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sábado, 3 de agosto de 2013

WASHINGTON OLIVEIRA COGITA ALIANÇA COM O PCdoB DE FLAVIO DINO

WO sente o cheiro de governador em Flavio Dino e pode abandonar Roseana Sarney em 2014

Em entrevista ao blog de um petista delator (entenda ao final do texto), o comunista Marcio Jerry dá sinais de aproximação com o vice-governador WO

Uma combinação entre a conjuntura nacional e a saúde delicada do senador José Sarney (PMDB) pode levar o vice-governador petista Washington Oliveira (WO) a fazer o caminho de volta na eleição de 2014.

Fazer o retorno significa: PT e PCdoB juntos, com Flávio Dino candidato a governador.

Vejamos os cenários possíveis:

No cenário nacional, a cúpula petista já disse que a aliança com o PMDB será renovada, repetindo a chapa Dilma Roussef + Michel Temer.

Mas, o importante na análise é perceber as contradições e os movimentos locais des(articulados) ao Palácio do Planalto.

Depois dos protestos de junho, a popularidade da presidente Dilma caiu 30 pontos. Consequência: o PT ficou ainda mais dependente do PMDB.

Com Dilma fragilizada, os peemedebistas vão ampliar as pressões e chantagens sobre o governo. Para apoiar Dilma, o PMDB exigirá fatura alta.

Uma das contrapartidas do PMDB, em parte controlado por José Sarney, é o apoio do PT maranhense à candidatura do Palácio dos Leões.
Porém, a saúde do senador inspirando cuidados pode liberar o PT do Maranhão da obrigatoriedade de apoiar o candidato Luís Fernando Silva, pretenso sucessor de Roseana Sarney (PMDB).

Se Deus ou o Diabo levarem Sarney antes de 2014, o vice-governador Washington Oliveira pode mudar os planos e apoiar Flavio Dino (PCdoB) ao Governo do Maranhão.

O PED NO MEIO DO CAMINHO

Em condições normais, a posição do PT sobre a eleição de 2014 só será tomada após o Processo de Eleição Direta (PED), que define o novo presidente e a composição do diretório estadual.

O PED é resolvido pela força do poder econômico e com a garantia da intervenção do diretório nacional petista. Estas são as condições anormais, que prevalecem!

Sem votos, mas com dinheiro, o candidato de WO à presidência do PT, Raimundo Monteiro, é favorito, mas enfrenta as candidaturas de Augusto Lobato e Henrique Silva.

Somados, Lobato e Henrique podem derrotar Monteiro no segundo turno do PED.

Monteiro não ganha no voto, mas tem a certeza de que o PT nacional pode fazer uma nova intervenção, a exemplo de 2010, obrigando o partido a reeditar a aliança com a oligarquia Sarney.

INSEGURANÇA

Ocorre que, nos cálculos de WO, a saúde comprometida do presidente do Senado modificou o cenário. Soma-se o fato de que a candidatura de Luís Fernando Silva não decola.

Mesmo com toda a máquina do governo, Luis Fernando engatinha nas pesquisas, lideradas com folga por Flavio Dino.

Sem qualquer credibilidade no PT, nem mesmo nas suas bases, WO conta apenas com a certeza da intervenção do diretório nacional, que pode novamente obrigá-lo a vestir a camisa petista em Roseana Sarney.

Porém, ele não acredita muito na vitória de Luís Fernando. WO enxerga em Flavio Dino o futuro governador e já vem pensando e dialogando com os comunistas.

Apoiar Dino em 2014 seria também uma chance de WO retocar a maquiagem, manchada pela guinada sarneísta em 2010.

DIÁLOGOS

Faz tanto sentido a aproximação entre WO e Flavio Dino que o comandante-em-chefe do PCdoB, Marcio Jerry, concedeu entrevista a um blogueiro do submundo de WO, declarando afagos ao vice-governador de Roseana Sarney.

A certa altura da entrevista, perguntado sobre alianças em 2014, Jerry especula que pode ter no palanque de Flavio Dino “parte significativa do PT, quem sabe o PT inteiro.”

Ao ser instigado sobre a presença do PT no palanque comunista, Jerry declara: “A política muitas vezes se movimenta nas águas mais profundas. O PT foi violentado em 2010, infelizmente. E aquela violência política custou mais quatro anos para o domínio oligárquico, patrimonialista e corrupto.”

Mas, é nas subjetividades que as questões objetivas afloram. Quando inquirido sobre eventuais hostilidades aos aliados de WO na empreitada sarneísta, Marcio Jerry é só paz e amor:

“Não sou hostil a ninguém. Aliás, mantenho com todos (os petistas sarneístas) relações cordiais. Posso te dizer até que tenho carinho especial pelo Washington e pela família dele, sou amigo deles. Aliás, ele tem muitos amigos diletos no PCdoB, inclusive o Flávio Dino. Acho que ele adotou uma postura equivocada, mas enfim… Sou amigo há mais de duas décadas do Zé Antonio, (secretário do Trabalho de Roseana Sarney e filho da ex-deputada estadual Helena Heluy) e da família dele. Não tem essa de hostilidade, tem de divergência política.”

Só a título de curiosidade, a entrevista (veja AQUI) com Marcio Jerry foi feita por um petista muito amigo de WO, o mesmo que denunciou os próprios “companheiros” à Polícia Federal no escândalo do Mensalão.

Relembre AQUI  e AQUI o blogueiro delator.

Um comentário:

Renato Simões disse...

Caro Ed,
trabalhamos para que o PT inteiro esteja no palanque de Flávio Dino em 2014.
A aliança com os Sarneys foi um erro para mais que comprovado na prática deste desgoverno de Roseana e nos resultados eleitorais de seus candidatos nas eleições de 2012.
É mais do que hora de sair do governo Roseana e cerrar fileiras com Flávio Dino para resgatar o Maranhão das trevas a que a oligarquia Sarney condenou o Estado.

Renato Simões - Secretário Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT e membro da Executiva Nacional do PT.