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sábado, 24 de outubro de 2009

TRIBUNAL POPULAR MONITORA O JUDICIÁRIO MARANHENSE

Enquanto os desembargadores Jorge Rachid e Antonio Bayma trocam acusações graves em sessão do TJ, uma iniciativa da sociedade civil mobiliza o interior do Maranhão no “Tribunal Popular do Judiciário (TPJ)”.

Várias organizações sindicais, comunitárias, eclesiásticas e de direitos humanos participam das caravanas do tribunal popular, sob a liderança da Cáritas Brasileira, debatendo a atuação do Judiciário maranhense.

É o juizado do povo fiscalizando o da toga.

As comitivas são formadas por religiosos e profissionais das áreas de Comunicação Social, Direito e Sociologia, em plenárias abertas com a população.

As informações colhidas no interior serão sistematizadas em substanciado relatório impresso, adicionado aos registros em foto e vídeo.

Após a realização das caravanas haverá o 1° Grande Tribunal Popular do Judiciário do Maranhão. São esperadas para a ocasião cerca de três mil pessoas, com a participação de autoridades nacionais.

Ao percorrer as comarcas em várias regiões do estado, o TPJ faz levantamentos sobre a atuação dos juízes e o andamento de processos, monitorando também a conduta dos magistrados acerca das sentenças e da produtividade.

A primeira incursão, em setembro, percorreu os municípios da região do Baixo Parnaíba, sediada em Santa Quitéria.

Eventuais denúncias sobre venda de sentenças e ausências de juízes no trabalho (“juízes fantasmas”), assim como favorecimento de latifúndio e tráfico de influência, vão chegar ao Conselho Nacional de Justiça e à Organização dos Estados Americanos (OEA).

A equipe do TPJ verifica também a acumulação de presos nas delegacias sem passarem por julgamento, além dos processos que aguardam sentenças há anos.

Seria oportuno um tribunal popular em Barreirinhas, onde o juiz Fernando Barbosa de Araújo é acusado de grilagem de terras, conforme matéria do jornalista Walter Rodrigues.

Toda generalização é perigosa. Há operadores do Justiça agindo a torto e a direito. E existem juízes como Marlon Reis e Douglas Martins, orgulhando a magistratura com iniciativas e trabalho reconhecido internacionalmente.

Espera-se que estes sejam maioria um dia.

FONTE:
www.tribunalpopulardojudiciario.wordpress.com

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