Foi dada a largada em direção à prefeitura de São
Luis. Oito candidatos vão disputar os
quases 400 mil votos do eleitorado
local. Desses oito, um, o atual prefeito,
é o candidato a ser batido, por ser em tese, o favorito. Não só porque tem o
controle da máquina administrativa, mas porque, pela conjuntura, está posicionado
como candidato de oposição, além de ter mais popularidade do que os
concorrentes.
Vejamos. Mas
antes uma colocação. O fato de ser de esquerda não significa ser oposição,
assim como o fato de estar no governo, não significa ser precisamente de situação. Por isso, há uma relativa distância em ser de
oposição e está posicionado como oposição. E também o fato de ter popularidade
não que dizer, sem rejeição.
Par destronar o
atual prefeito, correm em direção ao
palácio La Ravadiére ,
os candidatos Washington Oliveira (PT), Tadeu Palácio (PP), Edivaldo Júnior
(PTC), Haroldo Sabóia (PSOL), Marcos Silva (PSTU), Edinaldo Neves (PRTB) e
Eliziane Gama (PPS).
No momento, nenhum
desses apresenta condições de vencer no 1º turno. Logo, essa eleição deverá ser
decidida, obviamente, no 2º turno. Obviedade esta, que vai interferir na
postura de cada candidato durante a campanha. Pois quando começarem a sair às
pesquisas, boa parte dos concorrentes vai perceber que não tem condições de
chegar no 2º, e, naturalmente, vão começar alinhar os discursos a favor de um
dos dois candidatos que tiverem na ponta, visando uma possível aliança no 2º
turno. Entendo que a explicação é simplista, mas não deixa de ter lógica.
Sendo assim e
acreditando que João Castelo passa pro 2º turno, é possível apresentar dentro
desta lógica simplista, dois cenários. O primeiro é o mais favorável a Castelo,
que é o de ter como adversário no 2º turno, Washington Oliveira. Nesse caso, Castelo
mais do que nunca é oposição. Já que Washington tem o carimbo do grupo Sarney.
Nesse confronto,
Castelo é favorito, tem a máquina, tem capacidade de fazer promessa e de se
fazer de vítima, além de algum trabalho para mostrar. Vai contar ainda no 2º
turno com algumas forças dos candidatos do frustrado consorcio criado por
Flávio Dino. Quanto a Washington Oliveira, o fato de ter baixa popularidade e
ser um candidato meio que a contragosto do grupo Sarney, chegar ao 2º turno já é uma vitória.
O outro cenário
se divide em Castelo ter que enfrentar no 2º turno Edivaldo Júnior ou Tadeu
Palácio. Tanto um como o outro no 2º turno aceitariam o apoio de Washington
Oliveira, o que reforçaria ainda mais a bandeira de oposição de Castelo.
É claro que
estar posicionado como oposição, por si só, não garante a vitória de Castelo. Contra
o atual prefeito pesa o fato de que os três primeiros anos de sua gestão
tiveram uma avaliação péssima. O que dar
muita munição para quem quer destroná-lo.
E aqui cabe uma indagação, Castelo é oposição mesmo a quem? A resposta,
possivelmente, está na eleição de 2014.
* Silvio Martins
é jornalista
Não é só Sarney que tem oposição fã.
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