O ex-deputado federal Domingos Dutra, um dos fundadores do PT, guarda a sete chaves o segredo sobre sua desistência de participar do governo Flávio Dino (PCdoB).
Dutra foi convidado a integrar a equipe, na "Representação Institucional no Distrito Federal", mas desistiu.
Um dos critérios para o cargo é ter bom relacionamento junto ao governo Dilma Roussef.
Dutra não tem esse perfil, porque discordou da orientação nacional do PT no Maranhão, que obrigou o partido a submeter-se a José Sarney/PMDB.
Excelente parlamentar, Dutra confrontou a cúpula petista e não teria bom trânsito entre os ministérios para reivindicar os pleitos do Maranhão.
Entrevistado no jornal Vias de Fato, o ex-deputado disse que só vai revelar o motivo da recusa em suas memórias, daqui a 40 anos.
As razões da recusa foram registradas apenas em uma carta, de quatro laudas, entregue ao governador Flávio Dino, informou Dutra.
O teor da carta nunca foi anunciado em nenhum comunicado público de Dutra.
Ao Vias de Fato, o ex-deputado diz estar otimista com o governo e não pretendeu, em nenhum momento, transformar o episódio da desistência em fato negativo.
Dutra, que se recupera de um câncer na próstata, voltou à advocacia e disse que vai se dedicar à família, mas não descartou a possibilidade de vir a ser candidato a prefeito de Paço do Lumiar, em 2016.
Ameaçado de expulsão do PT, por não apoiar a submissão do partido a José Sarney no Maranhão, ele filiou-se ao Solidariedade.
Quem primeiro fez essa observação de que a indicação de Dutra para a representação do MA em Brasília tinha sido um desastre, pelos motivos explicitados na matéria, foi Edinho Lobão em uma entrevista após as eleições.
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