Tribunal de Justiça do Maranhão pode ser objeto de investigação federal |
Uma grande expectativa ronda a revelação da lista de funcionários da
Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), determinada pelo juiz Douglas de
Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís.
Liderando a greve dos servidores, o sindicato questiona a negativa de reajuste da categoria e denuncia que altos cargos do poder Legislativo são objeto de sinecura.
A decisão da Alema (ao expulsar o Sindsalem), em vez de inibir as denúncias, atiçou os fatos e pode ganhar o interesse do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Há fortes indícios de que as cúpulas da Alema, do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e do Tribunal de Justiça mantêm parentes empregados, sem trabalhar, recebendo altos salários.
O esquema funcionaria assim: os presidentes dos tribunais loteiam parentes e aderentes nos altos cargos do poder Legislativo, que seria retribuído na mesma moeda com sinecuras no TJ e no TCE.
VENDA DE SENTENÇAS
Desde a repercussão nacional sobre o emprego fantasma do médico Tiago Maranhão, filho do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP), que mora em São Paulo e recebia sem trabalhar no Tribunal de Contas do Estado (TCE), os órgãos de fiscalização e controle acenderam a luz amarela.
As denúncias sobre os fantasmas já foram oficializadas pelo Sindsalem à Procuradoria Geral da República (PGR) e podem gerar uma ampla investigação sobre as folhas de pagamento dos tribunais.
Se o Ministério Público Federal e o Conselho Nacional de Justiça quiserem ampliar as investigações, podem se debruçar também sobre a suposta venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Maranhão.
A propalada indústria de liminares seria o fio da meada para explicar o constante “sobe e desce” de prefeitos nas cidades maranhenses, a maioria dominada por agiotas, atuantes no financiamento de campanhas e, posteriormente, no controle das administrações.
O esquema da agiotagem coloniza uma parte considerável das prefeituras do Maranhão e é um dos maiores sangradouros de dinheiro público no estado mais pobre do Brasil.
Espero que o governador não ajude a barrar a investigação devido pessoas próximas dele terem se beneficiado dessa prática num passado próximo. O sindicato tem que desmascarar esses indivíduos, e que o povo tome conhecimento de cada pessoa que usufruiu do dinheiro público sem mover uma palha.
ResponderExcluirCaro Ed Wilson,parabéns pela qualidade do texto e pelas verdades ditas...a mudança de verdade ainda precisa chegar ao Maranhão.
ResponderExcluirCaro Ed Wilson,parabéns pela qualidade do texto e pelas verdades ditas...a mudança de verdade ainda precisa chegar ao Maranhão.
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