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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

FIDELIDADE: PÚBLICO PODE SALVAR O CINE LUME

O cineasta e diretor do Cine Lume, Frederico Machado, divulga um pacote de ações que pode evitar o fechamento da sala, uma das melhores de São Luís.

Em dezembro, diante das dificuldades financeiras, o cinema estava ameaçado de encerrar as atividades.

Após a repercussão nas redes sociais e a solidariedade dos internautas, surgiram novas possibilidades de manter o funcionamento da sala.

A principal iniciativa é o programa de fidelidade, com planos que variam de R$ 39,90 a R$ 199,90.

Veja abaixo o texto divulgado por Frederico Machado.

O Clube Lume nasceu de um último suspiro em meio ao caos e tristeza que estamos vivendo nesse último mês. Mas o sopro, a resposta das pessoas, está acima do esperado, o que demonstra que ainda temos algum gás para a batalha. Essa batalha que é manter o Cine Lume vivo. Que é manter esse espaço tão importante para a cidade!

Em breve, lançaremos o site do Clube Lume, um site abrangendo toda a estrutura da Lume Filmes em São Luís. O Cine Lume, o Cineclube Lume (Backbeat), as festas que ocorrerão, e acima de tudo, todas as informações sobre o clube: vantagens, benefícios, formas de pagamento, prazos.

Agradecemos demais todos que já se inscreveram e que estão divulgando! As inscrições estão podendo ser feitas através de meu e-mail pessoal:
frederico@lumefilmes.com.br

Enviem o nome completo, endereço, telefone, email e CPF. Além do Plano em que quer se inscrever. Retornaremos por email com maiores explicações. Abaixo, as especificações:

Valores mensais dos planos de fidelidade:

CLIENTE VIP - R$ 199,90 - Direito a carteira de fidelidade que dá direito a permanente no cinema para entrar em quantas sessões quiser no cinema, pegar quantos DVD's quiser na Backbeat por um prazo de devolução de uma semana, ingresso para a festa mensal do Cine Lume, mais dois brindes surpresas mensais (DVD, livro, poster, BLURAY, etc), mais camisa do Clube Lume, mais 50% de desconto em qualquer curso na Escola Lume, além de convite para todas as aberturas de todos os eventos realizados pela Lume Filmes durante a vigência do contrato.

CLIENTE OURO - R$ 99,90 - Direito a carteira de fidelidade que dá direito a 7 entradas no Cine Lume mensais, 16 locações na Backbeat, ingresso para festa mensal do Cine Lume, mais um brinde surpresa mensal (DVD, livro, poster, BLURAY, etc), mais camisa do Clube Lume, mais 50% de desconto em qualquer curso da Escola Lume de Cinema.

CLIENTE PRATA - R$ 69,90 - Direito a carteira de fidelidade que dá direito a 5 entradas no Cine Lume mensais, 12 locações na Backbeat, mais camisa do Clube Lume, ingresso para a festa mensal do Cine Lume.

CLIENTE BRONZE - R$ 39,90 - Direito a carteira de fidelidade que dá direito a 3 entradas no Cine Lume mensais e 6 locações na Backbeat e camisa do Clube Lume.

Os planos são válidos por 1 ano. Venham se tornar parceiros da Lume Filmes. Não vamos deixar que os projetos culturais e cinematográficos independente acabem em São Luís! Dependemos muito de vocês.

Compartilhem, curtam e se inscrevam!

Um comentário:

Anônimo disse...

Amigo Ed, isso lembrou um texto que publiquei no face (risos) no dia 23 do mês passado. Deixo aqui pra vc.

Homo homini lupus – Hohohohohohohoh...

Talvez não seja Cult citar Plauto, Hobbes ou qualquer um que não seja pop. Se falarmos de modernidade soa como pop, e pós modernidade mais pop ainda. E nem uma, nem outra têm nada de pop. O pop é barroco (de mau gosto na esguelha), o pop é contratual, o pop são as semelhanças, o pop é universal: o pop é vida: é Deus.
E nessa guerra, o pop é o estado natural. Nessa guerra “humanista”, o homem retorna ao estado natural e se torna lobo. É a exacerbação capital e individual. Eu e Meu Dinheiro; Eu e Meu Sonho; Eu e Eu.
Nem toda a falsidade de madres teresas são capazes de abraçar o estado natural de selvageria, mesmo no mundo das delicadezas, mesmo no mundo dos flâneur. Seria retirar-se uma maneira de se impor?
Embora curta, a vida é feita de guerras e rancores; sim! E de mais uma porção de coisas ruins e más. Mas a vida é um bem que temos; talvez o único. Toda posse, toda razão, todo sentimento advêm da vida. Não há nas máquinas da urbanidade, no umbigo do recém nascido, nas orações dos tementes, nenhum significado maior que a vida. E não é o super homem de Nietzsche.
Esta letargia de fim de ano, este agônico símbolo pop, o Natal, recobra a selvageria enclausurada. É preciso negá-la de todas as formas: abraçar o inimigo, alimentar os miseráveis, arrepender-se, admitir a culpa, a máxima culpa.
Mas é o sentimento líquido (Bauman), a sociedade do espetáculo (Debord) – aqui, do consumo – da ostentação, da fé líquida e da fé sólida (como a de Madre Teresa, que beijava a mãe de assassinos). Mas é, enfim, a necessidade de (contrariando Augusto dos Anjos e corroborando Hobbes) não ser fera.
Esse é o pacto. Eu te abraço, você me abraça e o peru se fode.
Menos pop do que todos, termino com um maluco, argentino e cego, Jorge Luís Borges.
“Creio não ter um único inimigo ou, se os tive, nunca fui informado disso. A verdade é que ninguém pode ferir-nos, salvo aqueles que amamos”.
Geraldo Iensen