sexta-feira, 24 de outubro de 2014

PRÉDIO ONDE FUNCIONOU O SIOGE FOI CEDIDO À UFMA

Este blogue repercutiu (veja aqui) a iniciativa de vários escritores, alguns deles vencedores de prêmios literários, reivindicando a recuperação do prédio onde funcionou o Sioge, parque gráfico e editorial de grande importância na edição de obras e realização de concursos literários.

Ocorre que o prédio do Sioge foi cedido para a UFMA pelo Governo do Estado, conforme a Nota de Esclarecimento abaixo.

Em que pese a cedência, nada invalida o pleito da comunidade literária, que pode ter as suas reivindicações atendidas em outro local. O que não falta é prédio abandonado no Maranhão.

Veja a nota da UFMA

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A propósito de notícias sobre a utilização do antigo prédio do SIOGE – Serviço de Imprensa e Obras Gráficas do Estado - em que é sugerido resgatar a sua antiga função, supostamente atribuída ao posicionamento de uma “comunidade literária”, a Universidade Federal do Maranhão divulgou nota oficial para esclarecer a opinião pública e repor a verdade dos fatos. A seguir, a íntegra da nota.

“A Universidade Federal do Maranhão vem a público informar a sua posição sobre a cessão do prédio do SIOGE onde vai funcionar o futuro Museu de Arqueologia da instituição;

1 - O prédio do SIOGE foi cedido para a UFMA pelo governo estadual por um prazo médio de 20 anos para abrigar o futuro Museu de Arqueologia do Maranhão, e também o curso de graduação de Arqueologia, em processo de criação;

2 - A cedência prevê a recuperação e a requalificação total do prédio por parte da UFMA que já garantiu, via Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, os recursos para cumprir com este objetivo;

3 - Estão previstos recursos no valor de R$ 11 milhões para a recuperação do prédio, que deverão ser repassados pela Petrobrás como compensação ambiental para a recuperação do prédio, chamado de Fábrica Progresso, e que pertencia ao antigo conjunto de fábricas de tecidos de São Luís;

4 - O Museu irá abrigar inicialmente o conjunto de 78 mil peças de povos pré-históricos e do período da colonização do Maranhão que foram encontradas, identificadas e catalogadas no processo de escavação da refinaria Premium, e que estão sob a guarda da UFMA na Cidade Universitária até a transferência deste patrimônio para o museu;

5 - É importante ressaltar que, após a cedência, a UFMA já realizou uma licitação pública, no dia 29 de julho, para a contratação dos projetos de recuperação, saindo vencedora a empresa Grillo & Werneck Projetos Ltda. A empresa já está elaborando os projetos para o início da obra que ficará sob a orientação do IPHAN;

6 - E, por fim, a UFMA entende a preocupação da comunidade maranhense pela preservação deste patrimônio, e sente-se ainda mais responsável por ter tomado a iniciativa de solicitar o prédio e dar-lhe uma nova funcionalidade, após este ter ficado mais de uma década abandonado e sem nenhuma utilidade. Com a reforma, para além da preservação, o prédio irá cumprir a sua função social e, portanto, educacional de manter a história cultural do Maranhão em relevância.”

Atenciosamente, 

Administração Superior da UFMA

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