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sábado, 23 de janeiro de 2016

FRENTE NACIONAL E APRUMA REPUDIAM O FECHAMENTO DO NASA, NO HOSPITAL MATERNO-INFANTIL DA UFMA

A tentativa de fechar o Núcleo de Atenção à Saúde do Adolescente (Nasa), do Hospital Universitário da UFMA, recebeu nota de repúdio da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde e da Associação dos Professores da UFMA (Apruma), seção sindical do Andes-SN e da Rede Amiga da Mulher de São Luís.

O Nasa existe há 25 anos, servindo à comunidade, no hospital Materno-Infantil da UFMA. Faz atendimento a adolescentes vítimas de violência familiar, usuários de drogas e meninas grávidas, entre outras situações de risco. Serve também de campo de extensão, ensino e pesquisa para professores e alunos do curso de Medicina da UFMA.

Desde que passou à administração da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), o Hospital Universitário da UFMA vem sendo desviado de suas funções de atendimento à comunidade.

Leia as notas de repúdio:

NOTA DA APRUMA


Nota de repúdio ao fechamento do NASA pela EBSERH/HUUFMA

A APRUMA-SS vem a público repudiar o fechamento do Núcleo de Atenção à Saúde do Adolescente (NASA) pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), empresa que administra as três unidades do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA).

O NASA é um projeto de extensão universitária e serviço de saúde que funciona há 25 anos na unidade Materno-Infantil do HUUFMA e tem como objetivos principais: oferecer atenção integral à saúde de adolescentes e servir como cenário de atividades ambulatoriais para o Estágio Curricular do Curso de Medicina da UFMA.

A EBSERH, em documento assinado pela superintendente Joyce Santos Lages, utilizou como justificativas para o fechamento do NASA: o HUUFMA não deve ser espaço de Extensão Universitária; a assistência ao adolescente é de baixa complexidade e não necessita de profissionais especialistas; suas atividades não são pagas pelo SUS; o serviço não fez parte do convênio entre o HUUFMA e a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) de São Luís; e os professores do Departamento de Medicina III (DEMED III) foram avisados pela EBSERH sobre o fim do serviço.

A EBSERH sabe que os professores do DEMED III, no final de 2015, se posicionaram contra o fechamento do NASA porque consideram ser necessária uma equipe interdisciplinar (com obstetras, ginecologistas, hebiatras, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais) para atendimento de grávidas com menos de 15 anos de idade e adolescentes usuários de drogas, em conflitos familiares, em perigo de suicídio e vítimas de violência física, sexual e psicológica, entre outras situações de risco que ameaçam a saúde e a vida. Os professores sabem que esses profissionais não são encontrados em centros de saúde nem em escolas públicas e que não há serviço semelhante ao NASA no Estado do Maranhão, que é um dos poucos do Brasil na área de saúde do adolescente.

Se a direção do HUUFMA não incluiu o NASA no convênio com a SEMUS nem buscou espaços alternativos para o serviço, que corrija os erros cometidos. A EBSERH não pode fechar o NASA e deixar desprotegidos os adolescentes que precisam de uma atenção especializada.

Para a APRUMA, essa atitude da EBSERH vem na contramão da democracia e contra princípios do SUS, a ética da gestão e a autonomia universitária.

A APRUMA continuará denunciando se a EBSERH retirar os profissionais do NASA ou impedir a marcação de consultas.
                                            
21 de Janeiro de 2016

Diretoria Executiva da Apruma

NOTA DA FRENTE NACIONAL
CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE


Nota de repúdio ao fechamento do NASA pela EBSERH/HUUFMA

A Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde vem a público se manifestar contra a decisão de a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) fechar o Núcleo de Atenção à Saúde do Adolescente (NASA), serviço e projeto de Extensão Universitária que há 25 anos funciona na unidade Materno-Infantil do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA).

A EBSERH, em documento assinado pela superintendente Joyce Santos Lages, utilizou como justificativas para o fechamento do NASA: HUs não são espaços de Extensão Universitária; a assistência ao adolescente é de baixa complexidade, não exige recursos humanos especializados, não pode ser paga pelo SUS e não fez parte do convênio de contratualização com a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS) de São Luís; e a EBSERH avisou do fim do serviço em assembleia departamental de professores da UFMA.

Todos esses argumentos da EBSERH/HUMFA são inconcebíveis para o fechamento do único serviço maranhense que realiza atenção integral à saúde de adolescentes e jovens. A EBSERH/HUUFMA parece desconhecer o significado de Extensão Universitária e que o NASA abriga sistematicamente alunos do Curso de Medicina da UFMA, durante o Estágio Curricular.

Essa Empresa não considera a complexidade da gravidez, do uso de drogas, dos conflitos familiares e da violência na adolescência, entre tantos outros fatores de risco que ameaçam a saúde e a vida de adolescentes. A direção do HUUFMA falhou ao não incluir o NASA na contratualização com a SEMUS nem buscar espaços alternativos para o serviço e que se redima dos erros cometidos. E tem conhecimento que todos os professores do Departamento de Medicina III da UFMA se posicionaram contra o fechamento do NASA, por ocasião da última assembleia departamental em 2015.

Essa atitude vem na contramão da democracia e contra princípios do SUS, a ética da gestão e a autonomia universitária.

18 de Janeiro de 2016
Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde

Fóruns: Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Alagoas, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Sergipe.

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