Delegados explicaram como funcionava o golpe dos números clonados |
Um novo tipo de golpe foi descoberto pela Secretaria de
Estado da Segurança Pública (SSP), por intermédio da Superintendência Estadual
de Investigações Criminais (SEIC). Uma quadrilha que clonava números e
utilizava um aplicativo de conversas para aplicar o golpe foi desarticulada e
os suspeitos Robert Wagner Silva Serra, conhecido como “Cacá”, Paulo Heitor
Campos Pinheiro, Wanderson Sousa Soeiro e Randerson dos Santos Castro, foram
apresentados na tarde desta segunda-feira (25) em coletiva na sede da
secretaria.
O delegado-geral da Polícia Civil, Lawrence Melo, explicou
que o Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos, ligado à SEIC, identificou
que os envolvidos, que são suspeitos de clonar números no aplicativo WhatsApp,
se passavam por amigos dos proprietários das linhas. Através dessa clonagem
passavam mensagem às vítimas pedindo ajuda financeira, por meio de depósito
bancário em contas correntes. Wanderson Sousa é funcionário de uma operadora de
telefonia e era ele quem habilitava os chips, dando acesso livre aos contatos
dos números clonados.
“De posse desse chip um outro integrante habilitava o
Whatsapp no aparelho que estava com ele. Fazia se passar pelo titular do número
e acessava a agenda de amigos e parentes da pessoa. Em contato, via aplicativo,
o integrante da quadrilha relatava dificuldades financeiras, tanto do ponto de
vista de saúde, quanto do ponto de vista material, e solicitava transferência
para a conta de laranjas, que eram indicadas”, relatou Lawrence.
Segundo o delegado-geral, a quadrilha geralmente realizava o
saque e quando excedia o limite de saque iam a um determinado posto de
gasolina, onde passavam o valor restante no débito e davam 10% para que o
frentista desse o dinheiro em espécie.
O diretor do Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos
(DCCT), delegado Odilardo Muniz, orienta que, por se tratar de uma nova
prática, é importante que os usuários do aplicativo reforcem os cuidados. “É
preciso desconfiar se o colega não costuma pedir dinheiro. O problema desse
golpe é a facilidade das vítimas de pedir o dinheiro e a facilidade de, hoje em
dia, se transferir esses valores por meio dos aplicativos de bancos, tornando
rápida a ação dos criminosos”, informou Odilardo. Ele indica que outras vítimas
compareçam à SEIC para ajudar nas investigações.
Secretaria de Comunicação e Articulação Política (Secap)
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