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terça-feira, 23 de abril de 2013

DÉCIO SÁ MORTO, AGIOTAGEM RESSUSCITADA

Completou um ano o assassinato do jornalista Décio Sá, executado por denunciar uma quadrilha de agiotagem.

A morte do jornalista foi investigada e os assassinos irão a julgamento, mas o episódio não acabou com os esquemas de agiotagem nas prefeituras do Maranhão.

O dinheiro ilegal que financia campanhas e depois controla das prefeituras está cada vez mais forte. A quadrilha de Glaucio & Miranda está na cadeia, mas outros agiotas operam forte no submundo da política.

Um comentário:

Eduardo Wood disse...

PARTE I:
Lembro-me, como se hoje fosse, dos deputados do PT, entre eles Palocci, Mercadante, Dirceu e Genoíno, na votação do aumento do salário mínimo. Eram anos do governo FHC. Faziam gestos com os dedos, indicando jocosamente o quão pequeno era o aumento proposto pelo governo. Posso somar a essa imagem outras tantas. Talvez, quem sabe, a bandeira da ética. Empunhada pelo partido em todo discurso ou em qualquer manifestação. Ou, ainda, a ladainha de que a dívida brasileira e o déficit previdenciário deveriam ser objeto de uma auditoria; e, uma vez no Poder, seria a primeira coisa a ser feita. Quem sabe, o mantra petista segundo o qual os bancos estavam cada vez mais ricos. Culpa de um governo neoliberal. A lembrança me leva a 1989. Ninguém me contou. O então candidato Lula, numa demonstração de como seria um eventual governo petista, divulgou a relação dos nomes de seus ministeriáveis. Eram, de fato, somente pessoas notáveis. O recado era o seguinte: no meu governo não haverá fisiologismo, o famigerado “toma lá, dá cá” seria defenestrado da política brasileira. Quem não ouviu, no rádio ou na TV, o companheiro Lula vociferar raivosamente palavras de baixo calão contra Sarney e Maluf, por exemplo? Era o PT da oposição. Era o Lula do ABC. Se recordarmos só um pouquinho, nem precisa muito esforço, veremos que o PT e Lula foram contra quase todas as mudanças propostas pelos governos Sarney, Itamar e FHC. Foi contra as privatizações das companhias de telefonia e energia, Vale, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Acesita e tantas outras. Votou contra o Plano Real do Itamar Franco, mesmo sabendo que o plano era muitíssimo bem elaborado e de uma intenção melhor ainda. Sabe por quê? Porque enxergou nele, de forma inequívoca, a possibilidade de dá certo. Como admitir que a inflação brasileira fosse debelada por discípulos de Milton Friedman e Von Mises? Inaceitável que economistas formados na Universidade de Chicago, templo