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sábado, 25 de junho de 2011

SOBRE HACKERS E CRACKERS

Os ataques aos sites do governo federal difundiram equivocadamente expressões do jargão cibernético, proporcionando o uso generalizado e indevido da expressão "hacker" para designar comportamentos agressivos e até criminosos praticados na rede mundial de computadores.


Na formação da Internet, a cultura hacker foi fundamental para difundir a liberdade e o compartilhamento de softwares, estimular a criatividade e a superação de desafios em busca do progresso tecnológico.


O movimento do software livre e o combate ao monopólio de Bill Gates/Microsoft tem a participação tecnologicamente qualificada e politicamente progressista da cultura hacker.


Além do ativismo hacker, a Internet é tributária da chamada tecnomeritocracia, que consiste na ampla inserção de instituições científicas de pesquisa, voltadas para a criação e o incremento de novos dispositivos de comunicação entre computadores.


O mérito nesse sentido é exposto como um trunfo, uma nova descoberta, sempre no sentido compartilhado e posto a serviço da comunidade tecnológica.


A cultura das comunidades virtuais é outra "manta" componente do grande e misto tecido inacabado e constantemente renovado na rede mundial. São elas, as comunidades, as principais ativadoras e usuárias dos dispositivos postos na rede.


Outro componente fundamental da Internet é a cultura empresarial. Este segmento entra como força de ativação de uma nova economia, em escala internacional, ágil e eficiente, voltada única e exclusivamente para fazer negócios utilizando as plataformas digitais.


A Internet fervilha nesse caldeirão formado pela tecnomeritocracia, combinado à cultura hacker, às comunidades virtuais e aos negócios.


Os crackers são uma subcultura do movimento hacker. Eles atuam em operações organizadas e programadas para atacar sites e expor a fragilidade dos mecanismos de segurança em governos e grandes corporações privadas.


Na obra "A galáxia da internet", o escritor Manuel Castels estabelece as diferenças entre "hackers" e "crackers", mas quem assiste ao Jornal Nacional e ouve as expressões "ataque dos hackers" ou "piratas da Internet" fica até assustado.


Ontem, ao meu lado assistindo TV, um homem simples, evangélico da periferia religiosa, ao ver William Bonner e Fátima Bernardes lendo as manchetes, foi logo dizendo: "é o fim dos tempos".

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá ED. na verdade ha poco interesse em se observar alguns detalhes na imprensa televisiva esse é só alguns dos erros gritantes q tais jornalistas tem difundido através dos tempos.
o que dizer de: Fulano corre risco de "Vida/" ou o mais nobre e não menos gritante /"presidenta" este ainda pior com a anuencia e da Presidente Dilma que agora invocou que quer ser chamada de presidenta e ponto final.