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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ALBERTO FRANCO DE PAUTA NOVA

Há poucos meses o deputado estadual Alberto Franco (ex-tucano e agora PMDB) era tratado como chefe de um esquema de corrupção na Hemomar, com tentáculos espalhados em vários municípios do Maranhão.

À época, a Secretaria de Segurança desenterrou um inquérito contra Franco e o noticiário veio à tona.

Roseana Sarney (PMDB) acabara de assumir o governo e montava a estratégia de cooptação da Assembléia Legislativa e dos prefeitos, visando reestruturar a sua base para a eleição de 2010.

Acossado pelas denúncias, o deputado tratou logo de mudar de partido. Deixou o PSDB e reingressou na base sarneísta. A pauta do deputado agora é light.

Hoje em dia ninguém fala mais em corrupção na Hemomar e Franco é até colocado como eventual parceiro de Waldir Maranhão (PP), candidado à reeleição de deputado federal em 2010.

Maranhão é secretário estadual de Ciência e Tecnologia. Ele suspendeu o mandato para assumir o cargo. Na Câmara, ascendeu o primeiro suplente Washington Oliveira (PT).

O comportamento de Franco é parâmetro para quase todos os parlamentares da Assembléia Legislativa.

Uns mudam de lado de acordo com as orientações do Palácio dos Leões, seja qual for o governador. Outros variam por coação. E há aqueles que oscilam motivados por um ideal maior: dinheiro.

Dos deputados da base do ex-governador Jackson Lago (PDT), permanece fiel o evangélico balaio Edivaldo Holanda (PSC). Não se sabe até quando.

Eleito na chapa de Roseana Sarney em 2006, Holanda logo logo virou líder de Lago na Assembléia Legislativa.

Política no Maranhão é assim às vezes: um balaio de gatos.

2 comentários:

FRANCISCO ARAUJO disse...

Eu tenho uma tese de senso comum... Nós nascemos pós-modernos e inventamos a configuração de simulacro. Tudo é tudo e nada, sem ser. Tudo pode ser conciliado, harmonizado, esquecido e relembrado em um único instante. A nossa política nunca foi de caráter público, mas um jogo privado entre hordas...
Max Weber, falando de um mundo que nunca foi o nosso, disse que na política dois pecados são mortais:
não ter princípio e não ter causa.
Princípios eles tem, mas não são de res publica e nem de democracia...tão pouco de moralidade e transparência pública.
Causas eles tem, mas não são de coisa pública e nem de democracia...
São de que? Do umbigo...
Culpa de quem? Nossa... eles não são invenções de si mesmos.. Essa gente é o produto perfeito do que somos historicamente até aqui. Por que os bons não ocupam esses espaços? Por que eles se elegem? Por que aceitamos e legitimamos essa cultura de fazer política? Por que todos reproduzem os mesmos hábitos e vícios de fazer campanha eleitoral?
A Hemomar é o puro sangue da nossa cultura política..
Viva a Rainha de Paus e de Caras!!!

Anônimo disse...

Primorosa contextualização do que vem sendo a política no estado até onde a vista alcança.

Um breve comentário do comentário de Francisco Araújo.

Você bem que podia postar como texto. Muito pertinente.

Henrique