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terça-feira, 9 de setembro de 2014

2014: DEU TUDO ERRADO PARA JOSÉ SARNEY

Desde a morte de Eduardo Campos (PSB), a sequência de fatos no cenário político anuncia o fim do mandonismo coronelista no Maranhão. Vejamos:

José Sarney colou em Dilma Roussef (PT), prevendo a força do Palácio do Planalto na campanha de Edinho Lobão (PMDB) ao governo do Maranhão.

Substituta de Eduardo Campos (PSB), Marina Silva (PSB) disparou nas pesquisas e ameaça a reeleição de Dilma.

Temendo vaias na presidenta candidata, os marqueteiros já haviam recomendado a exclusão de Sarney do palanque dilmista.

A orientação foi seguida à risca e a direção nacional do PT proibiu o diretório do Maranhão de indicar o vice na chapa de Edinho.

Escândalo da Petrobras: Roseana e Lobão

Para complicar, o governo Dilma está sob o bombardeio das denúncias do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava-Jato da Polícia Federal (PF).

Segundo a revista Veja, com base nos depoimentos de Paulo Roberto Costa, o ministro das Minas e Energia Edison Lobão (PMDB) e a governadora Roseana Sarney (PMDB) constam na lista de políticos citados como supostos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras.

A governadora e o ministro-pai são os principais avalistas da candidatura de Edinho Lobão, juntamente com o ex-presidente Lula, maior cabo eleitoral de Dilma.

O doleiro no Luzeiros

Nesse emaranhado, uma das figuras-chave da operação Lava-Jato é o doleiro Alberto Youssef, preso no Maranhão, no luxuoso hotel Luzeiros.

A contadora de Youssef, em depoimento à Polícia Federal, revelou um esquema de suborno envolvendo distribuição de propina a integrantes do governo do Marannhão, para mediar o pagamento de precatórios a uma empreiteira.

Youssef foi registrado em fotografias da investigação da PF movimentando malas nos corredores acarpetados do Luzeiros.

A lama chega ao Maranhão

Paulo Roberto Costa foi preso em 20 de março, acusado de tentar ocultar provas que o ligavam ao esquema de lavagem de dinheiro do doleiro Alberto Youssef.

Solto em maio por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Costa voltou a ser detido em 11 de junho.

Sem nada a perder, fez um acordo de delação premiada visando reduzir a pena e colocou no ventilador a lama da corrupção na Petrobras, citando o ministro Edison Lobão e a governadora Roseana Sarney.

As denúncias de Paulo Roberto Costa respingam na campanha de Edinho Lobão de tal forma que Sarney e o governo federal estão como porcos espinhos – sem poder se abraçar.

Enquanto isso, Marina cresce a ameaça a reeleição da presidente petista.

Perto do fim

No Maranhão, o candidato da oposição, Flavio Dino (PCdoB), abre 30 pontos de vantagem sobre Edinho Lobão em quase todas as pesquisas.

Tudo conspira contra Sarney. Nem Lula nem Dilma salvam Edinho.

O extermínio político de Sarney não é bom apenas para os maranhenses. É um alívio para o Brasil.

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