O PMDB do Maranhão só está dividido por um motivo: perdeu o chave do cofre do Palácio dos Leões.
Principal esteio partidário da oligarquia Sarney, o partido era o ponto de concentração de todas as práticas clientelistas, do nepotismo e do patrimonialismo que atrasaram o Maranhão durante quase 50 anos.
Sem o controle do dinheiro do Maranhão, fora das estruturas de poder que viabilizavam o estupro da administração pública, o partido é a fotografia da decadência.
O grupo liderado pelo senador João Alberto, com apoio de Roseana Sarney, venceu a disputa.
A facção encabeçada pelo ex-todo-poderoso Ricardo Murad e sua filha, a deputada estadual Andrea Murad, sequer concorreu na eleição.
OPOSIÇÃO E ADESÃO
O partido já vinha divido bem antes da eleição do diretório estadual.
Na Assembleia Legislativa, apenas a deputada Andrea Murad fazia oposição cerrada ao governo Flávio Dino (PCdoB).
Os demais parlamentares da legenda - Roberto Costa, Nina Melo e Max Barros - nunca fizeram qualquer pronunciamento contrário ao governo comunista.
Na prática, o papel de oposição é apenas do clã Murad.
Outra ala do PMDB defende até uma aproximação com o grupo dinista, através de uma composição com o prefeito Edivaldo Holanda Junior (PDT) no projeto de reeleição, em 2016.
É sempre bom lembrar que o PMDB tem um cargo estratégico na Prefeitura de São Luís - a secretária de Saúde Helena Duailibe, cogitada para ser vice na chapa de Holanda Jr.
Assim, a unidade do partido, outrora sob a égide do chefe-maior José Sarney, não existe mais.
Nesse momento, Sarney está preocupado com outra coisa: proteger seus filhos da operação Lava Jato.
Uma hora as investigações vão chegar pesado ao Maranhão. Pode ser o golpe final no coronel.
Um comentário:
É a coisa ta feia kkk
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