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domingo, 31 de agosto de 2014

FLÁVIO DINO TEM 57,8% CONTRA 23,1% DE EDINHO LOBÃO, DIZ PESQUISA DATA-M

Após o início do horário eleitoral nas emissoras de rádio e televisão, o 
candidato da coligação Todos Pelo Maranhão, Flávio Dino, abriu 35 
pontos de diferença sobre o segundo colocado. 

Flávio possui 57,8% das intenções de voto, contra 23,1% do candidato da
família Sarney, Edinho Lobão. Dos demais candidatos, Zéluis Lago (PPL)
pontuou 1%; Josivaldo (PCB) teve 0,9%; Pedrosa (PSOL), 0,4%; e Saulo
Arcangeli (PSTU), 0,3%. Cerca de 10% pretendem votar em branco e nulo.
Somente 6,4% dos eleitores estão indecisos.

A pesquisa Data-M ouviu 1.500 pessoas, entre os dias 21 a 24 de agosto.
A pesquisa foi registrada no TRE sob a inscrição 037/2014. A margem de
erro do questionário é de 3 pontos para mais ou menos.

Na pesquisa espontânea – quando o eleitor é perguntado em quem vai votar,
mas não é apresentado a ele o nome dos candidatos –, Flávio Dino pontua 42%.
No mesmo sistema, Edinho Lobão tem 15%. Quando perguntado sobre quem
o eleitor acha que vai ganhar, 59% dos eleitores responde que será Flávio.

Já quando perguntado sobre em quem não votaria de forma alguma, 44% dos
eleitores dizem rejeitar Edinho Lobão. Já 13% não votariam em Flávio Dino
e 8% em Pedrosa.

Coligação Todos pelo Maranhão - Flávio Dino 65
Assessoria de Imprensa

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

UM TOQUE ALÉM DA MEDIDA

Jorge Leão
Prof. de Filosofia do IFMA

O amor nos toca a alma. É o único termômetro capaz de medir a temperatura do coração. Ao iniciar a sua jornada, ele nos convida ao toque mais sutil que podemos receber: a entrega gratuita.

Não incita à culpa, muito menos ao abandono. É aconchegante o seu ritmo, e suave o seu olhar. Quem se nutre com o tempero do amor, sabe que a vida não passa em vão. Todo mínimo movimento faz sentido, pois penetra fundo no vazio deixado pela noite mal dormida.

Como nos traços do artista, sua tela se renova a cada contorno. Sente-se bem por partilhar os momentos simples da vida: um abraço, uma palavra oportuna, um aperto de mão. Procura sintonia na melodia do silêncio, e confessa sua chegada como um beija-flor, discreto e belo.

Nada o afasta de seus sonhos. Alimenta-se com o néctar das flores do tempo. Sabe que precisa acalmar a tempestade do vazio deixado pela inconstância das marés. A todo o momento permanece atento aos tormentos das enchentes, e sabe o momento de recuar para dar vazão à solitude.

Percebe-se aprendiz na escalada da vida e da morte. Encontra seu deleite no dar-se incondicional. Não receia esquecimento, pois sabe que a memória lembra o que desde o começo é eterno.

Ele toca a alma, e por isso nos conecta com a morada do que não pode caber em nenhum espaço. Pois morar é ser, e ser é um modo de respirar. Conforme a tua respiração, lá é a tua morada.

Rever o toque a cada dia é também aprender novamente a amar. E amar é não perder a magia da reconquista. Quem se permite rever seus passos, anda com mais serenidade na estrada da vida. Não há fim para quem inicia novos caminhos.

Há no reino do amor apenas uma perda: a entrega. Mas, quando se entrega por amor, nada se perde, pois a dádiva do amor é tocar o outro sem esperar retribuição. Por isso, a entrega amorosa, na verdade, não significa perda alguma. A não ser que chamemos de amor alguma coisa que precisa ser recompensada, o que já não seria mais amor.

Amar é, portanto, tocar além da medida. É andar com segurança sem precisar dizer que chegou. Amar é segredar ao outro o que mora no espaço da entrega. Amar é entregar o tesouro da alma, que não se mede, não se possui, apenas se dá, sem nada pedir em troca. Amar é sorrir com os lábios de Deus.

Namastê!

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

MARINA SILVA NA POLÍTICA REAL

O crescimento vertiginoso da candidatura de Marina Silva (PSB) precisa ser analisado com frieza e sem devaneios.

Se ganhar a eleiçao, ela terá de negociar a governabilidade com todos os partidos.

A suposta pureza da candidata, cheia de exigëncias e outros quetais, vai esbarrar no pragmatismo do Congresso Nacional - um antro de lobistas e grupos corporativos, fora as quadrilhas organizadas que dominam os negócios na política.

Para a maioria do parlamento brasileiro, esse papo furado de "nova política" pregado por Marina nao serve para nada.

Marina é do PSB, um partido igual a qualquer outro. Basta ver que no Maranhao o socialismo é feito de Ribamar Alves, Roberto Rocha e José Reinaldo Tavares. Sem comentários.

Embora haja um tom messiânico e heróico em torno da sua candidatura, Marina vai conviver com a fome de cargos do PMDB, a herança do PT, o agronegócio do PSDB/DEM e o oportunismo de várias outras legendas.

Uma coisa é promessa de campanha; outra, o dia-a-dia das negociaçoes. No balcao do Congresso, Marina tem poucas chances de praticar a "nova política" que vem prometendo e ninguém sabe direito o que é.

Na política real, Marina será um Lula de vestido e cabelo amarrado. E com a bíblia na mao. 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

UMA PISTA PARA OS CARROS DE LUXO EM SAO LUIS

Carros de luxo: quem financia tanta ostentacao no Maranhao?
Desencadeada pela Polícia Federal (PF), a Operacao Cartago pode ajudar a explicar porque há tantos veículos luxuosos em Sao Luis.

A investigação da PF levantou que funcionários da Caixa forjavam empresas para operar como correspondentes bancários imobiliários contratados pelo banco.

Segundo a Operacao Cartago, ocorriam práticas ilegais na cobrança de taxas para o financiamento de casas e apartamentos.

Os própros funcionários da Caixa seriam parte do esquema de fraude no financiamento de imóveis no Maranhao.

Nas agências da Caixa, os comenários de corredores dao conta de que os bancários envolvidos no esquema eram “presenteados” com carros de luxo.

Eis uma boa pista para a PF investigar.

Algo de estranho, além dos buracos e esgotos, acontece nas ruas de Sao Luis – a enorme quantidade de veículos caríssimos circulando na cidade.

De onde vem tanto dinheiro para comprar esses carros que custam em média 180 mil reais?

Como podemos ter tantos carros de luxo em uma cidade com baixos indicadores sociais, sem indústrias e muita pobreza?

Quem financia tanta ostentacao?

Quem compra tantas mercedes, audi e caminhonetes?

Óbvio que há, entre os proprietários desses carros, pessoas que trabalham com dignidade e pagam as prestacoes em longos financiamentos.

Mas o exagero na quantidade de carros muito acima de 200 mil reais levanta suspeitas.

Nos corredores da Caixa o clima é de aflicao.

Os presenteados e os presenteadores sao uma boa pista para a PF.


E a ostentacao dos carros de luxo, finalmente, pode ser explicada. Pelo menos, em parte.

domingo, 24 de agosto de 2014

DOS VATICÍNIOS

Eduardo, com sua ausência

Deixou a disputa entre as mulheres

Aécio, da terra da inconfidência

Não chega nem pra alferes...

(Marcos Fabio Belo Matos)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

UM DESAFIO NA UEMA: É HORA DE MUDAR A GESTÃO

A UEMA está prestes a ingressar na consulta para a formação da lista tríplice, de onde sairão o novo reitor e vice.

Em uma carta distribuída à comunidade universitária e ao conjunto da sociedade maranhense, os professores doutores José Ribamar Gusmão Araujo e João Coelho Silva Filho (foto) expõem uma radiografia estarrecedora da UEMA.

Você pode ler a carta completa AQUI.

Em resumo, segundo o texto, a UEMA é administrada como sucursal dos interesses e práticas oligárquicas no Maranhão. Basta olhar para os ex-reitores Waldir Maranhão e Cesar Pires, transformados em deputados sem qualquer sentido ao parlamento.

Nos últimos 20 anos, diz a oposição, “os gestores da UEMA têm conduzido a Instituição na mesma cartilha voltada para expansão territorial (abertura de campi deficitários ao sabor dos interesses políticos), do uso político (palanque para pretensos candidatos a deputado), do clientelismo, da centralização administrativa, da falta de autonomia financeira, do grande fosso salarial entre docentes e técnico-administrativos, da não aprovação de um plano de carreiras e salários específico para os técnico-administrativos, engessamento da carreira docente, carência de projetos estruturantes, inversão de prioridades nas questões de ensino, tímida evolução da pós-graduação stricto sensu, falta de política de assistência aos discentes e da falta de transparência na aplicação de recursos do orçamento e de convênios.”

Ou seja, a UEMA é o espelho dos desmandos políticos e administrativos da oligarquia. Para manter essa situação, o processo eleitoral foi antecipado e os prazos de campanha reduzidos.

Em 2010, as eleições foram convocadas para o dia 24 de novembro. Estranhamente, em 2014, a consulta será realizada em 25 de agosto de 2014, sem qualquer justificativa.

Tudo indica que essas medidas antecipatórias foram tomadas com o objetivo de formar a lista tríplice ainda em 2014, para que o reitor seja escolhido pela governadora Roseana Sarney (PMDB).

A convocação apressada se deu no recesso das aulas, com os campi esvaziados, desmobilizando todo o interesse pelo momento mais importante da UEMA – a definição da nova administração.

Além de tudo isso, segundo a carta da oposição, “pairam nebulosas também as reais listas dos votantes na UEMA, sempre questionadas pelos outros candidatos, além das várias centenas de cargos comissionados com “direito a voto”. 

Segundo a carta, todo o processo eleitoral pode estar comprometido pela forma como está sendo conduzido pela atual administração, de forma autoritária e sem transparência, prática herdada das gestões anteriores, conforme denuncia a oposição: “Destaca-se que ainda hoje o CONSUN e os demais Conselhos Superiores – CEPE (ensino, pesquisa e extensão) e CAD (administração) - funcionam e decidem sem representação estudantil – maior segmento e razão de ser da Instituição.”

Neste blogue, por diversas vezes, reconhecemos o mérito dos bons e dedicados professores, técnicos administrativos e estudantes da UEMA. Se não fosse por eles, a instituição poderia estar pior.

Uma eleição de reitor e vice não é só a disputa por um cargo central e a distribuição das estruturas administrativas entre amigos e apoiadores.

A UEMA tem um papel fundamental no desenvolvimento do Maranhão, na formação profissional em áreas estratégicas para impulsionar o ensino, a pesquisa e a extensão, motivando o agenciamento dos arranjos produtivos para a geração de emprego e renda.

No cenário de alternância de poder no Maranhão, é fundamental que a UEMA tenha uma nova direção. Do jeito que está, será mais uma vez um quintal dos interesses da oligarquia.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

SAULO ARCANGELI: AINDA SOBRE O DEBATE NA TV GUARÁ

Estelionato
Art. 171 -  Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

Repercutiu bastante nos últimos dias minha fala no debate da TV Guará denunciando o estelionato eleitoral praticado pela oligarquia nas eleições de 2010, com a promessa da chegada da refinaria da Petrobrás no Maranhão.

Na época, Dilma, Roseana e Lobão, pai do candidato Edinho, prometeram a instalação de uma refinaria Premium da Petrobrás que seria a redenção de todos os males do Maranhão. Quatro anos se passaram, mais de R$1,5 bilhão foi gasto só em projetos e terraplanagem e no lugar de milhares de empregos e desenvolvimento, só existe um grande campo aberto e muita decepção.

O candidato Edinho teve chance em seu direito de resposta concedido pela emissora e não conseguiu explicar o porquê de tanto desperdício de dinheiro público e o motivo de ter brincado com as esperanças de uma juventude pobre e sofrida que gastou seus últimos recursos para tentar se qualificar em um dos vários cursos de gás e petróleo que surgiram na cidade.

Para alguns, minha fala se tratou de um ataque pessoal ao candidato Lobão Filho. No entanto, para nós do PSTU se trata de falar das coisas como elas realmente são, sem meias palavras, sem dó daqueles que massacram há 50 anos os trabalhadores do Maranhão com suas mentiras e promessas. 

Nesta campanha eleitoral, nos debates e entrevistas que tivermos oportunidade não faltará coragem de falar o que o povo do Maranhão tem vontade se pudesse estar frente a frente com os responsáveis pela miséria do nosso Estado.

Saulo Arcangeli, candidato a governador pelo PSTU

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O PCdoB E A GREVE DOS PROFESSORES

As redes sociais estão repletas de questionamentos sobre o silêncio do PCdoB na greve dos professores municipais de São Luís.

Em meio à dúvida, os comunistas deveriam divulgar uma nota pública de esclarecimento sobre a posição do partido neste episódio.
Afinal, o secretário municipal de Educação, Geraldo Castro, é uma das principais lideranças do PCdoB, que tem Flavio Dino candidato ao governo, avalista e aliado do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC).
Além da nota, o PCdoB deve tomar providências urgentes para solucionar o impasse.
A greve chegou ao ápice do conflito: os manifestantes, acorrentados, ocuparam a Prefeitura iniciando uma greve de fome.
Já mencionei que desconheço a composição partidária da diretoria do Sindicato dos Professores. Sobre esse tema, não tenho como opinar.
No entanto, sei que há lideranças grevistas e professores bem intencionados na luta pela melhoria da qualidade da Educação em São Luís. É muito justo que mereçam melhores salários e condições de trabalho.
Radicalizado, o movimento grevista está permeado de informações vindas dos dois lados.
A Prefeitura envia releases afirmando que já iniciou a negociação faz tempo, inclusive com a mediação do Ministério Público.
De outro, os professores disparam nas redes sociais, assegurando que a Prefeitura não atende às reivindicações da categoria.
Os jornais e blogs alinhados à campanha de Flavio Dino (PCdoB) acusam a greve de estar sendo alimentada pelo PMDB, com o objetivo de prejudicar a oposição na disputa eleitoral.
Para a mídia dinista, a greve vem sendo manipulada pelo deputado estadual Roberto Costa e pelo senador João Alberto, caciques do PMDB na taba de José Sarney.
Toda greve é política e feita por atores heterogêneos. A unidade em torno de objetivos comuns é costurada, às vezes, em meio a interesses partidários.
Mas é difícil acreditar que um professor grevista do PSTU, por exemplo, que não é Dino nem Sarney, deixe-se manipular por João Alberto.
A greve cresceu porque as escolas estão caindo aos pedaços, os anexos são chiqueiros, os professores e estudantes convivem em ambientes insalubres e há defasagem salarial. 
Caso o PMDB tenha pego carona, chegou depois e não é bem-vindo.
O caos a educação de São Luís atravessou diversas gestões, quando também houve greves. Esse não é um problema exclusivo do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC). É uma herança de coronéis como Luiz Rocha e João Castelo, todos amigos de José Sarney e hostis à Educação estadual e municipal.
A tarefa urgente, agora, é buscar uma solução. E no meio do conflito, o personagem central – PCdoB – precisa se posicionar oficialmente.

VERDADE E ERRO

Prof. Joedson Marcos Silva

Sempre que digo acreditar na verdade, algumas pessoas me tratam com estranhamento, céticas em relação a minha convicção. Parece que demonstrei a crença em algo muito bizarro, há muito sepultado, e que tenho uma visão antiquada sobre as coisas. É como se eu tivesse manifestado crer ainda em bruxas, gnomos e outras lendas. E pior: muitas dessas pessoas que me censuram por acreditar ainda na verdade creem em bruxas, gnomos e em outros absurdos não tão inofensivos.

A alegação principal, a mais comum, consiste em apontar para a diversidade de crenças, convicções, posicionamentos políticos, visões de mundo e pontos de vista alternativos sobre os mais diferentes assuntos. Com tantas perspectivas, declaram, como pode alguém ainda levar a sério a verdade? Só alguém muito dogmático ou intolerante poderia pensar assim, crer que há verdade e falsidade, que uma interpretação sobre o que está acontecendo é correta e outra é equivocada, protestam.

Quero, aqui, discordar de quem concebe que a existência da verdade é incompatível com a diversidade de opiniões e dar algumas razões para se pensar que, pelo contrário, a intolerância pode muito bem estar do lado dos que a negam.

Primeiro, se concebo que a verdade existe, o que está por trás dessa minha convicção é a suposição de que o mundo tem certas características e que estas, na maior parte dos casos, são independentes das crenças que possuo. Assim, se penso ser Fortaleza a capital do Maranhão, há algo no mundo que endossa ou não esse meu juízo. E por mais forte que seja o meu apego a essa ideia, não é isso, nem é a intensidade dessa convicção o que a torna verdadeira; quem faz isso, ou não, é o mundo. É ele que, infeliz ou felizmente, não poupa minhas crenças, mesmo as mais estimadas. Digo infelizmente, pois gostaria muito que meu apego à ideia de que sou um milionário tornasse isso uma verdade, mas, por mais que eu acreditasse firmemente nessa ficção, toda certeza seria inócua na solução de meus problemas financeiros, bem concretos. E felizmente, pois quem afirma que o Brasil é um país justo, com políticos honestos e que trabalham unicamente pelo bem dos seus eleitores pode, para a sorte da população, ser desmentido com vastos fatos e argumentos simples, a despeito da difusão dessa ideia e da insistência dos interessados em que ela se propague e se mantenha com vigor na mente dos incautos.

Contudo, acreditar na verdade é diferente de crer que eu seja a autoridade absoluta acerca do que é verdadeiro ou falso. E é nesse sentido que essa posição não me compromete com o dogmatismo e a intolerância. Pelo contrário, é por existir um modo como as coisas são, à revelia de minhas convicções, que posso estar errado. Se assim não fosse, se só houvesse no mundo as minhas crenças e nada pudesse ser contrastado com elas, não haveria como eu atentar para meu erro e procurar me corrigir. Nem eu nem quem crê em teorias da conspiração bizarras, calúnias difundidas por má fé e mentiras alastradas em época de campanha eleitoral. Portanto, afirmar que nossas crenças são ou verdadeiras ou falsas não é insinuar que tenho posse infalível dessa verdade ou que estou em posição de dizer o que é o caso acerca de um assunto qualquer. Conceber que a verdade e a falsidade existem é tão somente admitir a ocorrência de um mundo fora de minha mente, que faz com que minhas asserções possam ser verdadeiras ou não.

Por outro lado, se a verdade não existir, não haverá como eu asseverar que é falso e que está errado quem afirma, por exemplo, que não ocorre ato violento contra a mulher e por isso não há necessidade de lei específica que a proteja contra essa catástrofe. Também será apenas um modo alternativo de ver as coisas, uma perspectiva entre tantas – nem verdadeira nem falsa – a posição de quem diz que vivemos num país justo, em que criminosos poderosos têm tratamento idêntico ao do cidadão comum. Desigualdade, racismo, poderiam alegar, só existe na opinião de alguns, e não há o que possa refutar quem os negue. É por isso que alguém que não acredita na verdade pode muito bem defender ideologias autoritárias e se manter intolerante com a opinião alheia, não querendo ver coisa alguma que refute seu pensamento, nem apreciar boas razoes que os desminta.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

ELEIÇÃO PARA REITOR DA UEMA: CASUÍSMO E OPORTUNISMO

Dr. José Ribamar Gusmão Araujo, Prof. Depto. Fitotecnia e Fitossanidade (CCA/UEMA)

Dr. João Coelho Silva Filho, Prof. Depto. Matemática e Informática (CECEN/UEMA)

É razoável conceber que a Universidade - academia do saber, laboratório de criação, celeiro de pensadores – em sua prática cotidiana, deve exercitar diuturnamente a transparência e expressar clareza nas ações, na medida em que as pessoas que transitam no meio acadêmico são formadoras de opinião e tem clara percepção da realidade. A essência da Universidade contempla a diversidade e debate de ideias e pressupõe o contraditório, como condições fundamentais para seu crescimento e funcionamento saudável e plural.

Na prática, isso não vem acontecendo na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) nos últimos 20 anos, e essa situação tem se tornado insustentável sob o ponto de vista ético e democrático. Parece-nos inadiável expor à Comunidade Acadêmica da UEMA e à Sociedade Maranhense, que é sua mantenedora, a situação atual do processo de escolha dos “dirigentes superiores” (Reitor e Vice), primeiramente denunciando que a antecipação muito precoce das eleições para Reitor e Vice-Reitor da UEMA, em 2014, é um ato antidemocrático e eivado de flagrante casuísmo.

O Estatuto da UEMA e o Regimento da Reitoria, tratam a questão das eleições somente de forma superficial. O próprio processo eleitoral no esquema de lista tríplice, aliado ao peso desigual dos votantes, nos parece macular a plena liberdade de expressão e de participação dos eleitores, no caso estudantes de graduação e pós-graduação, técnico-administrativos e docentes, ao contrário do que acontece com as eleições na sociedade para escolha de prefeitos e governadores, por exemplo.

Durante 10 anos de mandato do atual Reitor e oito anos do Vice-Reitor, a legislação (Estatuto e Regimento) da UEMA não fora revisada, reformada e atualizada, embora solenemente prometida. A necessária convocação da Estatuinte reivindicada pela comunidade universitária não foi levada a efeito. Para ilustrar, no último pleito realizado em 2010 para escolha do Reitor, a falta de clareza das Normas levou o CONSUN – Conselho Universitário da UEMA, a aprovar um parecer que autorizou o atual Reitor a participar de um inimaginável terceiro mandato eletivo, fato que foi amplamente questionado na justiça e divulgado nas mídias, fragilizando o processo de escolha dos dirigentes da Instituição.

Em relação ao processo eleitoral da UEMA, ao CONSUN compete convocar a comunidade universitária para as eleições até 60 dias antes do término do mandato do Reitor e homologar a lista tríplice de candidatos a Reitor e Vice, conforme consta no Estatuto da UEMA. Por sua vez, a referida convocação pelo CONSUN deve ser realizada com antecedência de 45 dias da data marcada para a realização das eleições, conforme estipula o Regimento da Reitoria. Destaca-se que ainda hoje o CONSUN e os demais Conselhos Superiores – CEPE (ensino, pesquisa e extensão) e CAD (administração) - funcionam e decidem sem representação estudantil – maior segmento e razão de ser da Instituição.

Importante salientar que o mandato do Reitor e Vice é de quatro anos e a eleição destes é coincidente com a eleição do Governador, a cada quatro anos. Considerando que é o Governador do Estado (o Estatuto e o Regimento não deixam claro se o atual ou futuro) que faz a nomeação de um dos três candidatos mais votados da lista a Reitor e Vice, permite ao mandatário de plantão da UEMA (Reitor) interessado em manter seu grupo no “poder”, a convocar, em reunião do CONSUN, as eleições de forma tão precoce. Isso implica restar um tempo muito curto para que os demais candidatos possam realizar campanha e divulgar suas idéias e propostas, no universo de uma UEMA grande e dispersa territorialmente em 22 campi. Entendemos que o pleito deveria ser realizado, pelo menos, 90 dias após convocação do CONSUN e no limite dos 60 dias antes do término do mandato do reitorado atual. Nesse caso, as condições seriam relativamente mais equilibradas entre os candidatos, especialmente, o tempo para campanha e debates, enquanto a nomeação do futuro Reitor e Vice seria prerrogativa do próximo governador também eleito, e com o qual o Reitor terá que dialogar pelas causas e desafios da Instituição. Em relação ao patente desequilíbrio, é oportuno destacar que o candidato do grupo mandatário é o atual Vice-Reitor, que está em “campanha” há 8 anos, exercendo forte influência nos diferentes segmentos da instituição por força do cargo, das promessas e do “poder da caneta”. Pairam nebulosas também as reais listas dos votantes na UEMA, sempre questionadas pelos outros candidatos, além das várias centenas de cargos comissionados com “direito a voto”. A própria Pauta do CONSUN do dia 03/07/2014, coloca o assunto “convocação das eleições” no item “O que ocorrer”, dando a impressão de que o assunto não teria importância para mais ninguém. Em 2010, as eleições foram convocadas para o dia 24 de novembro e este ano para o dia 25 de agosto de 2014, de forma injustificável. A perplexidade se acentua em razão de que, com essa prematura convocação da eleição, metade do tempo disponível para campanha (52 dias) ocorrer no recesso de aulas dos alunos, docentes e técnicos, tirando o direito destes de terem acesso às propostas e ideais dos demais candidatos e dificultar que os demais candidatos façam campanha ampla em todos os campi.  Não há dúvidas de que as eleições para Reitor na UEMA requerem a presença de observadores externos.

 

Nos últimos 20 anos, tem havido alternância de gestores na UEMA, mas não na prática da política universitária, que aponte para novo modus operandi e crescimento científico e social sustentado. A UEMA vive uma crise de gestão e de temeridade na definição de um caminho seguro de desenvolvimento. Conforme atesta Jacques Marcovitch, ex-reitor da USP, “a liderança de um dirigente universitário se mede pela capacidade na agregação de competências e formulação de um projeto para a academia”. Não um projeto político, mas um projeto de desenvolvimento institucional. No período considerado acima, os gestores da UEMA têm conduzido a Instituição na mesma cartilha voltada para expansão territorial (abertura de campi deficitários ao sabor dos interesses políticos), do uso político (palanque para pretensos candidatos a deputado), do clientelismo, da centralização administrativa, da falta de autonomia financeira, do grande fosso salarial entre docentes e técnico-administrativos, da não aprovação de um plano de carreiras e salários específico para os técnico-administrativos, engessamento da carreira docente, carência de projetos estruturantes, inversão de prioridades nas questões de ensino, tímida evolução da pós-graduação stricto sensu, falta de política de assistência aos discentes e da falta de transparência na aplicação de recursos do orçamento e de convênios. É bom lembrar que a UEMA custa ao contribuinte maranhense cerca de R$ 250 milhões por ano, somente do orçamento do Estado.


Como resultado, a UEMA tem amargado as piores posições nos rankings de classificação de desempenho acadêmico no Brasil e na América Latina. Em 2013, a UEMA ficou na sétima pior posição no ranking da Folha no universo das IES nacionais e foi classificada como a quinta pior no ranking da QS University (Quacquarelli Symonds/Reino Unido) de uma lista de 300 instituições avaliadas da América Latina.

Diante desse cenário, que nos perturba e ao mesmo tempo nos desafia, parece-nos fundamental uma reflexão crítica daqueles que fazem e vivem a Universidade e, ao mesmo tempo, um olhar mais aguçado da sociedade e das instituições organizadas do Estado, preocupados com o futuro desse patrimônio que pertence a todos os maranhenses.

FILME BASEADO EM TIPOLOGIA DE NIETZSCHE ESTREIA EM SÃO LUIS

O camelo, o leão e a criança, primeiro longa-metragem do curitibano Paulo Blitos, foi rodado entre Paraná e Maranhão.
 
O lançamento do filme acontece em sessão para convidados/as nesta quinta-feira (21), às 20h, no Cine Praia Grande. Interessados/as em geral poderão ocupar vagas de convidados/as faltantes, mediante disponibilidade. A partir dessa exibição o filme entra em cartaz na sala do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho. Na mesma data o filme entra em cartaz no Cine Lume (Edifício Office Tower, Renascença), às 16h.

Como O camelo, o leão e a criança, seu primeiro longa-metragem, a trajetória do cineasta Paulo Blitos não é convencional. Engenheiro de formação, o teatro entrou em sua vida quando trabalhava em uma empresa do setor energético, em Curitiba, onde se aposentou.

“Trabalhei 30 anos, comecei como engenheiro, fui gerente, depois de cerca de 15 anos, larguei tudo [as atividades de engenharia e gerência], e fui trabalhar com treinamento, dentro da própria empresa. Larguei mão da engenharia, como eu digo “eu fui engenheiro”. Comecei a me envolver com arte, fui fazer curso de teatro para fazer treinamento. Foi através do curso de teatro, que eu fiz com um rapaz [Mauro Zanatta], que inclusive é um dos atores que está fazendo o trabalho [de O camelo, o leão e a criança] agora com a gente”, conta.

O filme é baseado na tipologia nietzschiana do capítulo Das três transformações, de Assim falava Zaratustra, conhecida obra do filósofo alemão. Blitos, que teve consultoria do psicanalista João Perci Schiavon (USP), conta que lia o bigodudo desde a adolescência. “Sempre li bastante. Eu lia Nietzsche com 17 anos. Não entendia nada. Mas eu adorava! [risos]. Muita gente passou por essa experiência. Eu sempre gostei de Filosofia, mas acabei enveredando por outro caminho. Depois eu voltei, mas queria aplicar isso, não ficar só no hobby”, revela.

“Eu peguei a tipologia e tentei observar se isso acontecia nas histórias de pessoas. O filme é baseado em histórias reais. Tem três personagens centrais. Um personagem, que é a linha mestra do filme, que é um professor [interpretado por Paulo Blitos], a história é baseada em minha história, mesclada a de meu pai”, adianta.

“A ideia do filme é a gente conseguir enxergar essa tipologia que o Nietzsche apresenta na história de três pessoas comuns e perceber as fases de camelo que nós vivemos, de leão, até a fase de criança. Nós pegamos essa tipologia específica e vamos ver como é que isso se encaixa na minha história pessoal, na história do ator e na história dessa médica”, resume.

Fora do trabalho na empresa, Blitos tem uma peça de teatro e três curtas-metragens na bagagem. O quarto [cronologicamente o primeiro realizado] não chegou a ser veiculado. “A ideia do filme foi legal, mas o filme não chegou a ser concluído. Tem baixa resolução, a gente não quis nem colocar no youtube. Está parado, não foi concluído”, revela, sem se lamentar. O mais recente, Tuareg, rodado em Barreirinhas/MA, em cinco dias, foi exibido sábado passado (16), no Cine Praia Grande, em sessão seguida de debate com o diretor/ator. O monólogo, que participou de festivais em Taguatinga/DF e Pinhais/PR, foi premiado no último.

O camelo, o leão e a criança foi rodado no Paraná (Curitiba) e Maranhão (São Luís, Morros e Santo Amaro). “Em Curitiba nós fizemos algumas cenas internas, quase não aparece a cidade, e algumas cenas no campo, área rural, não dá para saber que é Curitiba. São Luís dá para saber, as cenas externas caracterizam bem a cidade”, adianta.

Sinopse

“Três transformações do espírito vos apresento: como o espírito se transforma em camelo, o camelo em leão, e o leão, finalmente, em criança” (Nietzsche em Assim falava Zaratustra). É com o espantoso, o estranho e o inusitado, tal como se inserem, de modo geral inadvertidos, no curso da vida cotidiana, que o filme O camelo, o leão e a criança se constrói. Um professor de filosofia da ciência, um ator e diretor de teatro, uma médica e mística vivem diferentes fases de suas vidas (baseadas em histórias reais e relacionadas à tipologia nietzschiana). Cada uma das personagens se depara, em sua linha de vida, com a dimensão do estranho, seja na experiência de discriminação e seu fundo de violência, seja na vertigem do vício e da loucura, seja, ainda, no indizível do transe místico. O encontro com o real e a comoção que o filme desencadeia exigirão novos modos de pensar, de agir, de existir.

Trailer disponível em http://vimeo.com/103024414

Ficha Técnica

Gênero: ficção

Duração: 88 minutos

Roteiro e Direção: Paulo Blitos

Codireção: Jul Leardini

Direção de Fotografia e Câmera: Evandro Martin

Som, Edição e Montagem: Edemar Miqueta

Trilha Sonora: Joaquim Santos

Direção de Produção: Élida Aragão (Maranhão) e Suzana Aragão (Paraná)

Produção: Paulo Blitos e Sync Cultural

Direção de Arte: Dida Maranhão

Assessoria de comunicação: Zema Ribeiro

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

CANDIDATOS AO GOVERNO CONFIRMAM PARTICIPAÇÃO EM DEBATE ORGANIZADO PELA COMISSÃO DE JUSTIÇA E PAZ

A Comissão Justiça e Paz (CJP) da Arquidiocese de São Luís realiza debate com os candidatos a governador do Maranhão, dia 20 de agosto. O debate acontecerá no Auditório da OAB/MA, das 19h às 21h30 e será coordenado pelo secretário-executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz, Pedro Gotijo, que vem com o objetivo de dar um ar de imparcialidade no debate.

De acordo com a secretária executiva da CJP, Cecília Amim Castro, no último dia 5, a organização do debate reuniu representantes de quatro candidatos para conhecerem as regras do evento. “Após opinarem sobre alguns itens, como proibição de imagens no programa eleitoral, assinaram o documento com o compromisso da participação do candidato”, assinalou.

Estavam presentes representantes dos seguintes candidatos: Flávio Dino (PCdoB), Edison Lobão Filho (PMDB), Josivaldo Sales (PCB), Saulo Arcangelli (PSTU/o próprio), Antonio Pedrosa (PSOL) e Zé Luís Lago (PPL). Todos confirmaram presença.

Cecilia Amim informou que na abertura, 15 minutos serão dedicados a falar sobre a Reforma Política. Enfatizou que a CJP espera que todos os candidatos se façam presentes e apresentem as suas propostas para governar nosso o Maranhão.  “Como em anos anteriores, estamos, mais uma vez, querendo fortalecer a democracia” , acrescentou.

Assessoria da Comissão de Justiça e Paz 

domingo, 17 de agosto de 2014

QUEM SÃO OS ALIADOS DE EDINHO LOBÃO NO BAIXO PARNAÍBA?

VEJA NO BLOGUE DO DABY SANTOS

Condenado no escândalo das estradas-fantasmas coordena a campanha de Edinho Lobão em 7 municípios do Baixo Parnaíba maranhense.

Noticiei aqui no blog que o Marcio Machado, um dos condenados no escândalo das estradas-fantasmas, era o coordenador da campanha de Edinho Lobão em Araioses. Para mim isso parece ser um absurdo para um candidato quem vem se colocando como quem vai por o Maranhão para frente ter sua campanha sob o comando de gente com esse perfil.

Porém, a notícia não está completa. Márcio Machado além de Araioses está coordenado também a campanha ao governo do Estado em mais seis municípios somando-se assim com o nosso um total sete, que no caso é uma verdade e não uma conta de mentiroso.

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sábado, 16 de agosto de 2014

PESQUISA CONFIRMA: VITÓRIA DE FLÁVIO DINO NO PRIMEIRO TURNO

A 50 dias das eleições de outubro, a TV Guará divulgou mais uma pesquisa de intenção de votos realizada no Maranhão. 

Flávio Dino aparece com 56% das intenções de voto, mantendo-se na liderança e confirmando a vitória no primeiro turno. O segundo colocado na pesquisa Exata/TV Guará é Lobão Filho (PMDB), que aparece com 26% dos votos.

Os candidatos Saulo Arcangeli (PSTU), Zeluis Lago (PPL) e Antônio Pedrosa (PSOL) têm 1% cada. Prof. Josivaldo (PCB) não pontuou. Brancos e nulos somam 8%. E 7% não souberam ou não responderam.

Com a vantagem de 30 pontos sobre o segundo colocado, Flávio Dino mantém a liderança já verificada nas pesquisas anteriores e venceria hoje no primeiro turno.

A pesquisa foi registrada sob protocolo MA-0035/2014 e ouviu 1.400 eleitores entre os dias 8 e 12 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos para cima ou para baixo.

TENDÊNCIAS

Em todas as pesquisas de intenção de votos divulgadas até agora, Flávio Dino, candidato da Coligação Todos pelo Maranhão, está na liderança, seguido de Lobão Filho, candidato da Coligação Pra Frente Maranhão.

Pesquisas já realizadas pelo Instituto Amostragem/Jornal Pequeno, DataM/Atos e Fatos e Exata/TV Guará mostraram Flávio Dino mantendo a liderança com 54%, 58% e 54%, respectivamente.

Na pesquisa Exata divulgada hoje, Flávio aparece com um crescimento de 2 pontos, confirmando que continua conquistando cada vez mais eleitores em todo o Maranhão.

DEBATE

Na próxima segunda-feira, dia 18, a TV Guará promove debate entre candidatos ao governo do Estado, a partir das 22h.

Coligação Todos pelo Maranhão - Flávio Dino 65
Assessoria de Imprensa

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

GREVE DOS PROFESSORES: OCUPAÇÃO E AS ELEIÇÕES 2014

A ocupação da Prefeitura de São Luís pelos professores em greve pode ter novos lances, após a decisão judicial que manda retirá-los da sede do executivo municipal e impedi-los de ocupar outro imóvel público.

O prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC) já deveria ter chamado os docentes ao diálogo, mas preferiu esticar a corda. Resultado: a greve cresceu.

Desconheço a direção do sindicato e as forças políticas hegemônicas na entidade. Portanto, não posso opinar sobre a existência ou não de interesses partidários na mobilização.

Porém, conheço várias lideranças grevistas sem partido e professores dedicados à Educação. Eles merecem bons salários e condições de trabalho.

As escolas de São Luís estão em situação precária. É fato. Muitas crianças estudam em anexos, casas alugadas nos bairros da periferia, onde se improvisam salas de aula.

Esses anexos são desumanos, insalubres, sem água e calorentos.

O estado lastimável das escolas não é culpa exclusiva do prefeito atual. É uma herança antiga do mesmo grupo que domina a Prefeitura desde 1988.

Houve algumas melhoras, mas não mudou o essencial. Os anexos atravessaram várias gestões e nunca foram extintos para construir novas escolas.

É justa e digna a luta dos professores municipais por salários melhores e boas escolas. Na rede estadual, a situação é parecida.

Enquanto malas de dinheiro deslizam nos carpetes sofisticados dos hotéis de luxo, com a intenção de subornar o alto escalão do governo Roseana Sarney (PMDB), não foi construída uma escola de ensino médio nos últimos quatro anos.

O Maranhão transpira corrupção. A oligarquia Sarney conspira 24 horas por dia para alimentar a fortuna e a ganância dos seus protegidos. O resto, é lixo. Inclusive professores e estudantes.

Na Prefeitura de São Luís, o mesmo grupo político, com algumas adaptações, faz revezamento no poder. Agora é a vez da família Holanda.

A melhor saída é negociar com os professores, mas o prefeito preferiu outro caminho. Enquanto isso, a greve ganha as ruas e se fortalece.

EM CAMPANHA

O vice-prefeito Roberto Rocha (PSB) é candidato a senador e tem um filho vereador. Nenhum dos dois se mexeu para dialogar com os professores.

O pai do prefeito, Edivaldo Holanda (PTC), figura central na administração, está com a eleição de deputado estadual garantida, restando apenas saber se vai extrapolar a votação para pleitear a presidência da Assembleia Legislativa.

Roberto Rocha vai ao velório de Eduardo Campos, seu correligionário no PSB, mas não se solidariza com milhares de crianças e centenas de professores da cidade onde ele é cogestor.

Na Câmara dos Vereadores, a maioria dos edis pouco se importa com a situação das escolas. É tempo de eleição. Estão todos em campanha.

Como diz o ditado maranhense, “é tempo de murici: cada um cuida de si”

Os professores estão dispostos a seguir na greve, até a abertura das negociações. O desfecho é imprevisível.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

SE MARINA ENTRAR, AÉCIO NEVES MURCHA

A possível candidatura de Marina Silva (PSB) à presidência da República deve provocar um efeito devastador no projeto de Aécio Neves (PSDB).

Até agora indefinida e morna, a campanha presidencial terá um fato novo e surpreendente - Marina candidata - capaz de mobilizar a opinião pública e colocar em terceiro plano a candidatura tucana.

Antes da morte de Eduardo Campos, o cenário estava praticamente congelado na seguinte situação: Dilma líder, sem garantia de vitória no segundo turno; Aécio encostando na presidente; Eduardo Campos patinando na terceira colocação.

O ingresso de Marina Silva na campanha pode mudar tudo. A eventual candidata socialista tem plenas condições de polarizar a campanha com Dilma e isolar Aécio.

No calor dos fatos recentes, essa é a tendência.

APÓS A MORTE DE EDUARDO CAMPOS, MARINA RESSURGE MAIS FORTE

Por essas imprevisibilidades da vida, a candidatura de Marina Silva (PSB) à presidência da República tornou-se uma exigência.

Ela deve assumir o posto fortalecida, depois da comoção pela morte de Eduardo Campos (PSB).

A narrativa da candidatura de Marina será heróica e mitológica. Vetada na tentativa de criar um partido, ela resignou-se à vice na chapa de Eduardo Campos.

Marina saiu da condição de candidata viável a uma posição secundária, mesmo após o sucesso das campanhas anteriores. 

Ela cometeu um gesto nobre, raro na política, terreno onde o egoísmo e a vaidade brotam como os buracos nas ruas de São Luís.

Raramente um político é capaz da resignação. O gesto de grandeza de Marina será narrado em tons de epopeia. 

A tragédia e a dor serão mescladas à campanha, somadas à humildade de Marina, evangélica e ambientalista.

Emoção, aquilo que mexe nas pessoas, será o mote da campanha.

Dilma vai contra-atacar com a economia, o crédito, as bolsas para as famílias, a estabilidade.

Marina será a esperança; Dilma, a segurança. Duas mulheres e discursos distintos.

Há uma grande chance de Marina reunir a mística do Lula de 1989 e a juventude promissora do Eduardo Campos de 2014.

A campanha presidencial perde um grande homem, Eduardo Campos, e ganha uma nobre mulher, Marina Silva.

O desfecho pode ser surpreendente.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

MOVIMENTO DE MULHERES FAZ HOJE ATO DE APOIO A FLAVIO DINO EM SÃO LUIS

Mulheres com atuação em diversos movimentos sociais no Estado vão participar hoje (13) de um encontro com os candidatos a governador Flávio Dino e senador Roberto Rocha, da Coligação Todos Pelo Maranhão. O evento marcará a entrega de um documento no qual serão apresentados os motivos do apoio a Flávio e o que esperam do novo momento político no Estado. 

O “Encontro de Mulheres com Flávio Dino” será realizado a partir das 17 horas, no Hotel Abbeville (Av. Castelo Branco, nº 500, São Francisco), em São Luís, e reunirá as esposas dos candidatos, representantes do Sinproesemma, Fetaema, União Brasileira de Mulheres (UBM), Moradia Popular, Quebradeiras de Coco, integrantes das nove legendas que compõem a Coligação Todos pelo Maranhão, juntamente com Militância Petista, e representantes de movimentos culturais e de pessoas com deficiência. 

Com o nome Mulheres Pelo Maranhão, o movimento também programa agendas pró-Flávio e Roberto nos bairros de São Luís com caminhadas e bandeiraço.  

Além disso, já estão na agenda encontros com lideranças evangélicas e da juventude. No final de julho, movimentos sociais realizaram o evento “Pacto por um IDH Justo”, quando apresentaram como proposta um novo modelo de gestão pública que priorize a participação popular, para a construção de políticas públicas capazes de reverter os indicadores sociais, com base na democratização da renda e no combate à corrupção.

Coligação Todos pelo Maranhão - Flávio Dino 65

Assessoria de Imprensa

terça-feira, 12 de agosto de 2014

ROSEANA SARNEY, DOLEIROS & PRECATÓRIOS: NOVAS DENÚNCIAS NA MÍDIA NACIONAL

FOLHA DE SÃO PAULO, 11/08/2014

GOVERNO DO MARANHÃO FUROU FILA DOS PRECATÓRIOS, DIZ CONTADORA

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/08/1499055-governo-do-maranhao-furou-fila-dos-precatorios-diz-contadora.shtml

CONTADORA DE DOLEIRO REVELA À PF SUPOSTO SUBORNO NO GOVERNO NO MARANHÃO

DO JORNAL NACIONAL (GLOBO.COM)
Edição do dia 11/08/2014

JN teve acesso ao depoimento de Meire Poza. Segundo a PF, ela disse que integrantes do governo do MA receberam propina para antecipar precatórios.
 
O Jornal Nacional teve acesso ao conteúdo de um depoimento de Meire Poza, contadora do doleiro Alberto Youssef, que foi um dos presos na operação Lava Jato. Segundo a Polícia Federal, a contadora revelou um esquema de suborno, envolvendo pagamentos judiciais, o doleiro, uma construtora e integrantes do governo do Maranhão.

O depoimento foi prestado na quinta-feira (7) à Polícia Federal, em Curitiba. Meire Poza é contadora da GFD que, segundo a Polícia Federal, é uma das empresas de Alberto Youssef. Ela decidiu contar aos investigadores o que sabe sobre as operações financeiras do doleiro e de suas empresas.

Segundo a contadora, a construtora Constran pediu que Alberto Youssef subornasse o governo do Maranhão oferecendo R$ 6 milhões. Em troca, a empresa furaria a fila desses pagamentos judiciais e receberia, antecipadamente, R$ 120 milhões em precatórios, que são dívidas de governos reconhecidas pela Justiça. Por ter negociado o acordo, Youssef receberia R$ 12 milhões.

Depois da suposta combinação, o governo estadual começou a liberar as parcelas do precatório, no valor de R$ 4,7 milhões cada uma.  Até agora, foram pagos R$ 33 milhões. A última parcela, de acordo com o portal da transparência do Maranhão, foi paga no dia seis.

Segundo a contadora, para combinar os detalhes da operação, houve uma reunião no dia 10 de setembro do ano passado, da qual participaram João Guilherme, da Casa Civil do Maranhão; um assessor identificado por ela como Bringel; a presidente do Instituto de Previdência do Estado, que arcaria com os riscos da operação, Maria da Graça Marques Cutrim; e uma procuradora do estado chamada Helena Maria Cavalcanti Haickel.

No depoimento, a contadora afirmou que o governo do Maranhão mantinha Alberto Youssef sob pressão para receber a propina. E que, se o suborno não fosse pago integralmente, as parcelas do precatório seriam suspensas. Youssef foi preso, em São Luís, em março deste ano. Segundo Meire, ele esteve na cidade no dia 17 de março para pagar propina a pessoas da alta administração do governo estadual.

Fotos do relatório da Polícia Federal, do mesmo dia, mostram Youssef em um hotel com um homem identificado como Marco Antônio de Campos Ziegert. Youssef chegou com duas malas. Marco Ziegert, com uma. Os dois se hospedaram em andares diferentes. Às 3h29 da manhã, Youssef foi ao andar de Marco levando uma mala. E às 3h39, entrou no elevador sem a mala. Às 10h47 do dia seguinte, Marco deixou o hotel, segundo a Polícia Federal, com a mala entregue pelo doleiro.

A contadora disse que Youssef estava naquele dia com parte da propina, R$ 1,4 milhão em dinheiro vivo. E que, segundo a PF, foi entregue a uma pessoa identificada como Marcão.

Segundo o relatório da PF, Marcos Ziegert deixou uma caixa na recepção do hotel para ser entregue a Milton Braga Durans, assessor da Casa Civil do governo Roseana Sarney. Ainda segundo a PF, Milton esteve no hotel dias depois para pegar a caixa.

Além do doleiro, a contadora também cita Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte. Ela diz que Adarico contou que foi ao governo do Maranhão entregar R$ 300 mil, que seriam parte do acordo. Segundo Meire, um assessor teria dito a Adarico que o valor era pouco e que teria que consultar a governadora Roseana Sarney.

A Justiça Federal do Paraná vai encaminhar as informações ao Superior Tribunal de Justiça, a quem cabe fazer apurações de denúncias envolvendo governadores.

Em relação ao precatório pago à Constran, o governo do Maranhão afirmou que apenas cumpriu o que foi decidido pela Justiça do estado e por Tribunais Superiores Federais, de acordo com a lei e sem nenhum favorecimento. A governadora Roseana Sarney declarou que jamais teve conhecimento de pagamento de propina a funcionários do governo.

A secretária adjunta de Gestão e Previdência, na época, Maria da Graça Marques Cutrim, disse que foi a uma reunião como convidada - e que os participantes fizeram uma proposta de criação de um fundo de investimentos. Mas, segundo ela, o governo do Maranhão não poderia participar - porque só faz aplicações no Banco do Brasil.

Segundo o governo do Maranhão, João Guilherme Abreu não é mais da Casa Civil. Ele e a procuradora do estado Helena Maria Cavalcanti Haickel não foram encontrados para falar do assunto.
 
O Jornal Nacional não conseguiu contato com nenhum representante da empresa Constran. Os demais citados pela contadora também não foram encontrados.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

"QUINTAS DEVIRASONS", NO BAR DO PORTO

Quintas Devirasons
com shows de Sampler B, Luis Lima
e discotecagem da Radio Zion
dia14.08 as 21h
no Bar do Porto - Centro Histórico de São Luis.
couvert: R$ 5,00
mais informações:
88052001/81412778
beto_ehongue@hotmail.com

domingo, 10 de agosto de 2014

JUSTIÇA ELEITORAL CONDENA EDINHO LOBÃO A RETIRAR VÍDEO OFENSIVO DE SUA PÁGINA OFICIAL

A Justiça Eleitoral determinou que o site oficial da campanha de Edinho Lobão Filho (PMDB) retire do ar vídeo ofensivo a Flávio Dino (PCdoB). Segundo o juiz eleitoral Ricardo Macieira, o conteúdo veiculado na página oficial do candidato do PMDB tem por objetivo apenas macular a imagem de seu concorrente e não contribui para o debate político.

A coligação “Pra Frente, Maranhão”, que defende a candidatura de Edinho Lobão, terá o prazo de 24 horas para retirar o vídeo do ar. Caso se recuse a cumprir a ordem judicial, Edinho Lobão terá que pagar multa de R$ 10.000,00 diariamente até o cumprimento da decisão. O juiz determinou também que a coligação encabeçada pelo PMDB se manifeste sobre o caso.

No entendimento do juiz que concedeu a liminar em favor de Flávio Dino, o vídeo veiculado pela campanha de Edinho Lobão não tem qualquer relação com o debate político que interessa aos eleitores maranhenses, mas tem por finalidade apenas injuriar e caluniar o candidato do PCdoB. O vídeo “não guarda nenhuma relação com a disputa política, não se presta senão à propagação de matéria ofensiva, que não contribui nem interessa ao debate eleitoral,” diz a decisão judicial.

Esta é a segunda decisão que condena o uso de material ofensivo contra Flávio Dino. Na semana passada, a Justiça Eleitoral também determinou a retirada de vídeo em que ator contratado e gravado em estúdio se fazia passar pelo pai de Flávio Dino para fazer menções injuriosas contra o candidato de oposição.

O senador João Alberto (PMDB) também foi flagrado por internautas em referências injuriosas a Flávio Dino em comício em Pindaré-Mirim. O peemedebista, ao lado de Edinho Lobão e Roseana Sarney (PMDB), comparou Dino a “Satanás” em pleno evento político.

O Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, também condenou Edinho Lobão a pagar multa por fazer propaganda antecipada negativa contra Aécio Neves, devido a vídeo gravado na cidade de Barra do Corda – em que o candidato do PMDB afirma que o presidenciável é contra o programa Bolsa Família.

Contra a baixaria

Desde que teve início uma onda de ataques contra Flávio Dino, a Coligação “Todos pelo Maranhão”, que reúne 9 partidos de oposição, se manifestou contra o modelo de campanha baixo que tomou conta das redes sociais ligadas à candidatura de Edinho Lobão. Em nota, a coligação liderada pelo PCdoB manifestou repúdio ao uso de imagens íntimas da família Lobão.

“Reafirmamos que jamais faremos ataques pessoais, ou permitiremos que o façam, a familiares do candidato Edinho Lobão nem a ele próprio. Nos manteremos tratando exclusivamente de polêmicas no campo político, debatendo diferenças programáticas e posturas em relação à ética e ao correto uso do dinheiro público,” disse a coligação, em nota pública.

Coligação Todos pelo Maranhão - Flávio Dino 65
Assessoria de Imprensa