A impressão digital de Lula é a principal marca da reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma Roussef (PT).
A pedido de Lula, a presidente retirou Aluizio Mercadante da Casa Civil e colocou Jaques Wagner.
Lula também foi atendido pela presidente no aumento da cota do PMDB.
A ideia de ampliar os cargos do PMDB tem o objetivo de evitar o avanço do pedido de impeachment da presidente Dilma.
Lula resolveu jogar todo o poder de barganha na estratégia de garantir a permanência da presidente no Palácio do Planalto, cortando na carne o próprio PT, que perdeu quatro ministérios.
No plano traçado por Lula, todas as alas do PMDB foram atendidas: o presidente da Câmara Eduardo Cunha, o presidente do Senado Renan Calheiros e também o vice-presidente da República Michel Temer.
Com essa investida, Dilma ganha fôlego e vai tentar se recompor com os "aliados".
DESGASTE
Apesar de ter contemplado o PMDB, a reforma ministerial veio junto com a proposta de retomar a CPMF, o "imposto do cheque".
A medida pode gerar mais desgaste na imagem do governo, mas é considerada um mal necessário no quadro de crise econômica.
Escalado para anunciar a tentativa de retomar a CPMF, o novo ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB), chegou a propor a cobrança dobrada: no débito e no crédito.
Fora esse desgaste, o PMDB era todo sorrisos.
Contemplado em todos os pedidos, o partido deve mudar a postura no Congresso e aprovar o pacote fiscal do governo.
Esse é o plano.
Dilma começa outubro aliviada. Não se sabe até quando.
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