sábado, 28 de fevereiro de 2015

MALA PRONTA: PT DE SARNEY PREPARA EMBARQUE NO GOVERNO FLÁVIO DINO

Cena da última ceia dos sarnopetistas na Casa Grande, com a ex-governadora  Roseana Sarney ao centro
Falta só acertar os detalhes, mas já está definido que o PT de José Sarney (PMDB) vai manifestar oficialmente o apoio ao governo Flávio Dino (PCdoB).

Os detalhes, obviamente, dizem respeito à ocupação de espaços na administração comunista.

Após os acertos, o diretório estadual deve emitir uma nota pública informando o ingresso na base dinista.

Por enquanto, os petistas de Sarney estão abrigados no gabinete do deputado estadual Zé Inácio (PT), ex-superintendente do Incra.

Mas, com a declaração de apoio a Flávio Dino, o sarnopetismo pretende fazer parte do governo, sob o argumento de que todos estão alinhados a Dilma e Lula.

Os movimentos do sarnopetismo pró-Dino coincidiram com o encontro entre o governador e a presidente, em Brasília, onde o comunista apresentou projetos de interesse do Maranhão.

MUDANÇA

Logo depois da derrota da oligarquia, os sarnopetistas ficaram sem eira nem beira, desmoralizados e temendo a cadeia. Um deles, Cesar Carneiro, foi preso pela Polícia Federal, acusado de crimes na Secretaria do Meio Ambiente, no governo Roseana Sarney (PMDB).

Havia risco de outra prisão, relacionada à gestão de Raimundo Monteiro no Incra, mas não se concretizou.

Os petistas de Sarney colaboravam com a oligarquia desde 2010, sob a liderança do ex-vice-governador Washington Oliveira (WO), beneficiado com o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

WO comanda o sarnopetismo do TCE, aconselhando os companheiros, desta vez a mudarem de lado.

Roseana é passado. Agora, é Dino!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

MEC DEMITE EX-REITOR DA UnB

G1 DF

Foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (26) a demissão do ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) Timothy Mulholland, que era professor titular no Instituto de Psicologia da instituição. O desligamento ocorre depois que a Controladoria Geral da União (CGU) apontou possíveis irregularidades em convênios firmados entre a UnB e fundações ligadas ao governo do Distrito Federal, entre 2005 e 2008, quando Mulholland esteve à frente da universidade.

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CAEMA COMEÇA A PERFURAR POÇOS PARA MELHORAR ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Poço no Bairro de Fátima terá vazão de 20 metros cúbicos por hora
A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) iniciou a perfuração de poços artesianos para reforçar o abastecimento de água nos bairros da região central de São Luís. Ao todo serão perfurados seis poços tubulares com profundidade média de 120 metros. No Bairro de Fátima, que terá um poço com vazão de 20m³/h (metros cúbicos por hora), a obra já está em andamento na praça ao lado da Igreja Matriz.

A previsão é que o poço do Bairro de Fátima e mais outro poço que ficará no Parque do Bom Menino comecem a operar em abril. A adoção de medidas imediatas para regularizar o abastecimento em São Luís e nos municípios atendidos pela Caema é um dos compromissos assumidos pelo governador Flávio Dino.

O diretor-presidente da Caema, Davi Telles, explica que a perfuração dos seis poços foi a melhor solução para regularizar o abastecimento em áreas abastecidas pelo sistema Sacavém/Batatã, no Centro de São Luís. “Por determinação do governador Flávio Dino, estamos investindo aproximadamente R$ 1,5 milhão nesse projeto. Todos os seis poços irão entrar em operação até o mês de junho”, afirmou.

Além do Bairro de Fátima e Parque Bom Menino, o projeto contempla mais quatro poços: no Monte Castelo, ao lado da Igreja e Santuário de Nossa Senhora da Conceição; outro no Centro, na Praça da Misericórdia; um na Vila Passos, na Praça Catulo da Paixão Cearense; e mais um no Outeiro da Cruz, na área do reservatório da Caema.

Agência Secom

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

LICITAÇÃO DO TRANSPORTE: POPULAÇÃO PRECISA PARTICIPAR

Prefeito Holanda Jr e governador Flávio Dino entregaram ônibus novos, mas falta avançar na
política de mobilidade urbana para São Luis
O processo de licitação para o transporte público de São Luís começou a ser debatido em audiência pública realizada na Câmara de Vereadores.

Mas, ainda é pouco. O debate sobre a licitação deve ser ampliado e divulgado, com a realização de audiências públicas nos bairros, envolvendo associações de moradores e grupos organizados.

A licitação é fruto de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), celebrado entre a Prefeitura e o Ministério Público (MP).

Por se tratar de uma atividade complexa, que envolve um serviço fundamental no cotidiano da população, o processo licitatório deve ter a participação de todos os segmentos interessados.

A licitação precisa ser construída dentro e fora da Câmara de Vereadores, mediante o diálogo entre a Prefeitura, os empresários do transporte e a sociedade civil. 

É fundamental que o Ministério Público e a própria Prefeitura de São Luís façam uma parceria para convocar a população a debater e construir o processo licitatório.

A licitação é apenas um dos vários instrumentos da construção de uma política de mobilidade urbana para São Luís, que vai muito além da renovação da frota dos ônibus.

O ideal seria a realização de audiências abertas, nos bairros, mobilizando e envolvendo os cidadãos e cidadãs, as entidades organizadas, o poder público e a iniciativa privada.

Somente através do diálogo e da participação será possível construir uma política de mobilidade capaz de oferecer qualidade de vida à população.

Leia mais sobre a audiência realizada na Câmara dos Vereadores no site do movimento Nossa São Luís.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

DE CAMELÔ A PROFESSOR: O SONHO REALIZADO DE ELISEUMAR SOUSA

Eliseumar trocou o emprego nos Correios por uma escola na zona rural de vargem Grande
Ele foi comerciário, ajudante de pedreiro, recapador de pneus e camelô. Aos 37 anos de idade, formou-se em Letras e já havia sido aprovado no concurso dos Correios. Trabalhou como carteiro durante sete anos, em São Luís.

Além da graduação, tem o DELE C2 (Diploma de Español Como Lengua Extranjera, Nivel C2) , o grau mais avançado outorgado aos participantes desses exames, concedido pelo Instituto Miguel de Cervantes.

O grande desejo de Eliseumar Vieira de Sousa era ser professor. Para concretizar esse sonho, ele abandonou um emprego federal nos Correios e fez um concurso para professor em Vargem Grande, município do Baixo Parnaíba.

“Se eu não me tornasse professor acho que, ao envelhecer, seria um velho frustrado”, resumiu. Eliseumar leciona em uma escola no povoado Fazendinha do Baz, a quase 30 Km da sede. Educando crianças pobres na zona rural, ele declara seu amor ao magistério: “é uma missão.”

Veja a caminhada de Eliseumar:

Blogue – Como foi a sua infância no interior do Maranhão?

Eliseumar Sousa – Sou o mais novo de oito filhos. Minha mãe, depois que se separou, teve que cuidar de todos sozinha trabalhando na roça. Morávamos num povoado chamado Sapucaia, distrito de Anapurus, numa casa extremamente simples sem energia elétrica ou qualquer conforto. Em 1980, quando eu tinha 8 anos, nos mudamos para Palestina, distrito de Brejo. Lá tinha um pouco mais de estrutura e pude concluir o ensino primário na Unidade Escolar Prefeito Elias, mas continuavam os dias difíceis.

Passamos muitas dificuldades. Não ter comida suficiente era só uma delas. Calcei o primeiro par de tênis aos 13 anos. Detalhe: era de segunda, foi um irmão que me deu.

Apesar disso, não me lamento. Minha mãe, uma mulher sábia e trabalhadora, soube mostrar o rumo certo a seguir, tanto é que todos somos trabalhadores e cidadãos de bem e jamais a envergonhamos. Tinha o pulso firme, entende?

Blogue – Depois que chegou em São Luís, quais caminhos trilhou?

Eliseumar Sousa - Cheguei a São Luís, em 1987, aos 15 anos de idade, com o apoio de um dos meus irmãos. Vim para estudar e trabalhar. Durante algum tempo trabalhei numa pequena mercearia da qual meu irmão era sócio e ao mesmo tempo estudava.

Depois que deixei a mercearia fui ajudante de pedreiro, de serralheiro e por fim consegui o primeiro emprego numa renovadora de pneus em 1990. Dois anos e meio depois, saí da empresa e fui trabalhar numa outra do mesmo ramo.

Cerca de um ano depois fiquei novamente desempregado, com uma filha de 2 anos, a esposa grávida da minha segunda filha e eu só com o ensino fundamental, que concluí aos 18 anos. Então, comecei a busca de um novo emprego. Depois de vários nãos, restou a alternativa de me tornar camelô, no centro de São Luís. Era o ano de 1994. Fiquei até 1999 e voltei a ser recapador de pneus. Em 2002 (ano em que voltei a estudar) lá estou de novo ambulante e em 2005, já universitário, voltei a trabalhar com pneus. Em 2007, comecei a trabalhar nos Correios, de onde saí em 2014, para me tornar professor em Vagem Grande.

Blogue – Qual o aprendizado do trabalho de camelô na rua Grande?

Eliseumar Sousa - Lidar com pessoas de variados segmentos sociais foi o principal aprendizado dos tempos de camelô (foram quase dez anos, contando alternado). Entender as diferentes formas de relacionamento e disso tirar lições para nortear as suas ações no cotidiano é um legado que levarei para sempre comigo. Foi então que percebi que quem não estuda é posto de lado. Quando isso não é feito pelos que o rodeiam, a vida se encarrega de fazê-lo.

Blogue – Quando você decidiu mudar de vida?

Eliseumar Sousa - Eu tinha 30 anos e apesar de jamais ter abandonado os livros (sempre gostei de ler) faltava-me uma preparação formal. Consciente de que precisava dar um novo rumo à minha vida e sabendo que essa mudança passa, necessariamente, pela escola, resolvi voltar aos bancos escolares depois do longo período longe. Matriculei-me numa escola estadual no bairro São Cristóvão (CEM-São Cristóvão), em 2002. Tive excelentes professores ali, com os quais sempre pude contar. Terminei o ensino médio em 2004 e no ano seguinte como bolsista do recém-criado PROUNI, estava matriculado no Curso de Letras Português/Espanhol da Faculdade Santa Fé. Formei-me em 2009, aos 37 anos.

Paralelamente a isso, estudava para concurso. Até que em 2006, passei no concurso dos Correios, tendo sido admitido em abril de 2007.

Blogue – Por quê você abandonou um concurso federal nos Correios para ser professor em uma escola municipal?

Eliseumar Sousa – Quando entrei nos Correios eu já estava na faculdade e tinha em mente que como professor a minha contribuição social seria bem maior. Minha escolha tem a ver com essa convicção. Acredito que ser professor, muito mais do que ter uma profissão, é ter uma missão de fomentar sonhos e apontar o rumo da concretização aos discípulos. Se eu não me tornasse professor acho que, ao envelhecer, seria um velho frustrado. Foram quase sete anos como carteiro, período de muito aprendizado e bom relacionamento que não desprezo.

Blogue – Como foi a vida de estudante universitário, já na idade adulta e pai de família?

Eliseumar Sousa – Não foi fácil. Eu saía de casa muito cedo e só chegava por volta das 23h. Foi um período complicado. Mas tive bons professores, o que, de certo modo, serviu para fazer valer a pena todo o sacrifício. Jamais pensei em desistir.

Blogue – Depois de concluir o curso superior, você continuou estudando?

Eliseumar Sousa – Sim. Como a minha formação é também em Espanhol e consciente das minhas limitações nesse idioma, passei mais quatro anos a estudá-lo. Depois disso prestei o exame do Instituto Miguel de Cervantes e consegui, em 2013, o DELE C2 (Diploma de Español Como Lengua Extranjera, Nivel C2) que é o nível mais avançado outorgado aos participantes desses exames. Também fiz vários concursos nesse ínterim, até que, em 2013, consegui passar no concurso da Prefeitura de Vargem Grande, onde vivo e trabalho desde 2014 como Professor de Português na Escola Tertuliano Torquato de Mesquita, no povoado Fazendinha do Baz, a quase 30 km da sede.

Blogue – Está valendo a pena encarar a vida de professor em Vargem Grande?

Eliseumar Sousa - Apesar das dificuldades e de ser uma escola da zona rural, está sim. Sei que não vou mudar o mundo, mas com certeza posso contribuir para que meninos da zona rural, como eu, realizem os seus sonhos.

Blogue – Quais as vantagens e desvantagens de ser professor?

Eliseumar Sousa - Entre as vantagens, pode-se destacar o fato de você se tornar referência para o seu aluno e poder ser um instigador, um provocador ou descobridor de talentos. Quanto ao lado negativo o destaque é a preocupação excessiva do sistema com os índices de aprovação em detrimento do ensino-aprendizagem de qualidade. Isso tira, de certo modo, a autonomia do professor. Não me refiro aqui, especificamente, de onde trabalho, mas num sentido mais amplo. Nada que não seja contornável.

Blogue – Você se sente realizado pela opção que fez, trocando a profissão de carteiro pela de professor?

Eliseumar Sousa – Sim. Eu não me arrependo nem um pouco da escolha que fiz e se o tempo voltasse não hesitaria em fazê-la de novo.

Blogue – Que conselho você daria para as pessoas que estão pensando em abraçar a profissão de educador?


Eliseumar Sousa – Que o façam, desde que tenham certeza de que querem ser agentes de uma transformação necessária e urgente que a sociedade precisa; que o façam, desde que compreendam o magistério como uma missão e não somente como uma profissão qualquer; que o façam, desde que estejam dispostos a encarar um desafio diferente a cada instante.

COMUNIDADES TERAPÊUTICAS FAZEM MOBILIZAÇÃO PELO MARCO REGULATÓRIO JUNTO AO CONAD

Petição pública está sendo assinada pelas redes sociais até sexta-feira, 28 de fevereiro. No Maranhão, Fazenda da Esperança adere à campanha e pede apoio

O CONAD (Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas) abriu para consulta pública até a próxima sexta-feira, 28 de fevereiro, a minuta de resolução que regulamenta as Comunidades Terapêuticas (CTs) no âmbito do SISNAD (Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas).

O texto da minuta foi concebido a partir de um Grupo de Trabalho (GT) constituído para essa finalidade e composto, por vários segmentos da sociedade civil e do governo, que acompanham as políticas sobre drogas no país.

No Maranhão, a Fazenda da Esperança é uma das comunidades que tem se esforçado para pedir apoio à população para assinar a petição, e assim garantir a legitimidade de um trabalho de mais de 30 anos com recuperação de pelo menos 6 mil pessoas no Estado. Em todas as unidades do Brasil, a Fazenda da Esperança já recuperou pelo menos 35 mil pessoas.

As comunidades terapêuticas que estão organizadas em associações, federações regionais e nacionais e na confederação nacional (CONFENACT) acolhem atualmente 65 mil pessoas e já acolheram mais de 1.500.000 pessoas nestes mais de 40 anos de atuação no Brasil.

Segundo o último senso do IBGE, realizado em agosto/2014, existem no Brasil 1.847 Comunidades Terapêuticas que querem trabalhar de forma correta e que precisam de um MARCO REGULATÓRIO, para qualificar e ampliar ainda mais os serviços prestados às pessoas afetadas pela dependência química.

Sabe-se que há um número maior de entidades no Brasil, tendo em vista que muitas atuam na informalidade, sem os devidos registros legais, estrutura física e equipe de trabalho. Dentre este grande universo de entidades, há uma minoria, assim como acontece em outros serviços, que não atuam com uma metodologia adequada. Por desconhecimento, muitas famílias acabam caindo em mãos erradas e seus filhos continuam sofrendo. 

Acesse aqui o texto da minuta:

Para assinar o abaixo-assinado, basta acessar aqui 

Mais informações com Flávia Moura 98104-6288.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

FLÁVIO DINO APRESENTA DEMANDAS DA EDUCAÇÃO AO MINISTRO CID GOMES

Bira do Pindaré, Flávio Dino, Cid Gomes e Áurea Prazeres dialogam em prol da Educação
A construção dos núcleos de Educação Integral do Maranhão, a estruturação dos Institutos de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iemas) e o Programa Escola Digna, com foco para a erradicação das escolas de taipa e barro do interior do Estado, foram os três focos de ação do Governo do Maranhão apresentados por Flávio Dino ao ministro da Educação, Cid Gomes.

As três macroações para melhorar a qualidade de Ensino no Maranhão em todas as instâncias governamentais foram detalhadas pelo governador e a equipe de secretários destacados para a missão de melhorar os indicadores educacionais do Estado. Áurea Prazeres (secretária de Educação) e Bira do Pindaré (Ciência e Tecnologia) elencaram os projetos para o desenvolvimento da Educação no Maranhão.

Flávio Dino entregou a Cid Gomes o projeto básico do Programa Escola Digna, bem como a programação para a construção dos Iemas e dos Núcleos de Educação Integral do Estado. A partir de recursos do Governo Estadual e de financiamento junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, os projetos para alavancar os índices sociais do Maranhão serão colocados em prática ao longo dos próximos 4 anos.

O ministro elogiou o projeto e colocou a equipe do Ministério da Educação a postos para colaborar com a execução dos projetos, e avaliou positivamente as ações programadas pelo governador. “A ação se destaca porque ataca diretamente a precariedade estrutural e de modelo educacional,” afirmou o ministro durante a reunião.

Além dos projetos que serão implementados ao longo dos 4 anos de governo, Flávio Dino elencou as primeiras ações de valorização da Educação no Estado. Aumento salarial aos professores, concessão de progressão a 11 mil educadores no Estado e contratação de mais 1.000 professores para atuar na rede estadual de ensino foram lembrados durante a reunião. “Vamos dar uma nova face à Educação em nosso Estado,” destacou.

Agência Secom

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

ELIZIANE GAMA 2016: PPS E REDE ESTARÃO JUNTOS NA DISPUTA PELA PREFEITURA DE SÃO LUÍS

Guerra e paz: deputada critica a gestão do prefeito Edivaldo, aliado do governador Flávio Dino
Primeira colocada na eleição da bancada maranhense na Câmara, com 133.575 votos, a deputada federal Eliziane Gama (PPS) vai consolidando a candidatura a prefeita da capital.

Em paz com o governador Flávio Dino (PCdoB), a deputada tece críticas ácidas à gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC).

“A velha tática de deixar para trabalhar só nos últimos anos já mostrou que não dá certo. Edivaldo perdeu o time, acredito que os problemas não foram resolvidos e não há nenhum planejamento para isso. O governo está inadimplente e ficará em várias outras áreas por falta de cumprimento de leis federais. Infelizmente a situação da cidade é grave”, frisou Gama.

A deputada está segura do PPS e pretende agregar a Rede Sustentabilidade, partido em fase de regularização, liderado por Marina Silva. “Os dois partidos estão coesos e estarão juntos no projeto”, garantiu.

Sobre os atritos na Secretaria de Cultura, ela afirmou que o assunto está superado. “Não tive nenhum problema com o governador. Nunca pedi saída de ninguém, o problema foi pontual. O PPS devolveu a pasta, hoje não temos secretaria no governo, mas continuamos apoiando o governo”, explicou.

Veja a entrevista exclusiva ao Blogue do Ed Wilson.

Blogue - Qual a sua avaliação do processo eleitoral de 2014 no Maranhão?

Eliziane Gama - Foi muito bom, o Maranhão mostrou sua força, elegendo com toda folga o governador Flávio Dino. Esse é um recomeço. 

Blogue – A sua votação foi a maior de toda a bancada maranhense eleita. Quais fatores contribuíram para esse resultado?

Eliziane Gama - Foi fruto de muito trabalho, de nossa atuação de 8 anos de mandato. O Maranhão reconheceu, mesmo com uma campanha muito modesta, tivemos uma votação surpreendente. 

Blogue – Os primeiros 40 dias de governo Flávio Dino (PCdoB) estão correspondendo à proposta de mudança pregada na campanha?

Eliziane Gama - Ele tem um grande desafio, o de trazer de volta os sonhos frustrados de milhares de maranhenses. As medidas adotadas por ele nesse primeiro momento foram importantes, mas também são desafiadoras. O Estado tem problemas estruturantes graves, alguns resultados não virão de imediato. 

Blogue – O prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC) também foi eleito com o discurso da mudança. Qual a sua avaliação da gestão na capital?

Eliziane Gama – A velha tática de deixar para trabalhar só nos últimos anos já mostrou que não dá certo. Edvaldo perdeu o time, acredito que os problemas não foram resolvidos e não há nenhum planejamento para isso. O governo está inadimplente e ficará em várias outras áreas por falta de cumprimento de leis federais. Infelizmente a situação da cidade é grave.

Blogue – Em todas as análises e projeções políticas, seu nome vem sendo colocado para disputar a Prefeitura de São Luís. A candidatura já está consolidada?

Eliziane Gama - É natural a candidatura do PPS, não há como ser diferente, mas agora estamos focados em nosso mandato como federal. O povo me elegeu com a maior votação do estado, preciso responder essa expectativa. No momento certo farei esse debate. 

Blogue – O plano do governador Flávio Dino é manter a maioria dos partidos da coligação de 2014 coesa em 2016, em torno da candidatura à reeleição do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC). Esse plano inclui o PPS, seu partido, que tem cargos na Prefeitura de São Luís. A senhora pretende ser candidata contra a orientação do governador?

Eliziane Gama - O PPS é oposição ao governo municipal, tem um projeto. Isso é um fato.

Blogue – Como ficou a sua relação com o governo Flávio Dino após os atritos na Secretaria de Cultura?

Eliziane Gama - Não tive nenhum problema com o governador. Nunca pedi saída de ninguém, o problema foi pontual. O PPS devolveu a pasta, hoje não temos secretaria no governo, mas continuamos apoiando o governo. 

Blogue – Integrantes do PPS insistem em manter os cargos na Prefeitura de São Luís. O partido também está sob a área de influência do governador Flávio Dino. Quais as chances de a sua candidatura unificar a legenda?

Eliziane Gama - O PPS está unificado em torno do projeto municipal, quem está integrando o atual governo municipal não integra mais a executiva do partido, portanto esse fato está consumado. 

Blogue – Se o PPS não apoiar a sua candidatura, a Rede Sustentabilidade é um caminho mais viável? Existe diálogo para o seu ingresso no novo partido? A senhora tem conversado com Marina Silva?

Eliziane Gama - Sou incentivadora da Rede, assim como o PPS nacional. Marina é uma referência de vida para mim, é uma amiga pessoal, tenho por ela um grandioso respeito, mas estou no PPS, estou focada nisso.

Blogue – A sua posição ideológica é de esquerda, centro ou direita? Isso faz alguma diferença nas disputas eleitorais no Maranhão?

Eliziane Gama - Acredito que esse debate esquerda versus direita está ultrapassado. As últimas eleições mostraram isso. Sou do Maranhão, sou das boas práticas, sou da nova política. 

Blogue – Quais são os três problemas emergenciais de São Luís que a sua candidatura poderia agendar em uma disputa eleitoral?

Eliziane Gama - São Luís tem graves problemas, infelizmente em todas as áreas, mas a educação está mais grave, até hoje tem crianças que não tiveram a oportunidade de concluir o ano letivo de 2014, isso é grave. Um pai ou uma mãe que não coloca seu filho na escola, está incorrendo em um crime. Um gestor que não garante vaga pra um aluno, também está incorrendo em um crime. Isso é improbidade. Além dessa área, temos mobilidade urbana e saúde. 

Blogue – Geralmente, nas eleições, o programa de governo é apenas uma peça de ficção. A sua candidatura, caso seja consolidada, pretende elaborar um programa real e exequível?

Eliziane Gama – Isso é um fato, sou comunicadora, mas os programas de governo não podem ser fruto de uma peça publicitária, precisam ser fruto de um debate com a população e técnicos qualificados. O PPS está atento, pois se isso não acontece, o marketing inverte seu papel e aí não funciona. 

Blogue – Poderia apontar algumas diretrizes programáticas de uma eventual candidatura para enfrentar os problemas da capital?

Eliziane Gama - O programa de governo será pautado na sustentabilidade de forma transversal, popular, transparente e democrática. Com esses princípios faremos um programa consolidado.

Blogue – Qual seria sua proposta para o transporte de massa. Retomaria o VLT, por exemplo?

Eliziane Gama - São Luís precisa urgente de um transporte de massa, o VLT é uma boa alternativa, mas como não teve um planejamento e suas obras não tiveram continuidade, virou piada em São Luís, mas chegou a hora de termos um sistema de transporte de massa mais evoluído. 

Blogue – São Luís é uma cidade sem os equipamentos urbanos básicos e as administrações ainda estão focadas em operações tapa-buracos. É possível sair desse lugar-comum e avançar? Para onde?

Eliziane Gama - São Luís não tem planejamento. A capital não tem plano de resíduos sólidos, por isso fica inadimplente, até agora não fez o plano de mobilidade, por isso também pode incorrer nesse mesmo risco, ou seja não há planejamento. O governo não tem uma equipe de projetos e nem de captação de recursos, por isso perde dinheiro e deixa de receber também. Isso é sério, não tem como prosperar sem esse nível de responsabilidade. 

Blogue – Caso o PPS local não viabilize sua candidatura, existe a chance de uma intervenção através do líder nacional Roberto Freire?

Eliziane Gama - Não existe a possibilidade de não viabilizar. 

Blogue – Qual o caminho mais seguro para sua candidatura: o PPS ou a Rede Sustentabilidade?

Eliziane Gama - Os dois partidos estão coesos e estarão juntos no projeto.

Blogue – Na Câmara dos Deputados, como será seu posicionamento sobre os temas polêmicos, por exemplo: relações homoafetivas, casamento entre pessoas do mesmo sexo, diversidade religiosa, multiculturalismo e outros?

Eliziane Gama - Meu foco é o ser humano, a pessoa, sempre será assim, sou radicalmente a favor da vida. Esse é o princípio que rege todas as minhas decisões. 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A DESTRUIÇÃO NECESSÁRIA NO MARANHÃO

Feiura, drogas, prostituição e sujeira vieram abaixo na praça do Pescador
A Prefeitura de São Luís agiu corretamente ao demolir os bares e barracas improvisadas no Anel Viário. Em condições insalubres, o amontoado de construções horrendas era um monumento à estupidez.

Na praça do Pescador aglomeravam-se os "inferninhos", ambientes insalubres onde tudo se pratica: do tráfico de drogas à prostituição infantil.

Seguindo o plano de reordenamento urbano, a Prefeitura prometeu construir no local uma praça e quadra poliesportiva.

Se não construir nada e mantiver o local limpo, com as calçadas livres, já é grande coisa.

São Luís é uma cidade sem ordem. Qualquer pessoa ocupa os espaços públicos com lava-jatos, barracas, tendas e bares irregulares.

Essa realidade precisa mudar.

A demolição dos "inferninhos" precisa ser ampliada para outros monstrengos do Maranhão. 

O governador Flávio Dino (PCdoB) deveria seguir o exemplo do prefeito e mandar demolir, por exemplo, a rodoviária de Peritoró.

Localizada no maior tronco de estradas do Maranhão, aquilo é uma sucursal do inferno, uma construção horrenda, empoeirada, sem qualquer sinal do processo civilizatório.

O Maranhão precisa de um choque de beleza. No lugar dos monumentos à estupidez devem ser construídas obras de qualidade, esteticamente agradáveis e úteis à população.

É hora de passar o trator em todos os infernos que açoitam os olhos da população e deixar a beleza tomar conta das nossas cidades.

COMUNISMO E RELIGIÃO: COISAS DE DEUS

O governador Flávio Dino, filiado ao PCdoB, escreve hoje no Jornal Pequeno sobre a Campanha da Fraternidade, mobilização anual da Igreja Católica para orientar a evangelização.

Com o título "Servir a Deus e mudar a vida das pessoas", o artigo é uma celebração à justiça, demonstrando como um político de partido comunista pode governar em sintonia com os princípios cristãos.

Ao desmontar as quadrilhas que saqueavam os cofres públicos do Maranhão e aplicar os recursos para melhorar os nossos indicadores sociais, o governo serve a Deus ajudando, principalmente, os mais pobres.

O comunismo moderno, bem distante das práticas tenebrosas de Stálin, é de paz e amor.

Clique na imagem para ampliar e ler.

MOVIMENTO UFMA DEMOCRÁTICA APRESENTA DIRETRIZES E CANDIDATURAS: LANÇAMENTO SERÁ DIA 12 DE MARÇO

Formado por professores, técnicos e alunos, o Movimento UFMA Democrática (MUDe) propõe uma nova gestão universitária, baseada no diálogo e visando à construção de uma plataforma de desenvolvimento para o Maranhão, através da articulação entre ensino, pesquisa e extensão.

Os nomes apresentados pelo MUDe são: Antônio Gonçalves, do Departamento de Medicina II, para reitor, e Marise Marçalina, do Departamento de Educação I, para vice-reitora.

Com críticas ao “estilo centralizador e autoritário da atual gestão, a falta de debate político e principalmente de transparência na gestão pública”, o MUDe apresenta nesta entrevista as suas principais diretrizes para democratizar a UFMA.

O lançamento oficial da campanha do MUDe será dia 12 de março, às 17h, na Área de Vivência do campus do Bacanga.

Veja a entrevista:

Blogue – Como surgiu e quem participa do MUDe?

Coordenação do MUDe – O Movimento UFMA Democrática surge no segundo semestre do ano passado, mas sua construção vem sendo alinhavada há três anos, quando alguns professores e professoras passaram a se reunir para discutir a situação da UFMA, especialmente como têm-se dado os processos decisórios nos diferentes Conselhos, a expansão sem o devido planejamento, ocorrida nos últimos anos, e qual UFMA queremos. O MUDe é um coletivo formado por docentes, técnicos e alunos, reunidos em um movimento de democratização da UFMA.

Blogue – Quais os objetivos do Movimento UFMA Democrática?

Coordenação do MUDe – Construir um projeto de Universidade que tenha como princípio a democratização das estruturas de poder no âmbito da UFMA, rumo a uma expansão qualitativa da Universidade que garanta o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Blogue - Existe alinhamento ou predominância de partidos políticos e sindicatos no MUDe?

Coordenação do MUDe – Não, embora no grupo haja militantes de diversos partidos de esquerda. O que nos aglutina é o desejo de construção de uma universidade pública que prime pela democracia interna, lute contra todas as formas de privatização e de precarização do trabalho e busque formar profissionais engajados na superação dos diversos problemas sociais enfrentados pela população do Maranhão.

Blogue - Como o MUDe avalia a atual gestão da UFMA?

Coordenação do MUDe – Temos sérias críticas ao estilo centralizador e autoritário da atual gestão, a falta de debate político e principalmente de transparência na gestão pública. Essas características, aliadas à ausência de um projeto acadêmico, acabaram por encaminhar a Instituição a um distanciamento dos reais problemas do Estado e da região.

Blogue – O que seria necessário fazer para superar as críticas levantadas pelo MUDe sobre a gestão da UFMA?

Coordenação do MUDe – Investir fortemente no diálogo e debate permanentes com todos os segmentos (docentes, discentes e técnicos), por meio de fóruns com dinâmicas que permitam o acompanhamento dos planos e projetos que iremos executar, de modo que as decisões entrem em consonância com as pautas desses diversos segmentos. Pretendemos também aproximar a Instituição dos movimentos sociais e dos poderes públicos estadual e municipais, para debater a inserção da UFMA no desenvolvimento do Estado, a partir de convênios que possibilitem uma efetiva colaboração interinstitucional.

Blogue – A UFMA inaugurou muitas obras nos campi de São Luís e do continente e outras estão em andamento. O canteiro de obras reflete o crescimento da instituição?

Coordenação do MUDe – Em termos quantitativos, de certa forma reflete, sim. Porém, pode-se dizer que ainda temos um programa inacabado, pois a ausência de um projeto acadêmico levou a atual administração a ampliar prédios e a adquirir equipamentos de forma desordenada. O impacto disso se vê ora nos prédios ainda em construção, ora no aguardo de infraestrutura adequada para recepção de novos cursos e alunos, como a instalação de laboratórios, bibliotecas, restaurantes etc. O traço do “inconcluso” fica mais evidente nos novos campi do continente, que são diretamente afetados pelas condições improvisadas e precárias de funcionamento.

Com essa política, a UFMA por vezes tem deixado de atender às prioridades de algumas áreas e setores, para atender a pedidos de aliados. Isso contribui para a promoção de disputas e cisões, hierarquização entre áreas, corroendo as relações intrainstitucionais.

Nosso objetivo é reverter esse contexto, restabelecendo o diálogo, construindo participativamente um projeto de UFMA, estimulando a comunidade universitária a deliberar sobre os rumos da Instituição, por meio dos colegiados e entidades representativas.

Blogue – Qual a proposta do MUDe para articular ensino, pesquisa e extensão?

Coordenação do MUDe – Para o MUDE, ensino, pesquisa e extensão são indissociáveis. A pesquisa se constitui em processo de geração de novos conhecimentos e saberes que permitem questionar a realidade e refletir teoricamente caminhos para pensar problemas. A extensão, por sua vez, articula o ensino e a pesquisa e viabiliza a relação transformadora entre a Universidade e a sociedade, a partir de ações concretas e pontuais que possibilitem à comunidade viver mudanças, a curto e médio prazos. O MUDe considera que o ato de ensinar consubstanciado na pesquisa e na extensão universitária potencializa o aprendizado e contribui para ampliar a visão crítica dos alunos e professores e aproxima a Universidade da sociedade.

Assim, nós que constituímos o MUDe estamos convencidos de que é preciso promover um amplo debate sobre o fortalecimento da função social da UFMA com a comunidade acadêmica e segmentos sociais, que são ao mesmo tempo o público e os parceiros das ações de extensão.

Pretendemos, ainda, viabilizar a inserção da extensão universitária nos documentos, tais como: o Plano Estratégico de Desenvolvimento Institucional-PEDI; o Plano de Desenvolvimento Institucional-PDI; o Projeto Político-Pedagógico da Instituição-PPPI e os Projetos Pedagógicos de Curso-PPC, formalizando institucionalmente a extensão universitária numa concepção crítica, integrada ao ensino e à pesquisa, a partir de um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promova a interação transformadora entre Universidade e outros setores da sociedade, atendendo ao Plano Nacional de Extensão Universitária. Com isso, pretendemos garantir flexibilização curricular e possibilidades reais de financiamento de programas, projetos, cursos e eventos de extensão em 100% dos cursos de graduação de todos os campi, visando à participação efetiva de estudantes em atividades extensionistas.

Blogue – De que maneira pretende conectar o conhecimento científico da UFMA a uma plataforma de desenvolvimento para o Maranhão?

Coordenação do MUDe – Através de um amplo debate com o Estado e a sociedade civil. O MUDe avalia que urge viabilizar canais de diálogo com a sociedade e com o Estado para que a produção acadêmica possa ter maior ressonância. Consideramos que há um vasto acervo de conhecimentos produzidos nos vários cursos de graduação e nos Programas de Pós-Graduação que poderiam ser potencializados no debate sobre os problemas do Maranhão, mas de forma orgânica, integrada e com ampla participação dos segmentos sociais.

Blogue – Diante do crescimento do número de alunos, observa-se o aumento da demanda na assistência estudantil. Qual a proposta do movimento para essa área?

Coordenação do MUDe – Integrantes do MUDe têm uma proposta construída com os alunos que residem na moradia estudantil e que integraram no ano passado a luta pela ocupação dessa residência, em contraposição à atitude do reitor de se recusar a entregar o prédio para atender a essa finalidade. O MUDe considera importante ampliar o debate, envolvendo a sociedade, para que o problema seja definitivamente sanado. Proposta semelhante também está sendo pensada para os campi da UFMA em diversos municípios maranhenses.

A situação da assistência estudantil também explicita a total falta de planejamento da atual gestão, uma vez que executa as políticas oficiais sem qualquer debate ou adaptação à realidade da UFMA e do Maranhão como um todo, criando uma expansão sem qualidade social, já que, sem condições de sobrevivência e de estudo, muitos alunos não conseguem permanecer na Instituição. Então, quando falamos de assistência estudantil não falamos somente de restaurantes e moradias, que são fundamentais, sem dúvida, mas também de bibliotecas, laboratórios de informática, acesso à cultura, ou seja, elementos que contribuam para a formação integral do aluno.

Blogue – Como serão tratadas as comunidades circunvizinhas à UFMA em São Luís e nos campi do continente?

Coordenação do MUDe – Há tempos a UFMA se fechou ao debate com as comunidades circunvizinhas, principalmente após os conflitos criados com a comunidade do Sá Viana. É necessário reabrir o diálogo e trazer para o conjunto da Universidade as questões postas por essas comunidades para serem amplamente discutidas. E no decorrer da atual gestão não foi diferente, pois a relação da UFMA com os bairros do seu entorno se dá a partir de ações pontuais, desenvolvidas em projetos isolados, que, embora coordenados por professores comprometidos com essa população, não resultam de planejamento institucional colaborativo, que situe a comunidade como parceira em um processo de desenvolvimento da área Itaqui-Bacanga.

Citamos dois exemplos: um deles diz respeito à educação infantil nas escolas comunitárias, mas que em relação a elas a UFMA não desenvolve nenhum programa especial de formação de professores, tendo a maioria destes que estudar em instituições privadas, ou na UEMA, mesmo morando a poucos metros da UFMA; outro caso é o não compromisso da UFMA em auxiliar as comunidades a garantir a posse da terra, pois muitos moradores receberam lotes da UFMA e não conseguiram a legalização deles até os dias de hoje.

Blogue – Qual a proposta do MUDe para os colégios de aplicação, a exemplo do Colégio Universitário? 

Coordenação do MUDe – O método do MUDe para a construção das propostas será através de um fórum envolvendo todos os segmentos da Universidade. Assim também será no Colégio Universitário-COLUN, que superou uma traumática intervenção por parte da administração superior da UFMA, elegendo democraticamente novos gestores. Por isso, o MUDe se compromete a respeitar o COLUN como uma instância acadêmica que goze de autonomia e, como tal, que participe da construção desse projeto institucional coletivo, para que suas demandas possam ser discutidas a contento.

Blogue – No que diz respeito à autonomia universitária, que tipo de tratamento pretendem dar à institucionalização dos campi do continente?

Coordenação do MUDe – Dos atuais campi do continente, apenas Chapadinha e Imperatriz têm os Centros como Unidades Acadêmicas, e em nenhum deles há Departamentos Acadêmicos, mas contam apenas com Coordenadorias de Cursos. Essa estrutura organizacional fere o Regimento Geral da UFMA vigente. Pretendemos mudar essa situação, mediante ampla consulta aos segmentos docente, técnico-administrativo e estudantil. Logo de início, vamos propor a reconfiguração dos colegiados dessas unidades acadêmicas, para integrar o coletivo dos professores, técnico-administrativos e representação estudantil, ampliando assim o seu nível de participação.

Blogue – Quais nomes serão apresentados pelo MUDe para disputar e reitoria e a vice-reitoria da UFMA?

Coordenação do MUDe – Antônio Gonçalves, do Departamento de Medicina II, para reitor, e Marise Marçalina, do Departamento de Educação I, para vice-reitora.

Blogue - Democracia é a palavra-força do MUDe. Como concretizar essa formulação junto à comunidade universitária: docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes? O que seria uma gestão democrática?

Coordenação do MUDe – De duas maneiras: como dissemos anteriormente, investindo fortemente no diálogo e debate permanentes com todos os segmentos (docentes, discentes e técnicos). E, para tal, vamos restabelecer o respeito à autonomia das instâncias deliberativas da Instituição, assim como a representação de todos os segmentos da comunidade universitária, fazendo valer a legislação vigente; por outro lado, promovendo o acesso da comunidade universitária ao orçamento e aos mecanismos de distribuição dos recursos, tornando transparente e compartilhada a gestão financeira da UFMA.

Temos como princípio aliar a democratização das decisões acadêmicas à respectiva gestão dos recursos institucionais.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

MONOTRILHO: TRANSPORTE DE MASSA TEM VIABILIDADE EM SÃO LUÍS, APONTA ESPECIALISTA NO SETOR FERROVIÁRIO

Visões interior e exterior do monotrilho: agilidade no transporte de massa nas capitais

Existe uma alternativa viável para melhorar o sistema de transporte na capital, utilizando o monotrilho, já testado nos Estados Unidos, Japão, Europa e recentemente em São Paulo.

Com amplo conhecimento e experiência de 30 anos no setor ferroviário, o especialista Romeu Bisso Junior, 53 anos, explica nesta entrevista os detalhes da implantação e operação do monotrilho.

Formado em Tecnologia Mecânica Modalidade Projetos, pela Faculdade de Tecnologia de Cruzeiro-SP, ele atua como consultor técnico para Operadoras Logísticas.

Professor do Uniceuma, filho de mestre em Construções de Vagões na antiga Fábrica Nacional de Vagões, em Cruzeiro (SP), Bisso Junior cresceu em meio a linha férrea e as estações ferroviárias do Interior de São Paulo. Reside em São Luís desde 2008 e atuou na Vale como representante técnico de uma grande empresa fabricante de vagões. 
 
Romeu Bisso Junior: 30 anos vivendo e trabalhando no setor ferroviário
Mais barato e com melhores condições de instalação que o VLT, o monotrilho é adequado para os canteiros centrais das grandes avenidas de São Luís.

Veja a entrevista:

Blogue – Como você avalia a tentativa de implantação do VLT em São Luís?

Romeu Bisso Jr: Não conheci o projeto nem os profissionais que nele estavam envolvidos, porém, pelo que foi apresentado e implantado ao fim do Governo Castelo tenho certeza absoluta que o VLT não seria (e não o é) a melhor opção para nossa ilha.

Blogue – Você recomenda a retomada do projeto do VLT?

Romeu Bisso Jr: Não. Temos atualmente outras tecnologias mais eficazes e com custos muito menores que a do VLT.

Blogue – Quais seriam os principais impedimentos e dificuldades para a concretização do VLT em São Luís?

Romeu Bisso Jr: As desapropriações para a construção da via seriam de valores extremamente altos o que de imediato elevaria astronomicamente o custo desse projeto. Outro fator importante é a Legislação Ferroviária Brasileira. Ela exige uma área de recuo em ambos os lados da via e recuo nas áreas inicialmente implantadas era tudo que não se teria.

Blogue – Descartado o VLT, que tipo de transporte sobre trilho você recomenda para a capital?

Romeu Bisso Jr: São Luis é provida de grandes avenidas de pista dupla que dão acesso a vários pontos importantes da cidade. E uma característica importantíssima nessas avenidas é que elas possuem Canteiro Central. Essa é a grande vantagem que propicia a implantação de um sistema moderno, de custo muito menor que o VLT em São Luis. Esse sistema de transporte é o MONOTRILHO.

Blogue – Quais as vantagens do monotrilho para São Luís?

Romeu Bisso Jr: Primeiramente é a grande diminuição ou quase ausência dos custos de desapropriações, visto que o sistema é construído em áreas públicas, no caso de São Luis, nos canteiros centrais das grandes avenidas.

Muitos outros fatores avalizam o sucesso desse sistema de transporte como o fato de o Monotrilho circular por via aérea sobre estruturas de concreto pré-fabricadas. Assim um sistema rodoferroviário seria implantado em um só espaço físico. A sua implantação também tem um tempo abreviado pelo fato de serem usadas estruturas prontas.

Outro aspecto importante é a questão do menor impacto ambiental do sistema seja em termos de ruído (NBR 10151 e 10152), na emissão de poluentes, obstrução visual e efeito sombra das estruturas de suporte.

A velocidade média do sistema é de 35 km/h e a velocidade operacional pode chegar a 90 km/h.
 
Matéria mostra vantagens do monotrilho: menor, mais estreito e leve
Blogue – Como o monotrilho poderia ser implantado concretamente? Cite um exemplo de avenidas na capital onde seria viável.

Romeu Bisso Jr: As estruturas (pilares) são construídas no canteiro central da Avenida que recebe posteriormente as vigas a uma altura entre 12 a 15 metros. Nelas são instalados todo o sistema de movimentação da Unidade Operacional de Trem (TUE). Avenidas como a Jerônimo de Albuquerque que possui ligação com a Guajajaras e Gov. Matos Carvalho é um exemplo de grande avenida que pode receber o projeto pelo fato de cortar a cidade e interligar vários bairros.

A Avenida Daniel de La Touche, Holandeses idem. Tudo depende de estudos de viabilidade.

As estações de embarque e desembarque poderão ser construídas em convênio entre estado e iniciativa privada da capital em locais estratégicos como, por exemplo, nos shoppings.

Blogue – É possível instalar uma linha de monotrilho ligando São Luís a Itapecuru, por exemplo?

Romeu Bisso Jr: (suspiro)... É possível, porém com custo elevadíssimo. Mas a grande prioridade hoje, todos nós sabemos é solucionarmos os problemas de transporte da capital. De Itapecuru a São Luis, o meio de transporte mais viável é o rodoviário.

Blogue – Você teria uma estimativa de custo do monotrilho para um trecho dentro de São Luís?

Romeu Bisso Jr: Temos como base o projeto de São Paulo que foi amplamente divulgado. A linha que ligará a Vila Prudente a Cidade Tiradentes, por exemplo, é um projeto de proporções muito maiores que a realidade de São Luis, assim, qualquer estimativa de custo sem a devida análise seria no mínimo descabidas. Somente um grupo de estudos e de viabilidades para tal.
 
São Paulo já pensa o monotrilho como modalidade complementar ao metrô

Blogue – Considerando as nossas avenidas estreitas, por onde passaria a linha do monotrilho?

Romeu Bisso Jr: A visão maior seria prover por esse sistema, as grandes avenidas que necessitam dar condições para um maior fluxo de ida e vinda para a população e que seriam usadas como espinha dorsal. O sistema de ônibus que pode ser instalado a partir das estações principais é também o grande apoio ao sistema, pois proverá o acesso a outros vários bairros de São Luis.

Blogue – Como ficaria a iluminação pública dos canteiros centrais, levando em conta que o monotrilho ocuparia essa faixa? O que fazer para substituir os postes de luz?

Romeu Bisso Jr: A própria estrutura abriga o sistema de iluminação já que tudo estaria localizado no canteiro central da avenida. Claro que dispostos de forma racionalizada e sempre sob a inspeção periódica.

Blogue – Quantas pessoas podem ser transportadas em cada vagão do monotrilho? Há uma estimativa de quantidade diária de passageiros? Você poderia fazer uma simulação para uma linha, por exemplo?

Romeu Bisso Jr: Irá depender de um estudo prévio para São Luis, como disse. Em São Paulo, na linha Vila Prudente a Cidade Tiradentes um trem contendo sete carros passageiros transporta mil pessoas. E a capacidade do sistema é para 48 mil passageiros por hora. Só para se ter ideia, uma linha de metrô leva em média 60 mil pessoas por hora.

Blogue – Quais os níveis de segurança e manutenção do monotrilho, em caso de pane?

Romeu Bisso Jr: Todo sistema é mantido por equipes dispostas ao longo da via. O fato de ocorrer uma pane é remoto dado à tecnologia avançada que monitora todo o sistema. Exemplo disso é o fato de que os trens funcionam sem operadores.

Blogue – Existem experiências bem-sucedidas de implantação do monotrilho? Onde e desde quando funcionam?

Romeu Bisso Jr: Com certeza existem sim. Chicago, Las Vegas. No Japão eles são usados desde a década de 50. Na Itália, no Canadá igualmente. Em São Paulo o sistema tem dado os resultados esperados. A implantação de um projeto desse porte em São Paulo dá-nos a consciência de que projetos de menor porte e adaptáveis a realidade de outras capitais de menor população, mas com problemas iguais proporcionalmente são viáveis.