O senador Edinho Lobão inaugurou a disputa pela sucessão da governadora Roseana Sarney (PMDB) em 2014, ao afirmar sem rodeios que o pai dele, ministro Edison Lobão (PMDB), será candidato ao Palácio dos Leões de qualquer jeito.
A fala de Edinho contraria as manifestações de Roseana favoráveis à candidatura do chefe da Casa Civil Luís Fernando Silva. Em recente solenidade oficial (inauguração de uma das UPAs), a governadora deu todos os sinais de apoio a Luis Fernando.
O chefe da Casa Civil já está em campanha há quase um ano. Ele criou e coordena um projeto chamado "Seminários Regionais de Lideranças", na verdade grandes encontros com prefeitos e vereadores para amarrar a campanha de 2014.
A euforia de Edinho Lobão pelo pai e os apupos de Roseana pelo homem forte da Casa Civil revelam uma anunciada guerra pelos negócios entranhados no governo. No consórcio dos Sarney, Fernando tem hegemonia na administração dos interesses privados.
Edinho vê uma chance de ampliar sua área de atuação a partir do momento em que o pai, Edison Lobão, sentar na cadeira principal do Palácio dos Leões.
O outro pai, José Sarney, protege o quanto pode o filho Fernando, mas Edinho acha que está na hora de avançar.
A família Lobão está na fila para retomar o governo, mas Luís Fernando pode furar. É cedo ainda para fazer previsões, mas tudo pode acontecer, inclusive um acordo: Lobão governador, com 80 anos, e Luís Fernando vice.
2 comentários:
Ed,
só a oposição fã...vai ficar torcendo e se deliciando com racha nesse camarote dourado... Nada, não existe isso. Tudo é só questão de reajuste, por conta da inflação. Os percentuais serão revistos e o negócios ampliados para ambos...essa irmandade não tola.. O que pode acontecer é o senador Sarney criar uma franchising política. Aí cria Maranhão do Oeste, do Leste, do Sul etc... e cada associado da rede fica mandando em uma unidade. Nada melhor para os negócios Deles que a abertura desses novos postos e cargos políticos... Um monte de juízes do peito vão virar desembargadores etc... E divididos seremos mais facilmente dominados.. É isso.. Essa teia não é o PT..não tem essa não... Isso tudo é combinado... %. O Maranhão vai ter usina nuclear, termoelétrica etc... Essa turma não briga..faz acertos.. Depois vão tudo curtir em Miame, Paris, Londres, N. York.. Polinésia Francesa... Agente vai ficar aqui..sob radiação...seremos mutantes como os peixes de 04 olhos da Lagoa da Jansen ... O pior..é com as coisas estão caminhando para pior... para nós. amanhã deve ter uns blogueiros dizendo que Edinho é o Zé Reinaldo da família Sarney de 2014... Ufa...
Caro Ed,
O post acima me leva a fazer algumas considerações sobre as duas próximas agendas eleitorais de interesse para os maranhenses. Vejamos: o foco no repisado discurso anti-sarney ou na derrubada da oligarquia só interessa aos que controlam o poder e os que querem chegar ao poder pelo poder, mas com a clareza de que pouco ou nada fará para mudar o quadro de pobreza em que vive grande parte dos maranhenses, por décadas a fio. A agenda do Brasil mudou nos últimos 20 anos. Já não somos mais periferia e já acumulamos riquezas – econômica, social, tecnológica e política – que nos coloca num novo patamar diante do mundo e permite que possamos potencializar nossas expectativas em relação ao futuro. No ano que vem o Brasil fará a sua primeira conferência sobre o trabalho decente, numa demonstração clara de quê a sociedade brasileira caminha rapidamente em direção à maturidade. Numa sociedade madura não há espaço para personalismos, ou para cultos a líderes carismáticos. Há, sim, lugar para admiração e respeito (respeito, repito, não temor ou medo). No caso de Sarney, não creio que ele conquistou estes dois sentimentos, salvo daqueles que lhe devem favores. Diante disso, é imperativo que aqueles que buscam inserir o MA neste novo Brasil – rico, pujante, quase imune às crises, do pré-sal, da nova classe média, dos metrôs, das olimpíadas, da copa, da participação e controle social - não caiam na armadilha de aceitar que o debate gire em torno de ser contra ou a favor do Sarney. Ser contra Sarney não significa ser necessariamente a favor do povo do MA. Ser a favor do Maranhão significa formular e defender projetos estruturantes, inclusivos, sustentáveis, respeitosos, transparentes. É não aceitar que tratem os recursos públicos como algo a ser dividido entre os comparsas, em negociatas, em que a vontade de um indivíduo – ou de uma família - prevaleça e determine o futuro (sempre miserável) de milhões de pessoas. No Ma de há muito, os mecanismos de controle (conselhos, fóruns, colegiados, movimentos sociais, oposição, ministério público, judiciário, entidades de classe, etc.), atuantes em outros locais, não passam de meros observadores – quando não colaboradores – da família Sarney. O problema não é o nome de quem será o governador (não sei o que Lobão pensa sobre modelos de sociedade ou qualidade na gestão pública, ele nunca defendeu idéia alguma sobre isso), mas sim o que este nome contribui para o desenvolvimento do Ma e do seu povo. Já chega daqueles maranhenses que aparecem nas matérias deste fim de semana, na grande imprensa, posarem como mendigos famintos, em barracos e olhares de que a vida nunca foi vivida.
Abraços,
Elizeu
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