Os sinais do atraso no Maranhão têm algumas cenas marcantes. Uma delas é o "campus" da UEMA em São Luís, onde um grande descampado com animais pastando preguiçosamente lembra o século passado.
Ali quase nada lembra uma instituição de ensino superior. Não há sinais da modernidade ou desenvolvimento tecnológico. Essas idéias estão apenas na cabeça de alguns professores heróis e alunos esforçados e dedicados.
A universidade que deveria ser um pólo de pesquisa e criatividade para o desenvolvimento do Maranhão vive aos trancos e barrancos graças ao esforço de parte do seu corpo técnico e docente comprometido.
Nunca houve, nos sucessivos governos Sarney, qualquer interesse em acoplar o ensino, a pesquisa e a extensão a um projeto de desenvolvimento para o Maranhão. Pelo contrário, a UEMA serviu de trampolim para os reitores conquistarem cargos eletivos.
Foi assim que produziu deputados como Cesar Pires (estadual) e Waldir Maranhão (federal), cujo empenho na educação maranhense é amplamente conhecido nos indicadores deploráveis.
Até a oferta de cursos na UEMA é desconectada dos potenciais econômicos do Maranhão. No campus de Imperatriz, por exemplo, não há os cursos de Agronomia e Medicina Veterinária, essenciais para uma região marcada pela economia agropecuária.
A UEMA do sarneísmo é uma fazenda abandonada e improdutiva, mas tem jeito de recuperar, quando o Maranhão finalmente livrar-se da lógica do atraso.
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