O escritor Gabriel Garcia Marquez deveria ter vindo ao Maranhão, vivenciar as cenas patéticas, esdrúxulas, grotescas e – para não perder a ternura – fantásticas, que a literatura produzida por ele celebrizou no livro “Cem anos de solidão”.
Um dos escritos de Garcia Marquez seria reservado ao rodízio de governadores que deve chegar ao fim esta semana, caso não haja um fato novo que coloque no Palácio dos Leões um bispo da Igreja Universal do Reino de Deus ou o pai-de-santo Bita do Barão – famoso terecozeiro de Codó.
Os maranhenses já haviam sido submetidos a todo tipo de ridículo, até a governadora Roseana Sarney (PMDB) inaugurar o palco giratório na linha sucessória no Executivo.
Em menos de dez dias, assumiram o posto o vice-governador Washington Oliveira (WO), o presidente da Assembléia Legislativa Arnaldo Melo e o presidente do Tribunal de Justiça Jamil Gedeon, que repassou o cargo a WO no último fim de semana.
Qual o resumo desta literatice política? Nada.
Só ficou a sensação de que quanto mais governadores nós temos, menos governo há no Maranhão, a começar pela própria titular – Roseana Sarney – cujo interesse pela coisa pública ela nunca teve nem como hobby.
O ritual de chegada dos representantes do Legislativo e do Judiciário ao Palácio dos Leões produziu a cena perfeita do Maranhão desgovernado.
Todos os poderes chegaram ao poder central e nenhum deles representa concretamente aquele dito básico da democracia: “todo poder emana do povo”.
No Maranhão do atraso a democracia ainda não chegou. Ao povo só é dado o açoite dos senhores feudais, numa politiqueira ainda medieval, decadente e hipócrita.
Os interesses privados da família Sarney sobrepõem-se a qualquer princípio básico da coletividade. Aqui a regra é a negação da democracia e dos princípios republicanos.
Quando Roseana Sarney voltar ao governo, o povo estará regido pelo exorbitante aumento de quase 90% na tarifa de água da Caema.
A meta, agora, é matar de sede o povo do Maranhão, como se já não bastasse termos a mais cara taxa de energia elétrica do Brasil, sob a chibata da Cemar.
E por falar em morte, não por acaso o rodízio atravessou o Dia de Finados. Roseana Sarney está celebrando seus defuntos, a começar do vice-governador WO, passando pelos poderes Legislativo e Judiciário.
O rodízio de governadores no Maranhão representa a falência múltipla de órgãos da política na concepção oligárquica, a negação do princípio republicano, a substituição do sentido da coisa pública pela pessoa pública do vice-governador e dos presidentes da Assembléia Legislativa e do Tribunal de Justiça.
Queira Deus esse rodízio seja um sinal de despedida dos podres poderes do Maranhão. Esperemos que Roseana Sarney e seus mortos tenham um bom descanso fora do comando da política.
Os maranhenses merecem algo melhor.
Um dos escritos de Garcia Marquez seria reservado ao rodízio de governadores que deve chegar ao fim esta semana, caso não haja um fato novo que coloque no Palácio dos Leões um bispo da Igreja Universal do Reino de Deus ou o pai-de-santo Bita do Barão – famoso terecozeiro de Codó.
Os maranhenses já haviam sido submetidos a todo tipo de ridículo, até a governadora Roseana Sarney (PMDB) inaugurar o palco giratório na linha sucessória no Executivo.
Em menos de dez dias, assumiram o posto o vice-governador Washington Oliveira (WO), o presidente da Assembléia Legislativa Arnaldo Melo e o presidente do Tribunal de Justiça Jamil Gedeon, que repassou o cargo a WO no último fim de semana.
Qual o resumo desta literatice política? Nada.
Só ficou a sensação de que quanto mais governadores nós temos, menos governo há no Maranhão, a começar pela própria titular – Roseana Sarney – cujo interesse pela coisa pública ela nunca teve nem como hobby.
O ritual de chegada dos representantes do Legislativo e do Judiciário ao Palácio dos Leões produziu a cena perfeita do Maranhão desgovernado.
Todos os poderes chegaram ao poder central e nenhum deles representa concretamente aquele dito básico da democracia: “todo poder emana do povo”.
No Maranhão do atraso a democracia ainda não chegou. Ao povo só é dado o açoite dos senhores feudais, numa politiqueira ainda medieval, decadente e hipócrita.
Os interesses privados da família Sarney sobrepõem-se a qualquer princípio básico da coletividade. Aqui a regra é a negação da democracia e dos princípios republicanos.
Quando Roseana Sarney voltar ao governo, o povo estará regido pelo exorbitante aumento de quase 90% na tarifa de água da Caema.
A meta, agora, é matar de sede o povo do Maranhão, como se já não bastasse termos a mais cara taxa de energia elétrica do Brasil, sob a chibata da Cemar.
E por falar em morte, não por acaso o rodízio atravessou o Dia de Finados. Roseana Sarney está celebrando seus defuntos, a começar do vice-governador WO, passando pelos poderes Legislativo e Judiciário.
O rodízio de governadores no Maranhão representa a falência múltipla de órgãos da política na concepção oligárquica, a negação do princípio republicano, a substituição do sentido da coisa pública pela pessoa pública do vice-governador e dos presidentes da Assembléia Legislativa e do Tribunal de Justiça.
Queira Deus esse rodízio seja um sinal de despedida dos podres poderes do Maranhão. Esperemos que Roseana Sarney e seus mortos tenham um bom descanso fora do comando da política.
Os maranhenses merecem algo melhor.
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