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quarta-feira, 30 de março de 2011

DUAS FACES DA LISTA FECHADA

Na reforma política em curso no Congresso Nacional, uma das propostas que ganha força é o voto em lista fechada. Por essa modalidade, o eleitor vota no partido, mediante uma lista de candidatos.


A pergunta é: quem faz a lista? No atual espectro partidário brasileiro, o voto em lista vai favorecer o coronelismo nas legendas, ou seja, o controle das listas será feito pelas cúpulas partidárias.


Nos grotões do Brasil, incluindo o Maranhão, o voto em lista pode ser um retrocesso aos velhos tempos da UDN (União Democrática Nacional), quando eleição era decidida na chibata dos fazendeiros.


Imagine você a elaboração de uma lista no PT do Maranhão, por exemplo, onde nem as decisões de congressos e plenárias são respeitadas...


Por outro lado, o voto em lista fortaleceria a idéia do partido, daria consistência ideológica às legendas e fortaleceria a organização institucional das agremiações.


Tudo assim mesmo, no futuro do pretérito, porque essas possibilidades são muito remotas.

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