Entre as árvores, a brisa embala
A víbora que me veste...
Um sorriso, que o dente trinca
E o apetite apresta ao teste.
Sobre o Jardim arrisca a cauda
E meu triângulo esmeralda
Mostra a língua de duplo fio...
Cobra serei, mas cobra arguta
Cujo veneno, ainda que vil,
Deixa longe a douta cicuta!
(Paul Valéry – tradução de Augusto de Campos)
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