A pré-candidatura do deputado federal Flavio Dino (PC do B) ao governo do Maranhão é um dos principais obstáculos ao projeto de Roseana Sarney em 2010.
Sem Dino no jogo, o grupo Sarney avalia que a eleição polarizada entre Roseana e o ex-governador Jackson Lago (PDT) é mais fácil para ela.
Os esforços até agora estão concentrados em retirar do cerco de Flavio Dino dois apoiadores estratégicos: os prefeitos de Tuntum (Cleomar Tema) e de Caxias (Humberto Coutinho).
Ex-presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem), Tema foi preso na Operação Rapina, em dezembro de 2007. Agora, tem sido assediado para aderir ao roseanismo.
Com Humberto Coutinho há duas conversas: o assédio e os processos na Justiça. Estes podem até lhe custar o mandato de prefeito.
Caxias está no circuito do desvio de recursos do esquema Ópera Prima, intermediado por Aderson Lago (PSDB), primo e ex-chefe da Casa Civil de Jackson Lago.
Tema e Coutinho foram importantes na eleição de Flavio a deputado federal e somam com o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) na pré-candidatura flavista.
Esta aliança pode juntar comunistas, socialistas e petistas na chapa liderada por Dino em 2010, considerada uma alternativa aos dois grupos tradicionais – Sarney e Lago.
Para vingar, este projeto precisa do PT. Com tempo de propaganda eleitoral e militância espalhada em todo o Maranhão, os petistas são imprescindíveis na candidatura de Flavio Dino.
Foi por isso que o grupo Sarney investiu discretamente na eleição de Raimundo Monteiro a presidente do PT, com o objetivo de levar o partido a uma aliança com o PMDB.
Porém, a vitória de Monteiro não garante um alinhamento aos peemedebistas. A maioria da corrente monteirista quer aliança com o PC do B.
Outra frente para esvaziar as bases da esquerda foi concretizada. O ex-prefeito de São Luís, Tadeu Palácio, e o presidente da Câmara de Vereadores, Isaías Pereirinha, já estão nos braços de Sarney.
Ambos apoiaram Flavio Dino no segundo turno da eleição à Prefeitura de São Luís, em 2008, contra João Castelo (PSDB).
Passada a eleição, Castelo eleito, Tadeu Palácio abandonou o barco comunista e foi nomeado secretário de Turismo no governo Roseana.
Uma ironia com este cargo tão importante, visto que Palácio terminou seu mandato de prefeito deixando a capital abandonada, suja e esburacada.
Pereirinha deve ter se convertido por outros motivos, visto que é um homem de negócios na política.
Assim caminha uma parte da temporada pré-eleitoral no Maranhão.
Sem Dino no jogo, o grupo Sarney avalia que a eleição polarizada entre Roseana e o ex-governador Jackson Lago (PDT) é mais fácil para ela.
Os esforços até agora estão concentrados em retirar do cerco de Flavio Dino dois apoiadores estratégicos: os prefeitos de Tuntum (Cleomar Tema) e de Caxias (Humberto Coutinho).
Ex-presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem), Tema foi preso na Operação Rapina, em dezembro de 2007. Agora, tem sido assediado para aderir ao roseanismo.
Com Humberto Coutinho há duas conversas: o assédio e os processos na Justiça. Estes podem até lhe custar o mandato de prefeito.
Caxias está no circuito do desvio de recursos do esquema Ópera Prima, intermediado por Aderson Lago (PSDB), primo e ex-chefe da Casa Civil de Jackson Lago.
Tema e Coutinho foram importantes na eleição de Flavio a deputado federal e somam com o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) na pré-candidatura flavista.
Esta aliança pode juntar comunistas, socialistas e petistas na chapa liderada por Dino em 2010, considerada uma alternativa aos dois grupos tradicionais – Sarney e Lago.
Para vingar, este projeto precisa do PT. Com tempo de propaganda eleitoral e militância espalhada em todo o Maranhão, os petistas são imprescindíveis na candidatura de Flavio Dino.
Foi por isso que o grupo Sarney investiu discretamente na eleição de Raimundo Monteiro a presidente do PT, com o objetivo de levar o partido a uma aliança com o PMDB.
Porém, a vitória de Monteiro não garante um alinhamento aos peemedebistas. A maioria da corrente monteirista quer aliança com o PC do B.
Outra frente para esvaziar as bases da esquerda foi concretizada. O ex-prefeito de São Luís, Tadeu Palácio, e o presidente da Câmara de Vereadores, Isaías Pereirinha, já estão nos braços de Sarney.
Ambos apoiaram Flavio Dino no segundo turno da eleição à Prefeitura de São Luís, em 2008, contra João Castelo (PSDB).
Passada a eleição, Castelo eleito, Tadeu Palácio abandonou o barco comunista e foi nomeado secretário de Turismo no governo Roseana.
Uma ironia com este cargo tão importante, visto que Palácio terminou seu mandato de prefeito deixando a capital abandonada, suja e esburacada.
Pereirinha deve ter se convertido por outros motivos, visto que é um homem de negócios na política.
Assim caminha uma parte da temporada pré-eleitoral no Maranhão.
3 comentários:
Meu caro Ed Wilson,
fico confuso com sua análise: como pode Flávio Dino manter "alianças estratégicas" com Tema e Coutinho - cuja folha corrida você destrincha com maestria - se vende a imagem lá fora de "combatente da corrupção"? Mais grave: você também considera a aliança boa para o PT. Quer dizer então que Tema e Coutinho só podem ser citados com estas "qualificadoras" se forem para a aliança roseanista? Se, ao invés disso, apoiarem Flávio, será "aliança estratégica"? Pode explicar-me isto, caro professor???
Caro Marco D'Eça,
Acredito nas boas intenções de Flavio Dino. A trajetória política dele é demarcada na esquerda, desde o movimento estudantil. Ocorre que ele precisa fazer alianças para chegar ao poder. A questão central da aliança é a hegemonia, ou seja, quais atores políticos estarão no comando para definir as diretrizes de um programa de governo.
O Lula, por exemplo, fez todo tipo de aliança, mas o governo tem uma linha prioritária voltada para o crescimento econômico com inclusão social.
Flavio Dino está costurando uma aliança que vai de Zé Reinaldo ao PT, passando por Tema e Coutinho.
Nesse contexto, o PT deve ter um papel preponderante.
Creio que um eventual governo Flavio Dino terá no campo democrático-popular seu núcleo principal.
Será um governo voltado para modernizar o Maranhão e combater a pobreza.
Nenhuma aliança que pretende o poder político é pura.
Só os partidos radicais como PSTU e PSOL conseguem essa proeza.
Os comunistas e os petistas estão em outro patamar. Mesmo com todas estas circunstâncias, creio que Flavio Dino é a melhor opção para o Maranhão.
Caro Ed.
Devo elogiar os esclarecimentos que vc prestou ao colega. Essa resposta é, por si só, um outro texto.
Saudações.
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