Andrea é marionete do pai Ricardo Murad |
Ainda vai demorar um tempo para
mudar a cultura política no Maranhão.
Na Assembleia Legislativa, os
principais embates oscilam entre os grupos familiares e suas relações com os
cofres públicos.
A tribuna é sempre tomada pelos
interesses das castas, representadas pelos detentores de mandatos.
Dois parlamentares ganham destaque:
Andrea Murad (PMDB), filha do ex-todo-poderoso secretário de Saúde Ricardo
Murad; e Edivaldo Holanda (PTC), pai do prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC).
O mandato de Andrea serve para
defender o pai Ricardo, atacado pelos maus feitos na Saúde, durante o governo
Roseana Sarney (PMDB).
Edivaldo Holanda representa os interesses do filho-prefeito |
A atuação do pai do prefeito,
Holandão, consiste em proteger a gestão do filho, Holandinha, sempre que criticado
pelos opositores.
Assim, as famílias Murad e Holanda
dominam a cena no parlamento.
A filha Andrea acoberta o pai. E o
pai Edivaldo protege o filho.
O parlamento, que deveria ser o
lugar de debates e proposições sobre o Maranhão, é transformado em campo de
briga familiar.
Essas castas unem-se ou separam-se a
cada eleição, de acordo com as conveniências, pouco importando os partidos,
programas de governo ou “ideologia”.
A maioria dos demais deputados trata
de seus interesses familiares nos municípios, controlando os negócios das
prefeituras.
Em São Luís, uma nova família se
projeta. O senador Roberto Rocha (PSB) quer fazer o filho-vereador Roberto
Rocha Junior (PSB) prefeito da capital maranhense.
Roberto pai e Roberto Junior são,
respectivamente, filho e neto do ex-governador do Maranhão Luiz Rocha (1983 –
1986)
Nesta guerra de pais e filhos, todos
parecem descendentes políticos do mesmo criador – José Sarney – o demiurgo da prática
oligárquica.
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