Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney foram flagrados em conversas sobre a Lava Jato |
Investigado, Renan lidera grupo que quer mudar lei
da delação e vai analisar impeachment de Janot
El País - Se um delator da Justiça coloca um político contra a parede,
o melhor é encampar a proposta para se mudar a lei da delação premiada. Se um
procurador pede sua prisão, dá-se o aviso que cinco pedidos de impeachment do
magistrado serão analisados. E se alguém disser que não há isenção para fazer
essa análise, você cria um fato e diz que três procuradores do grupo de
trabalho da operação
Lava Jato não têm condições de investigar o caso, por isso, também deveriam
se declarar impedidos. Esta foi a maneira que um dos investigados no esquema
criminoso investigado pela força tarefa, o presidente
do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), reagiu às últimas denúncias
feitas por um dos delatores do esquema, o ex-senador, ex-presidente da
Transpetro e ex-amigo do próprio Calheiros, Sérgio Machado.
As reações do senador alagoano ocorreram na quinta-feira, um
dia após a divulgação da delação de Machado, e tiveram um tom de como se nada
tivesse ocorrido. O peemedebista conversou tranquilamente com a imprensa por
quase meia hora – o que é incomum – e não fugiu de nenhuma pergunta. Citado em
onze ocasiões nas investigações, o tom dado por Calheiros só reforçam uma
ofensiva política que desde o início das apurações dos desvios bilionários na
Petrobras tem crescido. Atualmente, oito projetos tramitam no Legislativo
pedindo alterações na atual lei da delação premiada, uma legislação aprovada pelo
Congresso no ano de 2013 e, que após garantir ao menos 50 acordos de
colaboração, deixou o meio político em desespero.
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