os batimentos cardíacos são postos em primeiro plano no áudio. Há, ainda, a companhia da namorada, que é orientada a subir no avião, quando o personagem percebe o cerco.

O roteiro de "O Expresso da Meia-Noite" é de Oliver Stone, que depois conquistou fama como cineasta. Quando assisti ao filme, por volta dos 15 anos, eu fiquei bastante impressionado. E apesar do tempo, é uma obra que me toca, pelo fato de abordar com grande carga de suspense e humanismo as dimensões e relações da equação crime, pena e (in)justiça. Aliás, recomendo outros filmes do Alan Parker, a exemplo de “Asas da Liberdade” e “Coração Satânico”.

No dia seguinte da estreia de "Amor à Vida", procurei na internet algum comentário a respeito deste fato, sem obter sucesso. Agora encontrei este:


E O Expresso da Meia-Noite pode ser encontrado no Youtube.

Um comentário:

  1. A Polícia Federal publicou nota na manhã de hoje afirmando ter descoberto a origem dos boatos sobre o fim do Bolsa Família.
    Diferentemente do que se acreditava, a farsa não partiu de nenhuma agremiação que faz oposição ao governo, já que as mesmas, segundo a própria PF, não tem competência nem pra espalhar mentiras.

    Segundo a conclusão apresentada no relatório do inquérito, “ocorreu um grande mal entendido, pois algumas pessoas tiveram acesso a um vídeo da campanha eleitoral de 2002, no qual o ex-presidente Lula critica a política assistencialista dos governos.

    Algumas pessoas desinformadas pensaram que o vídeo era recente, e acharam que Lula ia mandar acabar com o bolsa família”. No vídeo mencionado, o ex-presidente condena a distribuição de cestas básicas e tickets de leite, afirmando que tais medidas são uma verdadeira “compra de votos”.

    Segundo Maria Magalhães Mascarenhas de Macêdo, beneficiária do programa, o boato se espalhou quando “a gente viu o presidente dizendo que no Brasil ninguém votava por ideologia, que o povo pensa com o estômago e não com a cabeça, aí a gente pensou que ele ia ser coerente e ia mandar a Dilma acabar com a Bolsa (Família)”.

    Embora a PF tenha concluído que o vídeo do ex-presidente foi quem causou o mal entendido, Lula não será interrogado, pois segundo sua assessoria comunicou, ele não sabia de nada.

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