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terça-feira, 11 de agosto de 2015

NO MARANHÃO, TEGRAM PODE MOVIMENTAR 5 MILHÕES DE TONELADAS DE GRÃOS AO ANO

Presidenta Dilma Rousseff e governador Flávio Dino inauguraram primeira fase do Tgram
A primeira fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) foi inaugurada na segunda-feira (10) pela presidenta Dilma Rousseff e pelo governador Flávio Dino. Com quatro armazéns, o Terminal tem capacidade de armazenagem estática de 500 mil toneladas de grãos (125 mil toneladas cada) e capacidade de movimentação de 5 milhões de toneladas ao ano.

Essa capacidade será ampliada, já que o Porto do Itaqui foi contemplado pelo Programa de Investimento em Logística 2015/2018 anunciado em junho por Dilma Rousseff. O Terminal de Grãos do Porto do Itaqui, via licitação de dois berços, deve receber investimentos na ordem de R$ 509 milhões, o que dará ao local a capacidade de movimentar 2 milhões de toneladas/ano de celulose e 4,3 milhões de toneladas/ano em graneis minerais, uma elevação de 30% na movimentação de cargas. 

POTENCIAL DO ITAQUI

A inclusão do Porto do Itaqui no Programa de Investimento em Logística é fundamental para a expansão da nova fronteira agrícola do país e para o desenvolvimento econômico do Maranhão. Por isso, a presidenta afirmou que o Governo Federal continuará investindo nas regiões Norte e Nordeste, fundamentais para o crescimento do país. “O Brasil encontrou na nova fronteira agrícola do país, Matopiba, uma das maiores oportunidades de crescimento e desenvolvimento. Com os novos investimentos no Maranhão, através do Porto do Itaqui, o país continuará mostrando o seu potencial e a sua prosperidade”, disse a presidenta Dilma.

Na solenidade o governador Flávio Dino ressaltou que no 1º semestre de 2015, o Porto do Itaqui teve uma produção 1800% maior do que o mesmo período no ano passado. O governador destacou a dimensão econômica e o desenvolvimento social que o Tegram e Porto do Itaqui trazem para o Maranhão. “Estamos falando de obras físicas, mas, sobretudo, uma obra humana em que se encontram esperanças e trabalho de pessoas. Nós vemos a dimensão da engenharia, da tecnologia, do crescimento da economia, mas também a dimensão do desenvolvimento humano. Esse é, sem dúvidas, um momento de júbilo e confraternização de todos aqueles que acreditam no nosso estado”, afirmou Flávio.

Para o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago, a inclusão do Porto do Itaqui no programa e a inauguração do Terminal de Grãos representam um grande passo para a expansão da fronteira agrícola do Matopiba e para o desenvolvimento econômico do Maranhão. “Esses investimentos atenderão diretamente às demandas geradas pela produção de celulose no interior do Maranhão, bem como a expansão da fronteira agrícola da região do Matopiba (estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), proporcionado pelo Tegram, o Terminal de Grãos do Maranhão”, afirmou Ted Lago.

SOBRE O TEGRAM

O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) é um projeto estruturante que contempla a infraestrutura do Porto do Itaqui para recepção de grãos com o compartilhamento dos berços 103 e 100, na primeira e segunda fase, respectivamente. Sendo um consórcio formado pela CGG Trading, Glencore, NovaAgri (do fundo Pátria) e o Consórcio Crescimento (formado pela francesa Louis Dreyfus Commodities e pela Amaggi), o Tegram conta com modais ferroviários e rodoviários para receber a produção de grãos. O terminal tem a perspectiva de equilibrar o escoamento da produção, em relação à logística atual centralizada nos portos do Sul-Sudeste.

Com quatro armazéns, o Terminal tem capacidade de armazenagem estática de 500 mil toneladas de grãos (125 mil toneladas cada) e capacidade de movimentação de 5 milhões de toneladas ao ano; outros 5 milhões de toneladas serão acrescidos na segunda fase, quando o terminal terá mais um berço para atracação, com previsão de operar em 2017.

Atualmente, recebe de 500 a 530 caminhões por dia, um movimento que deverá aumentar, em curto prazo, para até 800 veículos ao dia para descarregamento de cerca de 32 mil toneladas de grãos em oito tombadores de caminhões (dois em cada armazém). Desde o final de julho, esta estrutura foi acrescida da moega ferroviária, que conta com um ramal que liga o terminal à Ferrovia Norte-Sul, com capacidade para receber composições de até 80 vagões carregados com cerca de 7 mil toneladas.

Um marco logístico para o agronegócio brasileiro O Tegram é uma das maiores obras de infraestrutura para a exportação da safra brasileira de grãos e sua abertura tem beneficiado diretamente os produtores da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia) e do Nordeste de Mato Grosso. Esta proximidade da nova fronteira agrícola do Brasil gera maior agilidade ao escoamento da safra para mercados estratégicos, como Europa e Ásia.

Esta primeira fase inaugurada nesta segunda (10), envolve a operação de um berço prioritário para atracação de navios. Nesta fase, os investimentos do consórcio no Tegram chegaram a R$ 600 milhões nas obras e equipamentos de alta tecnologia; na segunda, estima-se aporte de mais R$ 80 milhões e mais um berço.

Quando estiver totalmente concluído (fases 1 e 2), o Tegram estima receber um fluxo anual de 220 navios, 900 trens (80% do volume) e 150 mil caminhões (20% do volume), com capacidade de embarque de 10 milhões de toneladas.

Fonte: Secom / Foto: Karlos Geromy

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