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terça-feira, 30 de setembro de 2014

"O DOIDO", ELEIÇÕES E EXCEÇÕES NO MARANHÃO

Vários meses antes da eleição, já se sabe quem vai ocupar as vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.

As projeções são feitas com base no "volume de campanha" e na "estrutura" das candidaturas, ou seja, a máquina de fazer votos, geralmente associada ao poder aquisitivo dos políticos.

O poderio financeiro dos candidatos chama-se "o doido". Quando esse personagem entra em cena, todas as outras armas são inválidas.

MAIS DO MESMO

Nas regiões mais pobres da capital, São Luis, e no interior do Maranhão, onde o voto é vulnerável, "o doido" é definitivo.

Gente de classe média alta e ricos também se beneficiam do "doido", com muitos privilégios antes, durante e depois das eleições.

E assim vão se reproduzindo os deputados estaduais e federais, em bancadas geralmente iguais, submetidas aos interesses do Palácio dos Leões.

Nas prefeituras, a situação é pior. Os gestores municipais, submissos ao Governo do Estado, mudam de posição ao sabor dos convênios fabricados às vésperas das eleições.

Foi assim com Roseana Sarney e com o ex-sarneísta José Reinaldo Tavares, formando-se a procissão de prefeitos para assinar a liberação de dinheiro, fruto dos convênios, que nunca se concretizam em benefícios para a população.

Concorrendo com o dinheiro oficial, os agiotas são fortes financiadores de campanha, obtendo privilégios em troca dos mandatos que garantem.

RENOVAÇÃO

Na reta final da campanha surgem as matérias sobre "renovação" nas casas legislativas. Essa renovação, geralmente, é a troca de seis por meia dúzia.

Sai um deputado e entra outro, sem que mude o perfil parlamentar.

Geralmente ganha alguém que teve mais força para arregimentar recursos e articular apoios, mas nada altera na atuação do "novo" deputado.

A troca de um parlamentar por outro, de qualquer partido, pouco muda a situação do Maranhão, que segue o pior em todos os indicadores sociais.

As listas dos prováveis eleitos já começaram a ser divulgadas. Entre os contemplados estão Ana do Gás, empresária de Santo Antônio dos Lopes; e Josimar de Maranhãozinho, conhecido como "o moral da BR", em referência à estrada federal 316, que corta os municípios do Alto Turi até a fronteira com o Pará.

Das 42 vagas da Assembleia Legislativa e 18 da Câmara Federal, nem todas são ocupadas por parlamentares oriundos de esquemas financeiros.

Como toda regra, há exceções. Sobram duas ou três cadeiras disputadas por candidatos alternativos.

O deputado Bira do Pindaré (PSB) fez um bom mandato e merece ser reeleito. Ex-petista, militante histórico vinculado aos movimentos sociais, Pindaré consta na lista dos eleitos com mérito.

Ele merece um novo mandato.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

JOGO BRUTO DO PT DESIDRATOU MARINA

O comando de Lula foi certeiro: para vencer Marina é preciso bater pesado.

Com a força da máquina de propaganda do governo, espalhada em diversos tentáculos, o ataque aéreo e terrestre a Marina Silva (PSB) surtiu efeito. Até agora, é importante registrar.

Turbinada pela tragédia de Eduardo Campos, Marina subiu nas pesquisas tão rápido quando desceu, chegando ao final de setembro com 13 pontos abaixo de Dilma Roussef (PT).

O PT pintou Marina de todas as cores: messiânica, fundamentalista, despreparada, instável, dúbia e oscilante nas opiniões. Ataque demolidor!

O discurso do medo também entrou em cena, desta feita com outro bordão: os "fantasmas do passado" associados à socialista.

Contra Marina, o PT usou as armas das campanhas anteriores do PSDB, que espalhavam no eleitorado o temor de a estrela vermelha chegar ao poder.

Se precisasse, o marqueteiro de Dilma convocaria Regina Duarte para um revival do "Eu tenho medo", inserção gravada pela atriz global e veiculada pelos tucanos para tocar o terror no PT, na campanha de 2002.

Veja aqui.

Para atacar a candidata do PSB, o PT usou as armas do PSDB: antes condenadas; hoje, elogiadas. Campanha, como se diz, é lama.

Exorcizando os fantasmas do passado, Lula e Dilma abraçam zumbis do presente: José Sarney, Fernando Collor, Renan Calheiros e Paulo Maluf - assombrações maléficas à democracia e à República.

Com a ajuda desses espíritos possessivos, os petistas espalharam que Marina era beneficiária da Natura e do Itaú, como se o PT fosse uma virgem no uso do dinheiro público e privado.

Marina não é santa, nem pura. Mas, em termos de promiscuidade financeira e eleitoral, o PT é profissional no ramo.

Por falar em antiguidade, os ataques a Marina tiveram a ajuda de gente grande e esperta na arte de manipular eleições.

A Rede Globo, maior beneficiária das verbas publicitárias dos governos Lula e Dilma, tem interesse em manter os negócios com o PT.

Em 10 anos de petismo, a família de Roberto Marinho abocanhou quase R$ 6 bilhões do bolo publicitário federal.

Nunca houve um governo tão generoso a um império midiático como Lula/Dilma.

Diante de adversários tão poderosos, utilizando armas químicas, não teria como Marina sustentar o crescimento.

A bolha secou, mas ainda há tempo de crescer. Marina é uma gangorra. Sobe e desce. Nesse momento, está em baixa.

O segundo turno vem aí. Vamos ver até onde vai a artilharia do PT.

domingo, 28 de setembro de 2014

PARA HONORATO FERNANDES SÓ FALTA O PCO

Entre os "companheiros" petistas ele já é chamado de "Honorários". Trata-se do vereador Honorato Fernandes (PT), recém-convertido à candidatura de Flavio Dino (PCdoB) ao governo do Maranhão.

Fernandes teve uma carreira fulminante. Elegeu-se vereador logo na primeira tentativa, em 2012, nessa forma rica de fazer campanha no PT - a tal "estrutura".

À época, sintonizado na oligarquia Sarney, ele apoiava o então candidato a prefeito Washington Oliveira (PT), que ficou em quarto lugar.

Mal fecharam o caixão eleitoral de WO, Honorato bandeou-se para o prefeito eleito, Edivaldo Holanda Junior (PTC), tornando-se líder do governo na Câmara de Vereadores, depois de atropelar viciados crônicos no poder.

Ao mesmo tempo em que era líder de Edivaldo, aliado de Flavio Dino (PCdoB), o vereador militava na pré-candidatura de Sarney/PMDB ao governo. Começou com Luis Fernando Silva e depois Edinho Lobão.

Até outro dia Honorato era Edinho até morrer, mas mudou de ideia quando perdeu a disputa para a suplência do Senado, na chapa de outro sarneísta - Gastão Vieira (PMDB).

A suplência estava com Raimundo Monteiro (PT), vetado pela Justiça Eleitoral. A vaga aberta passou a ser disputada por dois petistas - José Antonio Heluy e Honorato Fernandes.

Heluy levou a melhor, papando a suplência de Vieira.

Após esse episódio, Honorato declarou apoio a Flavio Dino, abandonando Edinho.

Não se assuste, car@ leitor@, se o vereador pedir filiação no ultra mega super radical PCO (Partido da Causa Operária).

Com tanto ziguezague, Honorato pode acabar na margem esquerda da política.

sábado, 27 de setembro de 2014

PSTU E PCB CONTESTAM A EXCLUSÃO DO DEBATE NA TV MIRANTE

As legendas socialista e comunista ingressaram com uma representação na Justiça Eleitoral questionando as regras estabelecidas pela TV Mirante para o debate entre os candidatos a governador do Maranhão, que será realizado dia 30 de setembro.

Os dois partidos argumentam que a emissora agiu de forma anti-democrática e autoritária, ao excluir do debate os candidatos a governador Saulo Arcangeli (PSTU) e Professor Josivaldo (PCB).

As legendas requerem à Justiça Eleitoral a garantia de participação dos candidatos no debate ou a suspensão do mesmo, “até a emissora requerida convocar todos os candidatos ao referido cargo, assim como o fez a TV Guará”, diz o pedido apresentado à Justiça Eleitoral.

Afiliada à Rede Globo, a TV Mirante, de propriedade da família Sarney, é a maior organização midiática do Maranhão.

Pela regra da Globo/Mirante, são convidados para o debate apenas candidatos cujos partidos tenham representação na Câmara dos Deputados.

No Maranhão, entre os partidos que registraram candidatura ao governo, estão inclusos na regra o PCdoB, o PMDB e o PSOL, respectivamente representados pelos candidatos Flávio Dino, Edinho Lobão e Antonio Pedrosa.

COMPENSAÇÃO

Aos partidos que não participarem do debate, a TV Mirante oferece uma compensação, em forma de entrevista, com três minutos de duração, no dia seguinte ao debate.

Na representação à Justiça Eleitoral, o PSTU e o PCB criticaram a regra, argumentando que a exclusão de partidos “retira do eleitor o direito de conhecer todos os candidatos, bem como suas ideias e propostas”.

Repudiando a regra estabelecida, Arcangeli e Josivaldo se recusam a participar da entrevista de compensação.

Nos argumentos apresentados à Justiça Eleitoral, com pedido de liminar, socialistas e comunistas sustentam que o convite restrito aos candidatos com representação na Câmara dos Deputados não considera sequer a pesquisa Ibope divulgada em 20 de setembro.

A pesquisa aponta Saulo Arcangeli (PSTU) Professor Josivaldo (PCB) e Antonio Pedrosa (PSOL) empatados em terceiro lugar com 1% das intenções de votos.

“Ocorre que a TV Mirante convidará o candidato do PSOL (Pedrosa), que está na mesma posição que os candidatos dos Partidos Requerentes. Isto por si só gera uma artificial vantagem dos que foram convidados em detrimento dos candidatos dos partidos autores. Pois o eleitor será induzido ao erro, como se as demais candidaturas não existissem”, diz a representação apresentada à Justiça Eleitoral.

O PSTU e o PCB afirmam ainda que a regra adotada pela Globo/Mirante prejudica o debate político. “A continuar essa desigualdade com os partidos que pensam e agem diferente, estes jamais terão representantes e daqui há pouco estarão de volta à clandestinidade, vez que esta é uma maneira de manter o status quo (com extrema desigualdade social) e aos poucos ir instalando o sistema autoritário e minando o ideal do socialismo pregado pelos partidos representantes”, sustenta a representação.

LEGISLAÇÃO

A peça jurídica dos dois partidos remete à Convenção Americana dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário; à Constituição Federal, no tópico do Direito à Informação; e ao princípio da pluralidade partidária.

Ainda na sustentação, os comunistas e socialistas referem-se ao quesito da liberdade no processo eleitoral. “O voto é um ato de escolha, é o exercício do livre-arbítrio do eleitor. Se não lhe forem dadas alternativas para escolher, então não há liberdade. Sempre que as alternativas colocadas são omitidas ou afastadas, prejudica-se o alcance da liberdade do eleitor”, frisa o documento.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

TRE APROVA PRESENÇA DA FORÇA NACIONAL NO MARANHÃO

Após pedidos da coligação de Flávio Dino, da Corregedoria do Tribunal de Justiça e da Ordem dos Advogados do Brasil, o Tribunal Regional Eleitoral aprovou por unanimidade a presença de Forças Nacionais para acompanhar as eleições do Maranhão.

Os magistrados entenderam que, diante dos últimos fatos de violência e da tentativa de vinculá-los ao processo eleitoral, poderia haver prejuízos às eleições, que acontecem daqui a 10 dias.

Os representantes da Justiça Eleitoral também mostraram preocupação quanto ao acesso ao transporte público nas eleições e oficiaram a prefeitura de São Luís para que garanta ônibus na capital no dia da votação.

A decisão foi tomada no início da tarde desta quinta (25) na reunião do pleno do Tribunal Regional Eleitoral. A aprovação definitiva depende do Tribunal Superior Eleitoral em Brasília, que deve analisar a decisão maranhense já nos próximos dias.

PCdoB São Luís

Assessoria de Imprensa

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

PRESO CONFIRMA QUE RECEBEU PROPOSTA DE DINHEIRO PARA FAZER DEPOIMENTO CONTRA FLÁVIO DINO

Em depoimento prestado junto à Superintendência Estadual de Investigações, Criminais na noite da última terça (23), o presidiário André Escócio de Caldas confirmou que recebeu promessas de regalias para gravar vídeo contra Flávio Dino. 

André figura em vídeo veiculado nos últimos dias pela TV e pela rádio Difusora, blogs ligados ao grupo Sarney, ao portal iMirante e ao jornal O Estado do Maranhão – propriedade da família Sarney.

Ouvido pelos delegados da Polícia Civil Tiago Mattos Bardal na noite de terça, André Escócio afirmou que o vídeo foi gravado há cerca de oito dias na sala do diretor da Central de Custódia de Presos de Justiça de Pedrinhas, Carlos Aguiar.

Para gravar o vídeo, o presidiário teria recebido “promessa de conseguirem um Alvará de Soltura e mais uma boa quantia em dinheiro, além do declarante (André Escócio) ficar 'blindado' (protegido) no sistema”, caso apontasse Flávio Dino, Patrícia e Weverton Rocha como mandantes do assalto ao banco do campus da UEMA. A declaração consta no termo de declaração emitido pela SEIC.

André Escócio afirma que não participou do assalto ao banco, data em que estava detido em um presídio. O enredo para tentar incriminar Flávio Dino foi criado após conversas do presidiário com o diretor da CCPJ de Pedrinhas, Carlos Aguiar, que também prestou depoimento à Seic, na manhã desta quarta (24).

Divulgação do vídeo

O vídeo que foi veiculado pelo sistema de Comunicação e também pela campanha de Edinho Lobão foi gravado, segundo conta Escócio, por Nilson, identificado como chefe de Segurança. O presidiário conta ainda que se surpreendeu quando o vídeo foi veiculado em um dos programas da TV Difusora.

Ao assistirem o depoimento forjado no ar, os presos teriam começado a gritar “vai morrer, vai morrer”! O preso já está sob custódia, em sala separada, após os acontecimentos.

Depoimento do diretor

Apontado como responsável pela produção do vídeo, Carlos Aguiar diz que o caso foi gravado na presença de Nilson e com o agente penitenciário conhecido como “Robson”. No depoimento ele confirma que gravou o vídeo, porém ele não teria acreditado no depoimento em que, segundo o próprio Aguiar, o presidiário “queria ser o bonzão”. O diretor nega responsabilidade pela divulgação do vídeo. Após confirmar a autoria do vídeo, o notebook de Carlos Aguiar foi apreendido pelo delegado Tiago Bardal

Investigação Federal

O vídeo foi postado originalmente de uma conta do youtube (canal para reprodução de vídeos) hospedada no Chile. Considerado crime eleitoral, ele passou a ser investigado pela Polícia Federal a pedido da coligação Todos pelo Maranhão, de Flávio Dino. A Polícia Federal e o Ministério Público vão apurar as responsabilidades pela criação e divulgação do vídeo em diversos meios de comunicação – incluindo a TV Difusora do candidato Edinho Lobão.


Coligação Todos pelo Maranhão - Flávio Dino 65

SÓ FALTA UM DEFUNTO NA ELEIÇÃO DO MARANHÃO

Já é por demais conhecido o modus operandi da oligarquia Sarney para ganhar as eleições.

Muitos devem lembrar do rumoroso "Caso Reis Pacheco", a maior farsa eleitoral já montada no Maranhão.

Em 1994, Raimundo Reis Pacheco, ferroviário da Companhia Vale do Rio Doce, foi anunciado como morto para prejudicar a eleição de Epitácio Cafeteira, candidato da oposição. 

A candidata governista era Roseana Sarney.

Às vésperas da eleição, a mídia controlada pela oligarquia intensificou a versão de que a "morte" de Pacheco teria o dedo de Cafeteira.

Os marqueteiros do Palácio dos Leões forjaram a mentira, insinuando que Cafeteira teria mandado matar o ferroviário por vingança, porque Pacheco seria o causador de um acidente que levou a óbito Hilton Rodrigues - sogro de Cafeteira.

Em um minucioso trabalho de investigação, o então candidato a vice-governador na chapa de Cafeteira, o radialista Juarez Medeiros, localizou Pacheco vivinho da silva, no Amapá.

Mas, já era tarde. Cafeteira perdeu a eleição.

Em 2014, surgiu um vídeo onde um bandido acusa o candidato a governador Flavio Dino (PCdoB) de "participação em quadrilha" e outros impropérios.

O vídeo e o roteiro da trama são tão grosseiros que nem precisam de perícia. Qualquer pessoa percebe a armação.

Trata-se de uma manobra grosseira para prejudicar a campanha de Dino, líder em todas as pesquisas, até no Ibope.

Os marqueteiros dos Leões tentam ainda associar a Dino os episódios de violência em Pedrinhas, outra denúncia sem qualquer fundamento.

O Maranhão precisa repudiar mais essa tentativa de tumultuar o processo eleitoral e garantir eleições limpas.

A coligação liderada por Flavio Dino está tomando todas as providências para assegurar a tranquilidade no processo eleitoral, inclusive solicitando o apoio de tropas federais.

Não estranhemos se até domingo surgir um novo defunto na eleição, uma outra trama ou farsa para tumultuar o processo eleitoral. 

A oligarquia Sarney é capaz de qualquer coisa para ganhar a eleição. Toda a vigilância é pouco.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

CEMITÉRIO “JOSÉ SARNEY’ SERÁ INAUGURADO NO MARANHÃO, PRÓXIMO A PEDRINHAS, PREVÊ ROTEIRO CINEMATOGRÁFICO

Um cineasta de São Luís está animado com a ideia de rodar o filme “Maranhão 666: a besta-fera da política”, fechando o ciclo audiovisual sobre os 50 anos da oligarquia liderada por José Sarney, iniciado com a reportagem cinematográfica “Maranhão 66”, de Glauber Rocha.

“Maranhão 666”, segundo o idealizador, terá influências do cinema novo e da teledramaturgia brasileira, inspirada na novela “O bem amado”, de Dias Gomes, sucesso na TV Globo em 1973.

Paulo Gracindo interpreta Odorico Paraguaçu, prefeito corrupto e coronel de Sucupira, às voltas com a inauguração de um cemitério, mas sem sucesso na estreia da obra, devido à falta de um morto na cidade.

Nos primeiros capítulos, Paraguaçu desdobra-se para fabricar um defunto, mas não obtém os resultados esperados.

HOMENAGEM A SARNEY

Suando nas têmporas, entre colheradas de caldo de peixe-pedra, iguaria maranhense pescada nas proximidades da ilha de Curupu, uma das propriedades de José Sarney, o diretor de “Maranhão 666” antecipou parte do roteiro.

A ideia de batizar o cemitério com o nome de José Sarney reitera o culto à personalidade do oligarca e dos integrantes do clã, cujos nomes estão fartamente inscritos em prédios e diversos ambientes públicos em todo o Maranhão: maternidade, fórum, tribunais, escolas, postos de saúde, bibliotecas, ruas, avenidas, vilas, bairros etc.

“Se para nascer, morar, estudar, julgar, transitar e fazer quase tudo no Maranhão temos de passar pelos locais com os nomes da família Sarney, é justo que o chefe do clã seja homenageado com um cemitério. Esse é o sentido do filme”, explicou o diretor.

DEFUNTO NÃO FALTA

Ao contrário da peleja de Odorico Paraguaçu para encontrar um morto e inaugurar o cemitério, “Maranhão 666” terá vários defuntos simbolizados com os nomes das obras prometidas e nunca realizadas pelos governadores sarneístas e herdeiros do oligarca.

De acordo com o diretor, haverá o enterro simbólico de muitos projetos que nunca saíram do papel, mas vários tiveram dinheiro liberado: Refinaria da Petrobras, Fábrica de Componentes Automotivos (Usimar), Estrada Arame-Paulo Ramos, Projeto Salangô (agricultura irrigada), Fábrica de Confecções de Rosário e, recentemente, a avenida 4º Centenário e o resto da Via Expressa.

EFEITO DE REALIDADE

Após uma exaustiva exposição sem consenso sobre realidade e ficção, o mentor de “Maranhão 666” sacramentou a participação do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC) para cortar a fita inaugural do cemitério, argumentando que Holandinha é perfeito para esse papel. “Na aparência, é a versão botox de Odorico Paraguaçu”, fundamentou.

Segundo o diretor, o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, conhecido nacionalmente por fugas, motins e macabras degolas de presos, foi escolhido como cenário principal para dar um tom trash ao filme, porque sintetiza os quatro eixos da arquitetura cênica: crime, castigo, política e morte.

Em respeito às famílias dos presidiários, as imagens de presos degolados não serão incorporadas à película. O diretor vai trocá-las pelos grotescos rituais do abate de gado, fáceis de capturar nos matadouros clandestinos de São Luís.

“O filme é melodrama e sangue, Macunaíma devorado por Oswald de Andrade”, justificou o idealizador da película.

CAIXÃO ESPECIAL

O diretor faz segredo sobre um caixão especial que vai encerrar o filme, mas antecipou que se trata de algo relacionado ao enterro de um indigente político.

Parte das locações será feita em Alcântara, contou o diretor, para capturar imagens do Maranhão em ruínas.

Ele antecipou ainda que José Sarney será convidado especial para a sessão de estreia do filme, no início de 2015.

Temendo represálias, o cineasta pediu para não ser identificado.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

AGENDA DO CANDIDATO A GOVERNADOR SAULO ARCANGELI

O candidato a governador Saulo Arcangeli (PSTU) divulga agenda de campanha de terça-feira 23 de setembro:

Manhã

Gravação de programa eleitoral

Tarde/Noite

15h - Debate promovido pelo Fórum Maranhense das Entidades de Pessoas com Deficiência e Patologia, na Escola de Cegos, no bairro Bequimão. 

17h às 19h30 - Panfletagem Escola CEGEL e Faculdade Estácio de Sá, no Centro.

ELEIÇÕES E A SÍNDROME DE ESTOCOLMO

Carlos Agostinho Couto

A expressão Síndrome de Estocolmo surgiu em 1973 após um assalto a banco na capital da Suécia. Estranhamente, os reféns que passaram dias com os assaltantes passaram a defendê-los após a rendição dos criminosos. Genericamente, o termo indica um estado psicológico pelo qual passam pessoas submetidas a um tempo prolongado de intimidação. As vítimas desenvolvem sentimentos de afeição em relação ao seu agressor.

Neste período eleitoral em especial, quando deveríamos experimentar os frutos do amadurecimento da democracia, mesmo percebendo-se a sobrevivência política de pessoas e ações ainda resultantes dos períodos de exceção, como a ditadura militar oficialmente encerrada com a promulgação da Constituição de 1988, ainda não parece claro para boa parte da população que certas mazelas que concorrem com a democracia deveriam estar-se superando.

Não se trata de responsabilizar a população diretamente pelos políticos que tem, pois esse tipo de afirmação sugere uma formação cultural e educacional (formal ou não) que o povo brasileiro não possui; servindo essa assertiva como uma espécie de lavar de mãos de todos nós com os avanços ainda necessários para a efetiva participação social e política – não alienada – da população.

Percebe-se que ainda sobrevive, mesmo nas classes mais favorecidas da sociedade, uma excessiva condescendência com hábitos há muito arraigados, mas que deveriam estar em vias de serem expurgados do jogo político e dos governos. Patrimonialismo, compadrio, vistas grossas para a corrupção, apego aos cargos públicos simplesmente pela possibilidade de manipular recursos, negação da própria palavra e de seus compromissos com vistas à manutenção do poder a qualquer custo, alianças esdrúxulas sem a menor cerimônia desde que valha um naco do governo, descumprimento da legislação em relação a recursos públicos e privados (como no caso do uso da máquina pública no período eleitoral e de propina paga por empresas para o bolso e campanha de políticos) são exemplos desses hábitos ainda admitidos, infelizmente.

O que pode ter a ver a Síndrome de Estocolmo com essa situação?

No intuito de tentar compreender a situação, e sem a menor condição de fazer diagnóstico psicológico ou psiquiátrico, podemos aproximar as coisas.

Se tratarmos diferentes como diferentes, ou seja: se estabelecermos uma diferença entre aqueles que não têm acesso à educação e informação de qualidade, que vive de favores e sob o jugo do Estado e de políticos profissionais, daquelas pessoas que tiveram oportunidades, têm trabalho e renda compatíveis com uma vida adequada, que têm acesso a informação e que conseguiram progredir bem nos estudos, perceberemos que, em muitos casos, as reações perante os poderosos os iguala na prática.

Muitas pessoas das quais se esperava uma postura crítica e uma ação social efetiva nos momentos cruciais para a democracia, como o período eleitoral, comportam-se como se fossem mal educados, no sentido estrito, ou como se a informação para os mesmos fosse irrelevante.

Metaforicamente podemos relacionar essa postura com a Síndrome de Estocolmo. Tem-se a impressão de que os discursos de que “é assim mesmo”, “rouba, mas faz”, “as alianças com os corruptos são imprescindíveis”, “os fins justificam os meios” podem representar um certo apego, ou relação de afeição em relação àqueles que tanto se beneficiaram do poder em detrimento da maioria da população e, consequentemente, intimidaram as pessoas com e pelo poder.

Não dá para excluirmos do debate aqueles que tiveram as oportunidades acima citadas e que apenas se aproveitaram da chegada ao poder para se locupletar, para agir da mesma forma daqueles que eram criticados; praticando nepotismo, prevaricação, peculato, corrupção. Esses não têm mesmo senso crítico, e nem querem ter. Mas a classe média brasileira precisa repensar seus modos de atuação sociopolítica, pois fechar os olhos para os males da má política, com o perdão da redundância, não deveria ser a regra. As maldades e crimes parecem esquecidos, amenizados, perdoados ou defendidos, como na Síndrome de Estocolmo.

SINDICATO DOS JORNALISTAS PROMOVE CURSO SOBRE JORNALISMO NA ESFERA DIGITAL

O Sindicato dos Jornalistas do Maranhão promove o curso “O jornalismo na esfera digital”, dias 26 e 27 deste mês, no auditório do Jornal O Imparcial. As inscrições tiveram início desde segunda-feira (15), na Livraria Poeme-se (Centro Histórico) e no Sindicato dos Jornalistas (Casa do Trabalhador – Calhau). As vagas são limitadas.

Na ocasião, serão abordados temas como: o transcurso do jornalismo romântico ao digital; Formas jornalísticas: gêneros, valores notícia e fait divers; Fundamentos do Webjornalismo e Webjornalismo aplicado. Os temas serão explanados pelos palestrantes convidados Carlos Agostinho Almeida de Macedo Couto e, Li-Chang Cristina Sousa.  Ambos são jornalistas de formação e professores da UFMA.

Para o professor Carlos Agostinho - mestre e doutor em Políticas Públicas, com atuação focada em meios de comunicação – “é importante discutirmos temas relevantes para o jornalismo contemporâneo com os profissionais da área e com a sociedade. Eu trabalharei mais especificamente com a parte de fundamentação dos conceitos jornalísticos inerentes ao curso e discutirei as relações dos conceitos originais - como narrativa, gêneros, formas - com a contemporaneidade”.

A palestrante Li-Chang Cristina - mestre em Comunicação e doutora em Ciências Sociais -  diz que  a academia deve se aproximar do mercado e vice-versa. “Não é concebível que o nosso modelo de universidade se mantenha distante das demandas do mercado. Após formados, os jornalistas viram técnicos que não pensam a sua atividade profissional. Mercado e academia devem estar em constante articulação e essa iniciativa envolvendo o Sindicato dos Jornalistas é um passo importante para a construção de uma relação mais estreita entre essas duas esferas. Tratarei da parte mais prática do curso: texto aplicado ao webjornalismo, Wiki Jornalismo, jornalismo em redes sociais e blogs”.

Já o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Maranhão, Douglas Cunha, destaca que a iniciativa vem satisfazer uma necessidade da categoria e cumpre um dos compromissos da atual diretoria que é proporcionar qualificação visando aprimora as competências profissionais dos jornalistas.

SERVIÇO

O Que: Curso “O Jornalismo na Esfera Digital”

Quando: 26 e 27/09

Onde: Auditório de O Imparcial

Quanto: 70 reais estudantes / 90 reais profissionais.

Inscrições: Sindicato dos Jornalistas (Casa do Trabalhador) e
Livraria Poeme-se (Praia Grande – 3232 4068 – Centro Histórico)

Contatos: (98) 8140 5891 / paradadosaber@gmail.com

domingo, 21 de setembro de 2014

PESQUISAS: FLÁVIO DINO DISPARA E TEM O DOBRO DE VOTOS DO SEGUNDO COLOCADO

Mais duas pesquisas confirmam, neste final de semana, a liderança de Flávio Dino nas intenções de voto para governador. A apenas duas semanas do pleito, o candidato da Coligação Todos Pelo Maranhão tem 58% das intenções de voto contra 29% de Edinho Lobão na pesquisa Exata/TVGuará/Fiema. Os candidatos Zéluis Lago, Pedrosa e Josivaldo têm, cada um, 1% das intenções de voto. Saulo Arcangeli não pontuou. Cerca de 5% dos eleitores não sabem ou não responderam. Outros 5% estão indecisos.

Em votos válidos, Flávio Dino teria 64% das intenções de voto se a eleição fosse hoje, contra 32% do candidato da família Sarney. A pesquisa Exata/TVGuará/Fiema foi registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob o número 0049/2014. Foram ouvidos 1.400 eleitores em 45 municípios maranhenses entre os dias 15 e 19 de setembro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

DataM mostra a mesma diferença

Na pesquisa DataM encomendada pelo jornal Atos&Fatos, Flávio Dino tem 56,3% das intenções de voto. Mais que o dobro dos 27,5% de Lobão Filho. Na pesquisa DataM, o candidato Zéluis Lago tem 0,7%; Pedrosa tem 0,5%; Saulo Arcangeli, 0,5%; e Prof. Josivaldo, 0,3%. Outros 4,6% dos eleitores pretendem votar em branco ou nulo e 9,5% não sabem ou preferiram não responder.

Em votos válidos, como ocorre na contagem oficial das eleições, excluindo brancos e nulos, Flávio tem 65% dos votos válidos e Lobão Filho tem 32%.

A pesquisa DataM foi registrada no TRE sob o número 0050/2014 e ouviu 1.500 pessoas entre 14 e 19 de setembro. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos

Rejeição de Edinho aumenta

O líder de rejeição continua sendo o candidato Edinho Lobão. O escândalo da Petrobras fez subir de 39 para 44% o volume de pessoas que não votaria em Edinho de forma alguma, de acordo com a Exata. Zéluis Lago tem 26% de rejeição; Pedrosa e Josivaldo têm 19% cada. Flávio é o penúltimo em rejeição: 16%, próximo a Saulo, com 15%.

Coligação Todos pelo Maranhão - Flávio Dino 65

Assessoria de Imprensa

sábado, 20 de setembro de 2014

CESAR TEIXEIRA E LENA MACHADO CONCORREM NA EXPOSAMBA 2014


Internautas podem votar no samba "Quem roubou minha aquarela?", pelo site da Fábrica do Samba.

O refrão de Plataforma, “não sou candidato a nada/ meu negócio é madrugada”, da consagrada parceria de Aldir Blanc e João Bosco, duas das maiores autoridades quando o assunto é samba, é o mote usado pelo compositor Cesar Teixeira e pela cantora Lena Machado para pedirem votos a Quem roubou minha aquarela?, de autoria dele, interpretada por ela, que concorre na Exposamba 2014.

O samba de Cesar Teixeira, inédito até então, como exige o regulamento do Exposamba, foi composto em 2006, época da Copa do Mundo na Alemanha. “Faz referência ao futebol, à seca que afetou a Amazônia no ano anterior, ao governo “sem medo de ser feliz” de Lula, e também à pirataria de produtos nativos por outros países, inclusive sambas. É o reencontro da História”, pontua o autor.

Lena Machado, que gravou músicas de Cesar Teixeira em seus dois discos – Canção de vida (2006) e Samba de minha aldeia (2009) –, não esconde a felicidade em ser porta-voz do ídolo no certame. “Interpretá-lo é sempre uma honra e uma grande responsabilidade. Estou muito feliz em ter sido a escolhida por ele para dar voz a essa pérola. Esperamos fazer jus à preferência do eleitorado”, afirma com um sorriso.

Quem roubou minha aquarela? tem arranjos e direção musical de Wendell Cosme. O vídeo tem imagens de Elson Paiva e edição de Wilton Maciel.

A votação, que acontece pela internet, está aberta e os internautas e sambistas natos podem votar quantas vezes quiserem (limitado a um voto por hora). 

Para assistir ao vídeo e votar em Quem roubou minha aquarela? o e/leitor precisa acessar o site e buscar pela música ou compositor.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

VOTO EM MARINA COM EMOÇÃO E RAZÃO

  Salvador Fernandes, economista e servidor público federal,
ex-presidente estadual do PT/MA (1996-1999)

O espectro marinista atormenta as mentes e corações petistas e psdebistas. O trágico falecimento de Eduardo Campos colocou inesperadamente Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima no centro do jogo sucessório presidencial, e com consideráveis chances de sair vencedora do pleito eleitoral. Isso numa disputa anterior insossa, que marchava para ser resolvida, provavelmente, no primeiro turno. Era o que apontavam as pesquisas eleitorais, com uma tendência de reeleição sem graves solavancos da presidente Dilma, nem que para isso fosse necessário um improvável segundo turno.

Agora, perdurando o cenário atual, o desfecho das eleições presidenciais brasileira está indefinido e promete ainda muitos lances midiáticos, de mais mentiras que verdades. Uma pergunta a ser respondida: por que a candidata Marina causa tanto rebuliço na já assentada, previsível e maniqueísta disputa entre petistas e tucanos?

Logo esta raquítica senhora de 56 anos de idade, filha de retirantes cearenses, de pai seringueiro e mãe dona de casa, que se enfronharam nas matas acreanas há mais de 60 anos, cuja adolescência viveu com sua família em uma palafita chamada Breu Velho, no seringal Bagaço, a 70 km do centro de Rio Branco/AC, que conheceu as primeiras letras do alfabeto aos 16 anos, nos bancos escolares do programa educacional da ditadura militar denominado MOBRAL, sobejo da morte em decorrência de inúmeros problemas de saúde, tais como: malária, contaminação por mercúrio e leishmaniose.

Será a sua coerência e trajetória de vida? Ou a firmeza na defesa de suas ideias? Ou, ainda, o seu biótipo, que se confunde com o perfil miscigenado do povo brasileiro? Não me atrevo a tentar responder. Sei que para os tucanos uma nova derrota aponta para o esfarelamento de um projeto de retorno ao poder, após o fracasso em quatro disputas presidenciais sucessivas. Até aqui, o desempenho de Aécio Neves nas pesquisas eleitorais está aquém dos resultados eleitorais alcançados por José Serra e Geraldo Alckmin, o que sinaliza para uma mudança futura na estratégia e tática psdebista.

Nas hostes petistas, Marina eleita, além da nostalgia de uma derrota para um ex-quadro das fileiras petistas, significará o esgotamento momentâneo do lulismo como instancia infalível de construção das conquistas eleitorais em âmbito nacional. Acrescento como consequência ao revés eleitoral, a retração de uma parte significativa das elites partidária e sindical, com ramificações nos diversificados movimentos populares, de viés utilitarista, parasitário e dependente das arcas públicas. 

Aflige, também, ao estrelato lulista, a possibilidade de consolidação de um novo polo do centro-esquerda, sob liderança nacional de Marina e com um forte apelo político-eleitoral. Esse movimento recepcionará, inclusive, o êxodo de muitos parlamentares, dirigentes e lideranças petistas descontentes com os rumos incoerentes tomados pela agremiação partidária.

Eis as razões para tanto ataque à candidata Marina, muitos deles que se aproximam do receituário propagandista do nazifascismo. Os tucanos, senhores da meritocracia não esclarecida, equiparam Marina à tradição petista dominante. Além de tentarem chamuscar a sua trajetória militante, omitem o seu rompimento com o PT, inclusive por razões programáticas, e seu esforço de construção de uma inovadora organização partidária intitulada Rede de Sustentabilidade.

O repertório lulo/dilmista de desconstrução, ou “dessacralização” - o termo adotado pelos marqueteiros petistas -, de Marina é variado, ferino, e, sobretudo, desleal. Agarram-se a detalhes de sua trajetória, a aspecto comportamental ou a qualquer entrelinha de seu programa de governo – nesse particular, importa lembrar que até hoje, a menos de um mês da eleição, Dilma, assim como Aécio, não lançou seu programa de governo.

Os petistas elegeram, no plano da política econômica, a autonomia/independência do Banco Central como temática básica para tentar caracterizar de liberal o conteúdo do Programa de Governo Marinista. Omitem que a entidade é uma autarquia, portanto, pelo menos juridicamente, detentora de autonomia. Os defensores do modelo atual de gestão monetária, arautos da ingerência política do chefe do Executivo Federal nas decisões colegiadas da entidade, não conseguem explicar o porquê do persistente descontrole inflacionário, do crescimento econômico pífio e da taxa SELIC tão atrativa para os sanguessugas dos mercados financeiros nacional e internacional. Ah, como sempre, culpam o cenário econômico internacional desfavorável!

As vicissitudes do exercício do cargo de Presidente da República não permitem que uma candidata lacrimeje diante das críticas desonestas. Se as lágrimas transbordam do rosto esguio de Marina, sinaliza fraqueza, desiquilíbrio emocional. Se escorrerem da rosada face de Lula, como já aconteceu em vários momentos de sua vida pública, é demonstração de sensibilidade ou externalização de sua liderança popular.

Contrapõem-se à inovação nas relações políticas. Representa aventureirismo. Buscar governar com os melhores quadros, nem pensar. Como se Marina afirmasse que, no caso de vitória eleitoral, excluiria o Congresso Nacional como espaço estratégico de negociação política. Perdem de vista, os petistas, que o discurso do novo, da ética nas tratativas políticas e do compromisso com as mudanças estruturais lastrearam a caminhada partidária até a vitória de Lula em 2002.

Hoje, depois de descambarem para o estreitamento de relações com o que há de pior na política brasileira, silenciam às imposições dos chefes oligárquicos. Como ficou escancarado na declaração debochada do Senador José Sarney sobre o poder de veto à indicação de Flávio Dino à presidência da Embratur, ou na nomeação e manutenção de Edison Lobão no Ministério das Minas e Energia. Isso sem que esse permanente fantoche de Sarney tenha formação técnica mínima exigida para o exercício do cargo, além de todos os indícios de participação no presente esquema de corrupção instalado na Petrobras.

Não admitem o desabrochar de novos atores na mediação da política nacional. Aliás, olvidaram a máxima, dita e repetida por décadas, que uma das fragilidades da democracia brasileira era a ausência de agremiações partidárias programáticas. Atitude política tosca, para justificar, ao longo de 12 anos, o protelamento da reforma política, entre uma das mudanças estruturais imprescindíveis, porém esquecidas.

Apregoam o medo, como medida para garantir as conquistas sociais e evitar uma Marina, tachada como inexperiente, na presidência da República. A mesma cantilena direitista utilizada contra Lula em 1989, 1994... Ainda, esquecem que o importante legado da ampliação das políticas de transferência direta de renda e dos investimentos nos programas educacionais é nitidamente contraposto por relações políticas nada republicanas. Intermediações que garantem a reprodução das anacrônicas oligarquias, principalmente no nordeste e norte do País, artífices estruturais da miséria e da fome daquelas milhões de famílias que clamam por um cartão do bolsa família ou uma vaga para os filhos no Pronatec. Ostentadoras de riquezas extraídas/arrancadas dos orçamentos públicos e dos projetos picaretas financiados pelos bancos oficiais.

A voz rouca e contundente de Lula pedindo voto para as candidaturas de Lobão Filho, Renan Calheiros Filho e Helder Barbalho (filho de Jader Barbalho) simboliza a reafirmação das escolhas preferenciais do petismo.

Por isso, voto em Marina, sem Medo de ser Feliz, com a convicção de que, mais uma vez, a Esperança vencerá o Medo.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

MAU SINAL: SARNEY ATACA MARINA EM DISCURSO RANCOROSO

Está cada dia mais difícil a reeleição da presidente Dilma Roussef (PT), principalmente tendo aliados do tipo de José Sarney (PMDB), que atacou violentamente a candidata Marina Silva (PSB).

Durante um comício para tentar animar a candidatura de Edinho Lobão (PMDB) ao governo do Maranhão, Sarney referiu-se a Marina de forma torpe. Disse que a socialista tem "cara de santinha" e referiu-se à candidata como "a outra".

Veja aqui o vídeo com o discurso do coronel.

Sarney vai deixando a vida pública da pior maneira possível, proferindo insultos em palanque e afundando os aliados. Costuma-se denominar esse gesto como "abraço de afogado".

Abandonado pelo PT nacional, que só envia gente sem voto para o Maranhão, o coronel Sarney atrapalha a reeleição de Dilma ao atacar Marina.

Na verdade, Sarney prejudica Dilma em qualquer circunstância. A presidente petista sequer pode vir ao Maranhão, sob pena de ser vaiada se subir em palanque na companhia do coronel.

O amigo Lula, que havia prometido vir ao Maranhão socorrer Sarney, até agora não apareceu. Ele também teme ser rejeitado publicamente e causar ainda mais estragos na campanha do PT.

Nessas circunstâncias, Sarney não serve para atacar nem para defender ninguém. O melhor é ficar calado e sair pela porta dos fundos, como fez ao encerrar seu mandato de presidente da República.

Fora da disputa eleitoral, desgastado junto aos aliados, suas palavras não ecoam sequer entre os bajuladores.

O PT, Lula e Dilma ficaram piores com Sarney. Atacando Marina, ele afunda de vez o projeto petista da reeleição presidencial.

Parece ave agourenta.

SHOW: CÉLIA MARIA NA CASA d'ARTE

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

SAULO ARCANGELI DIVULGA AGENDA DE CAMPANHA

O candidato a governador Saulo Arcangeli (PSTU) percorre várias cidades, faz panfletagem e acompanha o candidato ao Senado, Marcos Silva, em debate na Câmara dos Vereadores de São Luis. Veja a agenda:

18 de setembro (quinta-feira)

Visita as cidades de Imperatriz e João Lisboa

19 de setembro (sexta-feira)

Visita as cidades de Açailândia, Estreito, Porto Franco e Imperatriz

20 de setembro (sábado)

Reunião com militância do partido (pela manhã)

21 de setembro (domingo)

Panfletagem na feira do bairro da Cidade Operária, às 8h

22 de setembro (segunda-feira)

Panfletagem no colégio no Ivar Saldanha (pela manhã)
Acompanha o candidato ao Senado, Marcos Silva, em debate na Câmara Municipal de São Luís, às 10h

CURSO DE JORNALISMO DIGITAL

Ótima oportunidade. Com os professores doutores Carlos Agostinho Couto e Li-Chang Cristina.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

OSCAR 2015: “EXERCÍCIO DO CAOS”, DE FREDERICO MACHADO, DISPUTA INDICAÇÃO PARA CONCORRER NA CATEGORIA MELHOR FILME ESTRANGEIRO


O filme brasileiro que concorrerá a uma vaga entre os indicados a melhor filme estrangeiro no Oscar de 2015 será anunciado na próxima quinta-feira (18). 

Ao todo, 18 longas-metragens disputam a indicação. O anúncio será feito a partir das 10h, pela ministra da Cultura, Marta Suplicy, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo (SP).

“Exercício do caos”, do cineasta maranhense Frederico Machado, disputa a indicação.

O filme será escolhido por uma comissão formada pelo diretor, produtor e roteirista Jeferson De, pelo jornalista Luis Erlanger, pela coordenadora-geral de Desenvolvimento Sustentável do Audiovisual da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, Sylvia Regina Bahiense Naves, pelo presidente do conselho da Televisão América Latina (TAL), Orlando de Salles Senna, e pelo ministro do Departamento Cultural do Ministério das Relações Exteriores, George Torquato Firmeza.

Entre os filmes indicados, 'Hoje eu quero voltar sozinho', do diretor Daniel Ribeiro, apresenta o personagem Leonardo. Na trama, o adolescente é cego e homossexual, e tenta lidar com a superproteção da mãe e sua busca pela independência.

Os últimos filmes que representaram o Brasil na seleção aos indicados a melhor filme em língua estrangeira foram "O Som ao Redor", de Kleber Mendonça Filho (2014); "O Palhaço", de Selton Mello (2013); "Tropa de Elite 2: o Inimigo agora é o Outro", de José Padilha (2012); "Lula, o filho do Brasil", de Fábio Barreto (2011) e "Salve Geral", de Sérgio Rezende (2010).

Dos vinte filmes inscritos, dois ("Faroeste Caboclo" e "A Coleção Invisível") não puderam concorrer por terem estreado antes da data limite estipulada pela Academia.

Confira abaixo os filmes concorrentes:

A Grande Vitória

Diretor: Stefano Capuzzi


Elenco principal: Caio Castro, Sabrina Sato, Domingos Montagner, Tato Gabus Mendes, Moacyr 

Franco, Rosi Campos

Sinopse: Abandonado pelo pai, Max Trombini foi criado pela mãe e pelo avô, que morreu quando ele tinha 11 anos. Revoltado, passou a se envolver em confusões em sua cidade natal, Ubatuba (SP). Mas com o aprendizado de artes marciais, Max conseguiu se restabelecer emocionalmente e tornar-se um dos principais técnicos de judô do Brasil. Baseado em fatos reais.

A Oeste do Fim do Mundo

Diretor: Paulo Nascimento


Elenco principal: Cesar Troncoso, Fernanda Moro e Nelson Diniz

Sinopse: Em um velho posto de gasolina perdido na antiga estrada transcontinental da Argentina, a solidão do introspectivo Leon só é quebrada por alguém querendo abastecer ou pelas visitas do sarcástico Silas, um motociclista com ares de hippie aposentado. O tempo passa devagar nas margens da velha estrada. Até o dia em que a enigmática e inesperada chegada de Ana transforma radicalmente o cotidiano de Leon e Silas.

Amazônia

Diretor: Thierry Ragobert


Elenco principal: Lúcio Mauro Filho e Isabelle Drummond (vozes)

Sinopse: Castanha é um macaco-prego domesticado que sobrevive a um acidente de avião e se vê sozinho na Floresta Amazônica. O macaquinho precisa aprender a viver em liberdade, num novo mundo onde há animais de todos os tipos: onças, jacarés, cobras, antas, gaviões. Aos poucos, Castanha aprende a viver na floresta, fazendo novos amigos, em especial a macaquinha Gaia, sua companheira de espécie.

Dominguinhos

Diretores: Eduardo Nazarian, Joaquim Castro e Mariana Aydar


Elenco principal: Gilberto Gil, Gal Costa, Elba Ramalho, Hermeto Paschoal e João Donato

Sinopse: O documentário trata da vida e obra de um dos maiores mestres da música brasileira, Dominguinhos, morto em julho de 2013 em decorrência de um câncer no pulmão. O filme intercala imagens de arquivo, passagens em shows e encontros musicais exclusivos de artistas com o "rei da sanfona".

Entre Nós

Diretor: Paulo Morelli


Elenco principal: Carolina Dieckmann, Caio Blat, Paulo Vilhena, Júlio Andrade e Martha Nowill

Sinopse: Sete jovens amigos escritores viajam para uma casa de campo para celebrar a publicação do primeiro livro do grupo. Lá, eles escrevem cartas para serem abertas 10 anos depois. A viagem acaba em uma tragédia após a morte de um dos amigos. Mesmo assim, eles se reúnem 10 anos depois para lerem as cartas.

Exercício do Caos

Diretor: Frederico Machado


Elenco principal: Auro Juriciê, Di Ramalho, Thalyta Sousa, Isabella Sousa, Thayná Sousa e Elza Gonçalves

Sinopse: Um pai soturno e autoritário vive com as três filhas adolescentes em uma antiga fazenda de mandioca no interior do Maranhão, afastada da povoação. A família compartilha a ausência da mãe - supostamente desaparecida - e lida com os ditames rigorosos de um estranho capataz que os explora enquanto espreita a inocência das meninas, divididas entre a ilusão da infância e a cruel realidade de suas vidas.

Getúlio

Diretor: João Jardim


Elenco principal: Tony Ramos, Alexandre Borges e Drica Moraes

Sinopse: O jornalista Carlos Lacerda, principal inimigo político do presidente Getúlio Vargas, sofre um atentado na rua Toneleros, no Rio de Janeiro. Acusado por Lacerda de ser o mandante, Getúlio vive uma crise política sem precedentes.

Hoje eu quero voltar sozinho

Diretor: Daniel Ribeiro


Elenco principal: Guilherme Lobo, Fabio Audi, Tess Amorim, Lúcia Romano, Eucir de Souza, Selma Egrei e Isabela Guasco

Sinopse: Leonardo é um adolescente cego e homossexual que tenta lidar com a superproteção da mãe e sua busca pela independência. O cotidiano do jovem muda com a chegada de Gabriel, que o ajuda a descobrir mais sobre si mesmo e sua sexualidade.

Jogo de Xadrez

Diretor: Luís Antônio Pereira


Elenco principal: Priscila Fantin, Tuca Andrada e Antonio Calloni

Sinopse: Mina está presa por fraudar a Previdência Social. Além de se defender das outras detentas, precisa escapar da vigilância do diretor da penitenciária. O crime cometido por Mina envolveu um senador, que tenta de todas as formas impedir que sua participação venha à tona.

Minhocas

Diretores: Paolo Conti e Arthur Nunes


Elenco principal: Daniel Boaventura, Yago Machado e Cadu Paschoal (vozes)

Sinopse: Júnior é uma jovem minhoca que não consegue fazer amigos, já que todos o consideram mimado pela mãe. Disposto a provar o contrário, ele desafia Nico, um dos que o provoca, para um desafio. Mas antes da disputa começar, Júnior e Nico são levados para a superfície, onde acabam encontrando o vilão Big Wig, um tatu bola que deseja transformar as minhocas em escravas.

Não pare na pista: a melhor história de Paulo Coelho

Diretor: Daniel Augusto


Elenco principal: Júlio Andrade, Ravel Andrade, Lucci Ferreira, Letícia Colin, Fabíula Nascimento, 
Enrique Díaz, Paz Vega, Nancho Novo e Fabiana Guglielmett

Sinopse: Cinebiografia de Paulo Coelho, o filme se concentra em três momentos distintos da carreira do escritor: a juventude, nos anos 1960; a idade adulta, nos anos 1980; e a maturidade, em 2013. Usando como base depoimentos do próprio Paulo Coelho, a história perpassa os momentos mais marcantes da vida do autor, como a relação com as drogas e a religião, a sexualidade e a parceria com o músico Raul Seixas.

O Homem das Multidões

Diretor: Marcelo Gomes e Cao Guimarães


Elenco principal: Sílvia Lourenço, Paulo André e Jean-Claude Bernardet

Sinopse: Belo Horizonte, Minas Gerais: Juvenal, condutor de trem do metrô, enfrenta a impossibilidade de estar só. Para se sentir melhor, ele se mistura na grande multidão da cidade. Margô, controladora de estação do metrô, não consegue se desprender das redes sociais, trocando o mundo real pelo mundo virtual.

O Lobo Atrás da Porta

Diretor: Fernando Coimbra


Elenco principal: Leandra Leal, Milhem Cortaz, Fabíula Nascimento e Juliano Cazarré

Sinopse: Com uma linha dramática de suspense, o filme leva a uma viagem aos recantos mais obscuros dos desejos, mentiras e perversidades de um triângulo amoroso a partir do misterioso sequestro de uma criança.

O menino e o mundo

Diretor: Alê Abreu


Elenco principal: Alê Abreu, Lu Horta, Vinicius Garcia, Marco Aurélio Campos, Melissa Garcia, Cassius Romero, Nestor Chiesse, Patrícia Pichamone, Felipe Zilse e Alfredo Roll (vozes)

Sinopse: Sofrendo com a falta do pai, um menino deixa sua aldeia e descobre um mundo fantástico dominado por máquinas-bichos e estranhos seres. Uma inusitada animação com várias técnicas artísticas que retrata as questões do mundo moderno através do olhar de uma criança.

O menino no espelho

Diretor: Guilherme Fiúza Zenha

Elenco principal: Lino Facioli, Mateus Solano e Regiane Alves

Sinopse: Que criança nunca sonhou um dia em ter um clone? Alguém que fizesse todas as tarefas chatas em seu lugar, como ir à escola mesmo sem vontade ou tomar uma dolorosa injeção no hospital. A transformação dessa fantasia em realidade é a trama central de "O Menino no Espelho", um filme que trata de valores universais como a infância, a amizade e a descoberta do amor.

Praia do Futuro

Diretor: Karim Aïnouz


Elenco principal: Wagner Moura, Clemens Schick, Jesuíta Barbosa, Sabine Timóteo, Ingo Naujoks

Sinopse: O salva-vidas Donato resgata Konrad, piloto alemão de motovelocidade, de um afogamento na Praia do Futuro. Os dois se apaixonam e Donato vai embora, deixando para trás o irmão mais novo, Ayrton, e a família. Oito anos depois, Ayrton se aventura em Berlim na busca do irmão desaparecido, seu grande herói.

Serra Pelada

Diretor: Heitor Dhalia


Elenco principal: Juliano Cazarré, Julio Andrade, Matheus Nachtergale, Sophie Charlotte e Wagner Moura

Sinopse: Juliano e Joaquim deixam São Paulo em busca do sonho do ouro na região Amazônica. A vida no garimpo, com a obsessão pela riqueza e pelo poder, transforma por completo a relação e a vida dos dois.

Tatuagem

Diretor: Hilton Lacerda


Elenco principal: Irandhir Santos, Jesuíta Barbosa, Rodrigo García, Sílvio Restiffe, Sylvia Prado e Ariclenes Barroso


Sinopse: Brasil, 1978. A ditadura militar, ainda atuante, mostra sinais de esgotamento. Em um teatro/cabaré, localizado na periferia entre duas cidades do Nordeste do Brasil, um grupo de artistas provoca o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos e interferências públicas. Liderado por Clécio Wanderley, a trupe conhecida como Chão de Estrelas, juntamente com intelectuais e artistas, além de seu tradicional público de homossexuais, ensaiam resistência política a partir do deboche e da anarquia.