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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

JACKSON ESTÁ COM CASTELO, MAS CORTEJA FLAVIO DINO

O governador Jackson Lago (PDT) aparenta um jogo duplo no segundo turno, mas a máquina do governo vai continuar operando a favor do tucano João Castelo.
Essa é a ordem no Palácio dos Leões, embora o governador alimente na mídia que os dois candidatos compõem a suposta Frente de Libertação do Maranhão.
Porém, é preciso deixar claro um aspecto fundamental que distingue as duas candidaturas. A de Castelo e o governo Lago são hegemonizados pelo PSDB. Representam as forças retrógradas anti-Lula. Colocam-se na contra-mão do bloco ideológico de sustentação do governo federal.
Os tucanos ocupam os principais postos no governo estadual, da Casa Civil (Aderson Lago) à Secretaria de Infra-Estrutura (Telma Pinheiro). O PDT está esfacelado e o governo Jackson é nitidamente comandado pelos tucanos anti-Lula.
A candidatura de Flavio Dino representa o projeto democrático-popular do PC do B e do PT, partidos que sempre estiveram com Lula desde 1989.
Flavio Dino é o único candidato que tem as condições de dialogar facilmente com o governo federal e ampliar as obras do PAC, como a do rio Anil, fazendo o PAC São Luís.
É visível nas ruas o crescimento da candidatura de Flavio Dino e o sentimento da virada. Diante disso, para não sair derrotado na eleição, o governador Jackson Lago simula uma cortesia a Flavio Dino.
O candidato da Unidade Popular precisa dialogar com o governador. É um gesto normal do pragmatismo político. Mas Flavio não pode estender muito a conversa senão confunde o eleitorado.
Com o índice de rejeição de Jackson chegando a 60%, qualquer aproximação excessiva joga Flavio para baixo. E aí vai funcionar a máquina do governo a favor de Castelo no dia da eleição.
Foi assim no primeiro turno, ou não?
É preciso tomar cuidado com o jogo. Jackson pode estar chamando Flavio para perto para matá-lo de faca.

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