Fernando Gabeira
As autoridades já admitem que o grande problema para a Copa do Mundo são os aeroportos. Cinco dos 13 ainda têm as suas obras apenas no papel: Belo Horizonte, Fortaleza, Manaus, Recife e Salvador.
São obras que levariam sete anos para serem concluídas, contando-se planejamento, licenciamento e execução.
O que se revela agora sobre os aeroportos é algo que todos os viajantes sabem. A Copa do Mundo é apenas um pretexto, pois o crescimento da demanda é constante e até independe dos jogos.
Um caso dramático é o do Maranhão, estado de onde saem os ministros do Turismo, ultimamente. O aeroporto de São Luís está funcionando com tendas improvisadas.
Os turistas que procuram os Lençóis Maranhenses voltam horrorizados com o improviso. São Luis é uma cidade quente e é muito difícil para os viajantes trocarem um saguão refrigerado pelas tendas na rua.
Sarney pode dizer que aeroportos são de competência do governo federal. Mas deixar que o aeroporto desabe parcialmente é um descaso também das forças políticas locais, tão poderosas junto ao governo do PT.
Com o tempo, figurões da República terão de usar aeroportos militares pois serão responsabilizados pelo caos.
Os terminais provisórios de passageiros que serão construídos para a Copa correm dois riscos: podem ser transformados em permanentes ou, em caso de muita urgência, replicar os métodos precários do aeroporto de São Luís.
Nesse campo, o Brasil se aproxima mais do Maranhão, quando o objetivo estratégico deveria ser o de aproximar o Maranhão do progresso de outros estados.
Um comentário:
Caro Ed,
esse rapaz não que ver o óbvio.. o Brasil está em plena maranhencização. Quem manda? Se a Presidente é faxineira... tem algum dono, patrão...esse casarão de meu deus.
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