quinta-feira, 6 de novembro de 2008

GRANDEZA AMERICANA

O discurso do candidato republicano derrotado à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, foi um gesto de grandeza política e sensibilidade democrática.

Ao reconhecer a vitória do democrata Barack Obama, McCain colocou-se à disposição para ajudar seu ex-concorrete a superar as dificuldades que os Estados Unidos atravessam.

Seus correligionários ensaiaram uma vaia quando McCain pronunciou a vitória do adversário, mas ele próprio pediu silêncio com um delicado “please”.

As diferenças entre democratas e republicanos são sutis. Não existe um oceano Atlântico ideológico entre eles.

Obama tem a vantagem de ser mais aberto ao diálogo e fura um cerco na conservadora sociedade norte-americana branca-superior-poderosa-militar-religiosa.

Os Estados Unidos também não são “a maior democracia do mundo”, como proclama a mídia monopolizada. O voto para presidente é indireto, a abstenção é grande e o interesse por política talvez tenha sido acentuado com a perspectiva de haver um presidente negro na maior nação do mundo.

O que marcou, entre outros fatores, foi a civilidade do derrotado. O truculento e belicista McCain mostrou, na derrota, ternura.

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