A história do Estado do Maranhão está guardada e preservada
no Arquivo Público do Estado do Maranhão (Apem), órgão ligado à Secretaria de
Estado da Cultura (Secma), por meio de um rico e variado acervo documental. Na
quinta-feira (21), o Aspem completou 42 anos. A data está sendo lembrada com uma
exposição de banners, na sede do órgão (Rua Nazaré, 218, no Centro Histórico de
São Luís), aberta ao público.
Os documentos expostos especificam e descrevem os setores do
órgão. São folders institucionais e de eventos, além de certificados, fotos e
recortes de jornais. Fundado em janeiro de 1974, o Apem recolhe, organiza,
preserva e divulga documentos de órgãos integrantes da administração direta e
indireta do Estado. Passou por vários prédios antes de ser transportado, em
1978, para um casarão do século XIX, que foi reformado para acomodar as documentações
ligadas ao Estado. Antes de ser chamado de Arquivo Público era conhecido como
Secretaria Geral.
O Apem tem sob sua guarda o maior acervo documental do estado.
São, aproximadamente, dois quilômetros de documentos textuais (manuscritos,
datilografados e impressos) dos períodos Colonial, Imperial e Republicano, além
de mapas, plantas, discos e microfilmes.
O acervo é dividido em dois setores. O de Códices reúne
milhares de documentos encadernados entre registros de patentes, registro
gerais, alvarás, cartas de datas e sesmarias, provisões, passaporte, leis e
decretos, obras públicas, registros de terras, entre outras documentações.
O segundo setor, o de Avulsos, reúne as documentações
“soltas”, o que inclui correspondências enviadas por autoridades aos
governantes do Maranhão e ao Chefe de Polícia. Nesse acervo estão séries
documentais que são as cartas de datas e sesmarias, cartas patentes,
passaportes, mapas de nascimento, batismos, casamentos, entre outras.
O Arquivo Público possui uma biblioteca de apoio com
aproximadamente seis mil volumes, com livros, periódicos e outras publicações,
incluindo as das áreas de Arquivologia. Possui, também, conjuntos documentais
incorporados ao acervo como os da Arquidiocese, Câmara Municipal de São Luís,
Delegacia de Ordem Política e Social e o do padre João Mohana.
Para facilitar a pesquisa de estudantes, pesquisadores,
professores e demais interessados, o Apem possui o programa de preservação
dentro das técnicas e metodologias da conservação preventiva, controlando a
deterioração de documentos provocada por agentes biológicos, físicos, químicos
e ambientais.
O Arquivo Público maranhense possui um laboratório moderno e
eficiente, onde são realizados os procedimentos de conservação dos documentos.
Os trabalhos de conservação e descrição dos documentos são realizados ininterruptamente.
À medida que se realizam as descrições dos documentos,
vão sendo produzidos os instrumentos de pesquisa como inventários, listagens,
índices, catálogos, repertórios, edição de fontes e guias, que auxiliam o
manuseio dos documentos durante as pesquisas de consulta.
O plano editorial do Arquivo Público tem proporcionado à sociedade
acesso a publicações que se constituem em preciosas fontes para consulta para
historiadores e outros profissionais.
O Acervo Digital é a mais nova novidade do Apem, pois é a maneira
de facilitar o modo de pesquisa abrangendo o maior número de interessados possíveis,
sendo eles pesquisadores ou simples curiosos. Foram digitalizados mais de 700
documentos como livros, editais e correspondência de 327 mil imagens.
Equipamentos de altíssimas qualidades foram utilizados durante todo o processo
de digitalização, principalmente, para dar clareza no momento da leitura, pois
a maioria dos documentos são manuscritos e muito antigos.
No primeiro momento os arquivos estarão disponíveis em
Formato Portátil de Documento (PDF), que podem ser acessados de forma direta,
através de links para cada conjunto de dos livros digitais ou simplesmente por
meio do uso da ferramenta de busca.
Secom
Nenhum comentário:
Postar um comentário