Demorou, mas Lava-Jato está chegando cada vez mais perto do núcleo familiar do ex-presidente José Sarney (PMDB).
É sempre bom lembrar que o doleiro Alberto Youssef foi preso no hotel
Luzeiros, em São Luís, sob denúncia de que pagava propina para furar a
fila de precatórios no governo Roseana Sarney (PMDB).
Era o fio da meada.
Era o fio da meada.
Finalmente, surgiram as primeiras revelações sobre as falas secretas do ex-presidente, no confessionário do ex-diretor da Transpetro Sergio Machado.
Atraído nas artimanhas do delator, Sarney esbaldou-se em confissões ao telefone, como um bom pecador.
As conversas expressam preocupação e sinais da traição. Beneficiário dos governos Lula/Dilma, Sarney é o denunciante mais explícito de que a presidente petista operou na Odebrecht.
Agora, a metralhadora ponto 100 precisa mirar bem no Maranhão, onde o atraso se instalou às custas dos privilégios da casta mantida por Sarney.
Sua derrocada é inevitável. Ele é um dos homens mais vividos na República, influente
nos palácios e nos subterrâneos da política.
Seria impossível sobreviver tanto tempo sem fazer acordos e conchavos para se manter forte em todas as circunstâncias, incluindo o trânsito farto pelos escaninhos dos três poderes.
No confessionário, Sarney fala com intimidade sobre juízes de alto escalão, como se o Judiciário fosse uma extensão dos interesses privados das eminências pardas do Congresso.
As confissões de Sarney com Sergio Machado são a síntese dos podres poderes de Brasília, cujas raízes mais profundas estão no atraso do Maranhão.
Uma hora ele haverá de pagar pelos pecados confessados ao telefone com o delator.
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