Na ocasião, os diretores da Apruma expuseram demandas constantes da Pauta Local de Reivindicações, oriundas do processo grevista que durou mais de quatro meses, e que se apresenta dividida em seis eixos de lutas prioritários: democratização, carreira, política de interiorização e funcionamento dos campi, qualidade de vida, Hospital Universitário e Colégio de Aplicação (Colun).
O presidente da Apruma, professor Antonio Gonçalves, falou da necessidade de que seja convocada uma estatuinte exclusiva e paritária com representantes de docentes, discentes e técnico-administrativos e eleições diretas e paritárias nos campi do continente que ainda não se constituem Centros, como forma de avançar na democratização da Ufma.
Para a diretora da Apruma, professora Claudia Durans, é
necessária a elaboração de uma norma para progressão e promoção na carreira
docente menos burocrática e não produtivista, que respeite a autonomia da
produção acadêmica quanto ao ritmo, à qualidade e às especificidades de área
cada área do conhecimento. A professora Durans destacou ainda a necessidade da
construção de a construção de creches para atender à demanda da comunidade
acadêmica e funcionar como campo de estágio.
O professor aposentado, Renato Patrício, diretor
Administrativo-financeiro da Apruma, solicitou a construção de rampas de acesso
na área de vivência do campus Bacanga, assim como reparos no auditório Ribamar
Carvalho. O professor pediu ainda que os aposentados e estudantes do Colun
possam fazer refeições no Restaurante Universitário (RU). Por sua vez, a
Reitora Nair Portela informou que o funcionamento restrito do RU, que
suspendeu o jantar, é decorrente dos cortes de verbas nas universidades, sendo
esta a maneira encontrada para garantir o funcionamento até o mês de
janeiro quando iniciará o novo período orçamentário.
Mesmo diante dos cortes impostos à educação publica e
que atinge todas as universidades brasileiras e inclusive a Ufma, o professor
Rosenverck Estrela, vice-presidente da Apruma, pontuou como necessária a
construção de edital para remoção docente, incentivos aos docentes que
trabalham em locais de difícil lotação e a garantia de acesso ao RU, assim como
critérios da distribuição de vagas para concurso de professores e técnicos;
política permanente de reposição dos equipamentos para o funcionamento pleno
das unidades e subunidades acadêmicas. A diretoria pediu ainda a ampliação dos
serviços do HUzinho no campus Bacanga.
O professor Cláudio Mendonça, secretário geral da Apruma,
apresentou demandas do Colégio Universitário (Colun) como a garantia de
autonomia acadêmica e de gestão, com a criação do Centro de Educação Básica,
Técnica e Tecnológica.
A Reitora Nair Portela mostrou-se aberta ao diálogo e à
construção coletiva de soluções para os problemas econômicos e acadêmicos que afetam
a Universidade. A diretoria da Apruma entende esse gesto político da nova
reitora como uma sinalização de reconhecimento da Apruma como representação da
categoria, e deseja que o diálogo seja a tônica no próximo período em que
enfrentaremos tempos difíceis.
Fonte: Apruma
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