As surrealidades da política fazem do Maranhão um lugar decadente até nos discursos dos seus mandatários.
Na manhã de hoje, o secretário de Esportes Joaquim Haickel (PMDB) e o secretário de Cidades Pedro Fernandes (PTB) travaram uma conversa no programa Ponto Final, da Mirante AM.
Falaram em revitalização do Centro Histórico, em alternativas para a utilização do Aterro do Bacanga, em projetos para o transporte, o turismo etc etc etc.
Haickel é deputado estadual desde a juventude. O pai dele, Nagib, foi presidente da Assembléia Legislativa.
Fernandes é deputado federal há vários mandatos. O irmão dele, Manoel Ribeiro, foi presidente da Assembléia Legislativa por três ou quatro mandatos.
Nagib, Joaquim, Pedro e Manoel sempre fizeram parte de todos os governos de Roseana Sarney, integrando os consórcios parlamentares e empresariais da oligarquia.
Agora, aos 50 e tantos anos, cansados do parlamento estadual e federal, Haickel e Fernandes viraram secretários de Roseana e descobriram que tem muita coisa a fazer pelo Maranhão.
Ouvindo o papo-furado deles, pensei estar em outro país, outro mundo e até em outro planeta. Em 15 minutos de conversa, eles resolveram todos os problemas de São Luís.
8 comentários:
Ed, acho você um herói... !5 minutos ouvindo isso não para qualquer um.
No Maranhão água molha água e morto pode matado... portanto, a pólvora ainda precisa ser descoberta!
Ed Wilson, tenho apreciado seus artigos ficou admirada e feliz pela analise critica e determinante, valeu! Vamos juntos construir um mundo melhor?
Ed,
O que mais causa espécie é a cara de pau desses senhores discutindo os problemas de São Luís e do Maranhão com se não tivessem nenhuma responsabilidade ou conivência com a atual conjuntura.
Francisco,
Ouço por dever de ofício e porque tenho interesse especial pelo jornalismo no rádio. Aqui e acolá tem coisa boa, que não foi o caso desse lero-lero e Joaquim e Pedro. Valeu pela participação.
Ed Wilson
Washington,
Seja bem-vindo nos comentários. Esqueci de citar que Joaquim e Pedro estiveram também no bardo de Lobão, Cafeteira, João Alberto etc.
Operário,
Já estou com minhas armas em punho. Vamos lá.
Ed,
eles estabeleceram discursivamente início contínuo. O maranhão passa à condição de um inusitado histórico. O presente é fundado a partir do nada. A dialética entre o vivido e vivo..conforme explicitado por Lefebvre. Mas para que Lefebvre nessa "hora derradeira"...? Para que pensar diante desses reis e vice-reis do Maranhão...?
Caro Ed,
E olhe que tenho ouvido reiteradas vezes que JH é "um dos quadros mais qualificado do grupo Sarney". O mesmo ocorre relação ao PF, parlamentar longevo e atuante em Brasília. O lero-lero citado por você é a prova cabal da qualidade técnico-administrativa-legislativa (por que não dizer, filosófica?) a qual o povo do MA esteve/está submetida.
Abraços,
Elizeu Lira
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