No auditório da Fetiema superlotado, com cerca de duas mil pessoas, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros decidiram na noite desta quarta-feira 23 entrar em greve, até que o Governo do Estado atenda à pauta de reivindicações das duas categorias.
Após a decisão da greve eles seguiram em carreata para a Assembléia Legislativa (AL), onde estão acampados e só prometem sair quando as negociações forem retomadas.
Os grevistas tentaram ocupar o plenário da AL, mas foram contidos pelo chefe da segurança, coronel Pinheiro Filho, ex-comandante da PM.
Houve discussões acirradas entre Pinheiro Filho e dirigentes da greve, mas a entrada no plenário foi vetada. “Só deixo entrar com autorização do presidente da AL”, acenou o coronel.
A greve dos militares tem o apoio de sindicalistas da Polícia Civil (agentes e delegados) e do Sindicato dos Agentes Penitenciários, podendo ocorrer, por efeito dominó, a paralisação de todo o Sistema de Segurança Pública do Maranhão.
Há cerca de duas semanas PMs e Bombeiros fizeram uma paralisação, mas recuaram diante da promessa do governo de atender aos pleitos, sob a mediação do líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Manoel Ribeiro (PTB).
Depois do recuo o governo não encaminhou as reivindicações e provocou a revolta na tropa. O mediador, Manoel Ribeiro, viajou para Portugal deixando os PMs e Bombeiros sem resposta.
Sob o comando da Associação dos Servidores Públicos Militares do Maranhão, a assembléia teve ainda a participação de lideranças comunitárias de bairros que atuam em conselhos colaborativos na área de Segurança.
Sindicalistas militares de Imperatriz e Caxias representaram a organização dos grevistas no interior.
Um dos primeiros a discursar, o coronel Ivaldo Barbosa disse que a greve é a última oportunidade dos militares e animou a tropa a resistir, caso haja retaliações.
“Aconteça o que acontecer, se eu for preso, não parem a greve, passem por cima de mim”, recomendou Ivaldo.
Ivaldo fez ainda uma recomendação ao seu colega de farda, coronel Franklin Pacheco, comandante-geral da PM. “Se eu fosse o comandante-geral eu entregava o cargo e assumia o comando do movimento”, provocou Barbosa.
Sob o hino da PM, palavras de ordem exaltadas e a vibração do auditório, a assembléia prosseguiu com vários oradores e um discurso comum – críticas contundentes ao secretário de Segurança Aluisio Mendes, classificado de “incompetente”, “despreparado” e outros adjetivos.
“Ele (Aluisio Mendes) chegou aqui para pisar os maranhenses”, desabafou um sargento exaltado.
APOIO DA POLÍCIA CIVIL
O diretor de Comunicação do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Marcelo Penha, disse que o Sistema de Segurança não tem liderança e antecipou que a entidade vai convocar assembléia com pauta de greve na próxima semana.
“Vamos parar o Sistema de Segurança do Maranhão”, decretou Penha.
O delegado Jefferson Portela afirmou que o movimento grevista é de toda a sociedade, destacando que o orçamento é viável para atender às reivindicações. “Nós, policiais, estamos sendo assaltados, roubados”, ironizou.
Jefferson Portela destacou ainda a soma de forças entre as polícias Civil e Militar. “Fomos treinados para não recuar, seja diante de ladrão ou de político corrupto”, enfatizou Portela.
REFORÇOS E AUSÊNCIA
A assembléia teve a participação do representante da Associação Nacional dos Praças (Anaspra), Marcos Prisco, um dos mais exaltados no movimento.
Evangélico, Prisco disse ter sido preso várias vezes em movimentos grevistas militares no Brasil, citando o Piauí, Rondônia e Rio Grande do Norte. “A greve é tudo ou nada”, finalizou Prisco.
Entre os grevistas, o dirigente estadual do PT, Joab Jeremias, ressaltou a necessidade de paralisar o Sistema de Segurança para ganhar força e pressionar o governo.
Nenhum dirigente da CUT apareceu na assembléia. Parte da direção da central é aliada do vice-governador Washington Oliveira (PT),
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES
- Recuperação das perdas salariais de 2009 a 2011, em torno de
30%;
- Redução da jornada de trabalho de 80 horas para 40 horas semanais;
- Revisão dos critérios de promoção;
- Anistia para todos os participantes do movimento grevista;
- Melhoria das condições de trabalho (viaturas, coletes, traillers e postos policiais etc);
FORÇA NACIONAL
No início da ocupação da Assembléia Legislativa houve rumores de que a Força Nacional iria desocupar o prédio, mas nada foi confirmado.
Após a decisão da greve eles seguiram em carreata para a Assembléia Legislativa (AL), onde estão acampados e só prometem sair quando as negociações forem retomadas.
Os grevistas tentaram ocupar o plenário da AL, mas foram contidos pelo chefe da segurança, coronel Pinheiro Filho, ex-comandante da PM.
Houve discussões acirradas entre Pinheiro Filho e dirigentes da greve, mas a entrada no plenário foi vetada. “Só deixo entrar com autorização do presidente da AL”, acenou o coronel.
A greve dos militares tem o apoio de sindicalistas da Polícia Civil (agentes e delegados) e do Sindicato dos Agentes Penitenciários, podendo ocorrer, por efeito dominó, a paralisação de todo o Sistema de Segurança Pública do Maranhão.
Há cerca de duas semanas PMs e Bombeiros fizeram uma paralisação, mas recuaram diante da promessa do governo de atender aos pleitos, sob a mediação do líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Manoel Ribeiro (PTB).
Depois do recuo o governo não encaminhou as reivindicações e provocou a revolta na tropa. O mediador, Manoel Ribeiro, viajou para Portugal deixando os PMs e Bombeiros sem resposta.
Sob o comando da Associação dos Servidores Públicos Militares do Maranhão, a assembléia teve ainda a participação de lideranças comunitárias de bairros que atuam em conselhos colaborativos na área de Segurança.
Sindicalistas militares de Imperatriz e Caxias representaram a organização dos grevistas no interior.
Um dos primeiros a discursar, o coronel Ivaldo Barbosa disse que a greve é a última oportunidade dos militares e animou a tropa a resistir, caso haja retaliações.
“Aconteça o que acontecer, se eu for preso, não parem a greve, passem por cima de mim”, recomendou Ivaldo.
Ivaldo fez ainda uma recomendação ao seu colega de farda, coronel Franklin Pacheco, comandante-geral da PM. “Se eu fosse o comandante-geral eu entregava o cargo e assumia o comando do movimento”, provocou Barbosa.
Sob o hino da PM, palavras de ordem exaltadas e a vibração do auditório, a assembléia prosseguiu com vários oradores e um discurso comum – críticas contundentes ao secretário de Segurança Aluisio Mendes, classificado de “incompetente”, “despreparado” e outros adjetivos.
“Ele (Aluisio Mendes) chegou aqui para pisar os maranhenses”, desabafou um sargento exaltado.
APOIO DA POLÍCIA CIVIL
O diretor de Comunicação do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Marcelo Penha, disse que o Sistema de Segurança não tem liderança e antecipou que a entidade vai convocar assembléia com pauta de greve na próxima semana.
“Vamos parar o Sistema de Segurança do Maranhão”, decretou Penha.
O delegado Jefferson Portela afirmou que o movimento grevista é de toda a sociedade, destacando que o orçamento é viável para atender às reivindicações. “Nós, policiais, estamos sendo assaltados, roubados”, ironizou.
Jefferson Portela destacou ainda a soma de forças entre as polícias Civil e Militar. “Fomos treinados para não recuar, seja diante de ladrão ou de político corrupto”, enfatizou Portela.
REFORÇOS E AUSÊNCIA
A assembléia teve a participação do representante da Associação Nacional dos Praças (Anaspra), Marcos Prisco, um dos mais exaltados no movimento.
Evangélico, Prisco disse ter sido preso várias vezes em movimentos grevistas militares no Brasil, citando o Piauí, Rondônia e Rio Grande do Norte. “A greve é tudo ou nada”, finalizou Prisco.
Entre os grevistas, o dirigente estadual do PT, Joab Jeremias, ressaltou a necessidade de paralisar o Sistema de Segurança para ganhar força e pressionar o governo.
Nenhum dirigente da CUT apareceu na assembléia. Parte da direção da central é aliada do vice-governador Washington Oliveira (PT),
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES
- Recuperação das perdas salariais de 2009 a 2011, em torno de
30%;
- Redução da jornada de trabalho de 80 horas para 40 horas semanais;
- Revisão dos critérios de promoção;
- Anistia para todos os participantes do movimento grevista;
- Melhoria das condições de trabalho (viaturas, coletes, traillers e postos policiais etc);
FORÇA NACIONAL
No início da ocupação da Assembléia Legislativa houve rumores de que a Força Nacional iria desocupar o prédio, mas nada foi confirmado.
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